Botafogo 0x1 Maurício NÓDOA Assumpção

Creio que agora já ninguém tem dúvidas sobre o rebaixamento do Botafogo à 2ª divisão. Digamos que não sendo agradável, poderia não ser propriamente o fim do mundo, porque já desceram de divisão:
» Independiente e River Plate (Argentina).
» Atlético Mineiro, Botafogo, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Santos (rebaixado à 2ª divisão do campeonato paulista), São Paulo (rebaixado à 2ª divisão do campeonato paulista e repescado por ‘virada de mesa’), Vasco da Gama e, ainda, Flamengo e Internacional que abandonaram o campeonato nacional de 1987, mas outra ‘virada de mesa’ não os rebaixou, além de muitas outras mutretas engendradas pelo Flamengo para não cair e pelo Fluminense para não ‘recair’ (Brasil).
» Glasgow Rangers (Escócia).
» Atlético Madrid (Espanha).
» Mônaco e Olimpique de Marselha (França).
» Porto, rebaixado em 1940, mas salvo por uma ‘virada de mesa’ (Portugal).
» Ajax e PSV Eindhoven, ambos rebaixados nos campeonatos regionais (Holanda).
» Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City e Manchester United (Inglaterra).
» Juventus, Milan e Roma (Itália).
Em suma, pelo menos 27 grandes clubes do mundo conheceram a 2ª divisão ou dela foram salvos pela imoralidade de dirigentes que ‘viraram a mesa’.
No entanto, a descida de divisão do Botafogo é um verdadeiro compêndio de incompetência até ao ínfimo pormenor – até ao pênalti de Jobson. Coisa não comparável nem com as diretorias que são de fugir a sete pés (por exemplo, as do Palmeiras, do Vasco da Gama ou do Flamengo, que tanto têm prejudicado a ‘saúde desportiva’ dos três clubes).
Os leitores do blogue repararam certamente que a partir de certa altura suspendi quaisquer comentários às partidas do Botafogo, limitando-me a registrar as fichas técnicas para manter a respetiva rubrica de 2014 sem lacunas.
Revelo que suspendi os comentários porque me senti indignado, ofendido e humilhado quando a direção do Botafogo reintegrou no seu plantel o ex-jogador de futebol Jobson. Senti-me indignado, ofendido e humilhado (e nunca fui humilhado em toda a minha vida) não apenas por um presidente irresponsável, incompetente, amoral, de má índole e vingativo, mas sobretudo por todos aqueles botafoguenses que clamaram por Jobson, lhe deram efusivamente as boas vindas e declararam que agora os adversários iriam tremer ante o ‘crack’…
Que humilhação termos recorrido a um dependente de ‘crack’, completamente indisciplinado e dispensado de todos cinco clubes aos quais foi emprestado sem ter feito fosse o que fosse!
Que humilhação!
Que humilhação feita por Maurício Assumpção – e pelos botafoguenses que o apoiaram – aos Gloriosos Heleno de Freitas, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo, Zagallo, Jairzinho, Gerson, Roberto Miranda, Rildo, Manga, Marinho Chagas, talvez até mesmo a Loco Abreu e Seedorf.
Devo dizer que nunca fui grosseiro em toda a minha vida. Se os leitores pudessem ler os milhares de artigos publicados no blogue verificariam que nunca utilizei palavras grosseiras, as quais só começaram a ocorrer por via de duas situações que me ultrapassaram pela completa imbecilidade dos protagonistas: as atitudes, os comportamentos e a absoluta ausência de quaisquer valores éticos dos cathartiformes e de maurício assumpção.
Comecei a ser grosseiro, por exemplo, a designá-los de imbecis, porque confesso ter esgotado toda a minha paciência com tais criaturas que, se são criaturas de Deus, provam que Deus não existe. Se não são – e creio que não são – Deus está ‘salvo’.
No justo momento em que Jobson foi escalado eu soube, de ‘estalo’, imediatamente, que o desastre seria irreversível.
I-R-R-E-V-E-R-S-Í-V-E-L-!
Só muito raramente – e nem me recordo se terão realmente havido exceções – as minhas opiniões refletidas não acertaram o alvo. E se todas as minhas opiniões e conselhos tivessem sido seguidos, o Botafogo de Futebol e Regatas seria temido em vez de ser o achincalhado Clube que maurício assumpção se propôs destruir.
Se os meus conselhos – e desculpem-me a falta de modéstia – tivessem sido considerados, já teríamos um campeonato nacional nas mãos e pelo menos duas Copas do Brasil – porque a pobreza do futebol praticado nos campeonatos brasileiros teria permitido facilmente que um clube com um mínimo de discernimento fosse campeão. Até permitiu, com o discernimento de Kalil e de Cuca, que o simpático Atlético Mineiro fosse campeão sul-americano!
E até mesmo a Taça Libertadores deste ano poderia ter sido nossa, já que certamente teríamos uma equipe a um nível melhor do que o mediano San Lorenzo – a quem até ganhamos mesmo sem equipe e sem treinador.
Não publiquei a minha opinião sobre Jobson porque não quis desestabilizar a crença da torcida, porque não estava disposto a ser mandado ‘TNC’ (como adiante se verá) e porque de nada adiantava, já que no desespero os homens perdem toda a postura, toda a razão, toda a ética e quiçá toda a sua humanidade – salvo raras e honrosas exceções – e a entrada de Jobson na equipe era irreversível naquele desastroso momento.
Imagem: Cleber Mendes / Lance!net

