Patrocinador que deu calote no Corinthians alega que parceria deu prejuízo

Camisa do Corinthians com o patrocínio Viaje com o Timão para o Japão, da Apito Promocional
Camisa do Corinthians com o patrocínio Viaje com o Timão para o Japão, da Apito Promocional

Em 2012, o Corinthians fechou um patrocínio pontual com a Apito Promocional por sete partidas do Brasileirão. Do R$ 1,6 milhão combinado, a empresa só pagou R$ 500 mil, e o Alvinegro acabou recorrendo à Justiça. Ao se defender, a Apito argumentou que a parceria não teve resultados e causou prejuízo.
A ação corintiana corre na 19ª Vara Cível de São Paulo desde março do ano passado, e cobra o valor atualizado de R$ 1,3 milhão. Ela ainda não foi julgada – o clube teve dificuldades na citação do ex-patrocinador: em duas tentativas, em endereços diferentes, o oficial de justiça não encontrou nenhum representante da empresa.
Uma vez citada por edital (de forma automática, publicada em jornais e Diário Oficial), a Apito Promocional ofereceu sua defesa. Alegou que investiu R$ 3 milhões na parceria, não teve o retorno esperado e, por isso, não poderia pagar o restante do valor acordado com o Corinthians.
O patrocínio pontual tinha como objetivo divulgar uma promoção que envolvia viagens ao Japão para acompanhar o clube no Mundial. A promoção não decolou e foi abandonada.
"Não foram poupados esforços para que a campanha promocional fosse bem sucedida, tendo ela (a empresa) feito divulgação nos principais meios de comunicação, arcando com todos os custos operacionais que superaram R$ 3,2 milhões (...) a campanha não deslanchou, o que comprometeu seriamente suas finanças, tendo-a impossibilitado de efetuar o pagamento integral do valor acertado no contrato de patrocínio", diz o documento da defesa da Apito Promocional.
A empresa ainda alega que assumiu todos os riscos do negócio, que esperava a adesão de pelo menos três milhões de torcedores e que a parceria não deu certo por "motivos alheios à sua vontade".  Também diz que houve acordo verbal com o Corinthians para rescindir o patrocínio sem efetuar o resto do pagamento – fato negado pelo clube.
"O uso da conhecida, valiosa e cobiçada camisa da equipe de futebol profissional do Corinthians foi concedido ao réu para a promoção e divulgação de sua marca, de acordo com a obrigação pactuada, mas não foi pago, em contrapartida, o valor ajustado no contrato", diz o alvinegro no processo.
Apesar do longo processo, que já dura mais de um ano e meio, o Corinthians ainda tenta resolver o caso de forma amigável, e pediu uma audiência para tentativa de conciliação. Ela foi marcada para o próximo dia 29 de outubro.

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