Loco Abreu aposenta cavadinha, mas projeta carreira com volta ao Botafogo
Atacante, que completa 38 anos nesta sexta-feira, fica na torcida por recuperaçãoda equipe no Brasileirão e sonha defender Alvinegro em "momento bom ou ruim"
Sem
cavadinha: Loco Abreu cobra pênalti que levou Rosario Central à
semifinal da Copa Argentina (Foto: Reprodução / Site Oficial )
Loco Abreu
comemora nesta sexta-feira seu aniversário de 38
anos. Se para a maioria dos jogadores desta idade o pensamento é o que
fará ao fim da carreira, o centroavante se recusa a fazer planos de
parar. E o ídolo do
Botafogo é claro ao falar que ainda não recebeu do corpo e da mente o
aviso de
que é hora de pendurar as chuteiras.
– Agora tenho 38, mas a bola ainda me respeita.
E
o camisa 13 segue fazendo das suas. Na semana passada, se
apresentou para cobrar o último pênalti na disputa que decidia uma vaga
na final da Copa
Argentina, contra o River Plate. Loco Abreu cobrou com firmeza e
garantiu o
Rosario Central na disputa do título – o próximo adversário será o
Argentinos Juniors de Riquelme. O uruguaio nem quer ouvir falar de
aposentadoria, mas quando o assunto é pênalti com cavadinha, a história é
outra.
– Tanto o que aconteceu naquela final pelo Botafogo
(estadual de 2010, contra o Flamengo) quanto na Copa do Mundo, pela seleção do
Uruguai (quartas de final de 2010, contra Gana), tem que ficar na melhor
lembrança. Não dá para forçar a barra de algo que já ficou legal. É até bom
para mim, porque os goleiros sempre ficam na dúvida. Mas, sinceramente, vai ser
difícil eu voltar a fazer. Se eu queimo isso, a lembrança não vai ficar legal.
Quero que daqui a 15 ou 20 anos eu passe no Rio de Janeiro ou no Uruguai e as
pessoas falem comigo de boas recordações – explicou.
– Infelizmente daquela vez não deu, mas a
vontade de voltar
continua. Não gosto de falar em Série A ou Série B. Meu desejo é
vestir novamente a camisa do Botafogo, seja em momento bom ou ruim.
Quero
voltar estando em condições, não para fazer "migué". Quero poder ajudar.
Hoje
ainda sou muito produtivo em campo, já que o futebol argentino é muito
mais
pegado e de muito mais contato do que o brasileiro. Se fosse para voltar
e apenas fazer
parte do grupo, não me sentiria bem, porque sou um cara que gosta de
poder ajudar
dentro e fora de campo. Até esse desejo
se concretizar, continuo torcendo e mandando vibrações positivas para a
equipe
continuar essa caminhada e ficar na Primeira (Divisão) – disse ele, que
está emprestado ao Rosario até o fim de 2014 e tem contrato com o
Nacional do Uruguai até dezembro de 2015.
Loco Abreu ergue troféu pelo Botafogo, em 2012: desejo
de continuar a história no Alvinegro (Foto: André Durão)
de continuar a história no Alvinegro (Foto: André Durão)
Embora o Botafogo tenha uma dívida financeira com Loco
Abreu, referente à passagem pelo clube de 2010 a 2012, o atacante espera por um
acordo e evita uma ação na Justiça. Dessa forma, não deixa de viver na
pele a crise econômica alvinegra, mas evita analisar o momento. Segundo ele, é
importante enaltecer o esforço dos jogadores para manter a equipe na elite,
mesmo com tantos problemas.
– Os caras estão na raça, tirando força interior para evitar o rebaixamento. A realidade é que é difícil eu falar estando fora,
porque não tenho certeza do que realmente acontece. O que faço é torcer para
que a equipe saia dessa situação. Porque se o Botafogo conseguir se manter na
Primeira, tenho certeza de que ano que vem vai dar uma melhorada – observou.
E para concretizar o desejo de retornar ao Botafogo em 2015,
Loco Abreu sabe que tudo vai depender da nova diretoria, que será eleita no
pleito de 25 de novembro. Embora prefira se afastar da questão política, admite
a satisfação por ver Thiago Cesário Alvim, que foi vice de comunicação durante
todo o período em que vestiu a camisa 13 alvinegra, na disputa para substituir
Maurício Assumpção.
– O Thiago sempre me impressionou pela paixão e pela
empolgação com o Botafogo. Além disso, está com pessoas que podem ajudá-lo a
fazer um bom trabalho. Tomara que os outros candidatos também tenham esse
espírito. Acho que é o principal, porque isso você consegue transmitir a jogadores e
torcedores. Posso falar porque na minha passagem pelo clube nós conseguimos
mudar para melhor uma situação institucional e desportiva que vinha de muito
tempo – destacou Loco Abreu.
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