Porém, tive o cuidado de avisar nas redes sociais o descalabro que aí viria. No Facebook escrevi o seguinte: “Péssima notícia. O Botafogo é o rebotalho do futebol brasileiro.” Luiz Fernando Tavares perguntou: “Péssima porque Rui Moura?” Rafael Mendes disse: “Vamos saber se foi pessimo ou nao quando ele comessar a jogar.” Guim de Oliveira disse: “Só vão saber se foi péssima se o Bota cair por causa dele!!!!! TNC porra!!!!!”
É claro que este que me mimou com um ‘TNC’ não faz parte dos meus ‘amigos’ do Facebook – nem os outros dois, que apareceram através de terceiro amigo –, porque se fizesse parte seria imediatamente bloqueado. Mas se puder escrever na página dele, ainda irei lá sugerir quem é que deveria ter ido ‘TNC’ – obviamente ele e a sua imbecilidade.
E além destes ‘mimos’ do tipo ‘TNC’ guardei umas dezenas de observações sobre o regresso de Jobson para publicar quando a 2ª divisão estivesse de portas escancaradas ao Botafogo e Jobson tivesse feito coisa nenhuma.
E fá-lo-ei proximamente, sem poupar seja quem for.
Digamos que a grande penalidade de hoje foi a cereja preta em cima do bolo negro da 2ª divisão. Foi infelizmente o momento absoluto revelador da razão que normalmente assiste ao blogueiro que vos escreve. Pênalti convertido seria meio caminho andado para a vitória; pênalti perdido seria um convite a baixar a cabeça e tomar um gol do adversário – como se viu.
Se Jobson – e o idiota que o mandou marcar o pênalti, ou que permitiu que o marcasse – não foi hoje a tampa do caixão do Botafogo para a 2ª divisão, não sei mais o que pensar, não é assim ó guim de oliveira que devias ter ‘TNC’ quando inscreveste a tua atrasada mente no facebook?
Hoje, o fraquíssimo treinador Mancini declarou que Jobson foi irresponsável e desautorizou-o ao bater o pênalti; eu declarei Jobson irresponsável logo em 2009 quando soube que se viciara em ‘crack’. O irresponsável maurício NÓDOA assumpção perdoou-o e reintegrou-o contra a minha opinião e vontade, alegando que o seu próprio irmão falecera devido ao vício, confundindo o desejo de ‘salvação pessoal’ relativamente ao seu irmão com as responsabilidades como presidente. Nem o presidente em 2010 nem Mancini em 2014 foram capazes de perceber que a irresponsabilidade e o desastre garantido davam pelo nome de ‘jobson’.
O que andam a fazer no futebol NÓDOA e Mancini?!
Em todo o caso, o senhor maurício NÓDOA assumpção e a torcida ‘jobsonista’, bem como o técnico Mancini, podem celebrar hoje a recorde de derrotas jamais sofridas pelo meu amado Botafogo num campeonato brasileiro de futebol. E ainda não acabou…
Convenhamos que Jobson é um imbecil viciado em crack, que se limitou a fazer 49 jogos em 5 anos (menos de 5 jogos em média por ano) e nesse ínterim liquidou com o seu futebol a partir das irresponsabilidades de 2009 e ocorrências sucessórias. E, desculpe-me algum leitor, os torcedores imbecis – incapazes de um mínimo de realismo e visão – que ficaram contentes com o seu regresso são uma franja da nossa torcida que eu gostaria de ver nas arquibancadas onde se sentam os flamenguistas – porque é lá que devem estar os ‘crânios’ que pouco ou nada sabem de futebol e menos ainda de vidas pautadas pela ética e pela dignidade humana. Quem não tem um mínimo de pudor e intelecto não deveria ser botafoguense. Porque sou do tempo do chefe de torcida Tarzan, do infatigável ardina Tolito, do João Sem Medo, do bravo Renato Estelita, do truculento Nilton Santos, que não admitiriam que os dirigentes do Botafogo ou seja quem fosse fizessem o que se fez nestes últimos anos e, ademais, com respaldo de uma parte da torcida.
Desculpem-me os leitores por alguma agressividade emocional, mas também sou humano e às vezes os esforços de continência não são completamente conseguidos face à sucessão de atitudes e decisões quase obscenas dos dirigentes, de comissões técnicas e de torcedores do Botafogo. Se é verdade que nunca na vida odiei alguém, aprendi paulatinamente a ter ódio de um ‘criminoso clubista’ que em seis anos destruiu as Tradições, o Respeito e as Glórias que sempre envaideceram o meu coração clubista. E aprendi a rejeitar a franja da torcida do Botafogo que, pela sua elementaridade racional, não merece consideração intelectual da minha parte. E espero que tais torcedores e dirigentes com perfis de ‘nininho’ também não gostem de mim, porque se um dia gostarem de mim, começarei a temer que a minha saúde e estabilidade mental tenham iniciado a sua reta descendente.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x1 Fiqueirense
» Gols: França, aos 51’
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 19.11.2014
» Local: Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 7.406 pagantes / 8.250 presentes
» Renda: R$ 65.765,00
» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Jose Antônio Chaves (RS) e José Eduardo Calza (RS)
» Disciplina: cartão amarelo: Felipe, França e Tiago Volpi (Figueirense)
» Botafogo: Jefferson; Régis, Dankler, André Bahia e Júnior César; Marcelo Mattos, Gabriel e Bolatti (Gegê); Murilo (Yuri Mamute), Jobson (Zeballos) e Bruno Correa. Técnico: Vagner Mancini.
» Figueirense: Tiago Volpi; William Cordeiro, Marquinho (Nirley), Thiago Heleno e Roberto Cereceda (Marquinhos Pedroso); Dener, França (Yago), Marco Antônio e Felipe; Pablo e Marcão. Técnico: Argel Fucks.

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