Amarilla diz ter consciência tranquila e disposto à investigações: 'Não favoreci o Boca'
As gravações de conversas de Julio Grondona, ex-presidente da Federação Argentina de Futebol, caíram como uma bomba no futebol sul-americano. Nos áudios, o ex-dirigente do futebol hermano levanta inúmeras suspeitas de corrupção e favorecimento. Entre estes jogos suspeitos está o das oitavas de final da Libertadores de 2013, entre Corinthians e Boca Juniors, no qual o juiz Carlos Amarilla teve uma atuação bastante controversa.
Os áudios fizeram reviver toda a polêmica e fizeram com que Amarilla se pronunciasse e se dissesse de consciência tranquila.
"Estou tão surpreso quanto vocês. Eu não favoreci o Boca. Estou muito tranquilo, porque quem não deve não teme", afirmou o paraguaio à rádio AM 970, de Assunção. "Sou o mais interessado em que isso se esclareça. Querem sujar meus 18 anos de carreira."
No áudio em questão, Julio Grondona - presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA) por décadas, morto no ano passado - aponta Amarilla como "o maior reforço do Boca". Seu interlocutor é Abel Gnecco, representante da comissão de árbitros argentina, que diz ter trabalhado pela escalação de Amarilla: "Escolhi e tudo saiu ótimo".
"As palavras desses dirigentes corruptos destroem o futebol. Metem a gente nessas coisas sujas dos dirigentes. Estamos fora disso. Todos os árbitros temos erros, mas nunca com má intenção. A mim, ninguém se aproximou, ninguém me ofereceu nada nunca. Todos sabem como sou", respondeu o paraguaio.
Amarilla, por fim, ainda afetou indignação ao torcer para não encontrar Abel Gnecco. "É melhor que eu não tenha pela frente esse senhor, não sei do que sou capaz. Meus advogados já têm o áudio e me dirão o que fazer. Tenho a consciência muito tranquila. Estou à disposição para qualquer investigação."
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