Tensão do calcanhar de Túlio marcou última vez do Botafogo no Chile
Após lance de efeito do artilheiro no Maracanã contra Universidad Católica, artilheiro foi preservado de duelo em Santiago, pela Libertadores de 1996
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O Botafogo está no Chile para sua primeira partida fora de casa na fase de grupos da Libertadores 2014, enfrentando o Unión Española. Ela remete a um episódio inesquecível para os torcedores e de certa forma tenso para aqueles que estiveram em campo na última vez que a equipe esteve no país numa partida pela principal competição sul-americana, em 1996. Após um gol de calcanhar marcado por Túlio Maravilha na vitória por 4 a 1 sobre o Universidad Católica (confira o vídeo), no Maracanã, o Alvinegro foi a Santiago temendo hostilidades.
A imprensa chilena esquentou a partida ao classificar a atitude de Túlio como menosprezo, e torcedores também se mostraram descontentes, criando o clima de revide no Chile. Na partida realizada no Maracanã, uma bola cruzada sobrou para o artilheiro sozinho na linha do gol, já com o goleiro Tapia batido. O centroavante não pensou duas vezes: ajeitou a bola e completou de calcanhar para o fundo das redes.
Túlio não foi relacionado para o jogo contra o Universidad Católica, ainda pela fase de grupos da Libertadores, em Santiago. Segundo ele, as dores musculares sentidas numa partida anterior, pelo Campeonato Carioca, contribuíram para que o Botafogo não arriscasse levar para o Chile o personagem controverso do duelo do Maracanã.
- Foi um gol de letra e calcanhar ao mesmo tempo, uma “tuletra”. Foi um momento de inspiração, de futebol moleque, algo normal. A imprensa do Chile disse que foi menosprezo, mas os jogadores chilenos não reclamaram. Aquele gol ficou marcado para o botafoguense, mas acabei não jogando no Chile porque tinha sofrido uma lesão numa partida contra o Flamengo. Mas também foi bom para evitar retaliações. O mais importante foi que aquele gol deixou o Botafogo ainda mais em evidência internacional - disse Túlio Maravilha.
O artilheiro não atuou no Estádio San Carlos de Apoquino, no dia 9 de abril de 1996, mas Gonçalves, sim. O ex-zagueiro, um dos líderes da equipe comandada por Marinho Peres, admite que a viagem do Botafogo foi marcada por uma certa tensão pela possibilidade de algumas hostilidades. Mas garante que a equipe chegou e saiu ilesa do Chile, apesar da derrota por 2 a 1.
- Essa pressão foi mais da imprensa do Chile. Aquele gol do Túlio repercutiu, ouvimos que eles iam nos quebrar, mas o jogo transcorreu normalmente. Houve uma preocupação do Botafogo em relação ao Túlio, acharam melhor não colocá-lo para jogar, porque aquele gol de calcanhar foi encarado por muitos como falta de respeito - lembrou Gonçalves.
Túlio, de calcanhar, faz gol sobre o Universidad
(Foto: Ricardo Leoni / O Globo)
(Foto: Ricardo Leoni / O Globo)
Presidente do Botafogo na época, Carlos Augusto Montenegro sempre foi um dos maiores entusiastas de Túlio Maravilha. Por isso, reconheceu que na época o clube temeu pela integridade de seu ídolo e, assim, se fez valer da questão física do jogador para preservá-lo.
- O fato de ele não ter viajado para o Chile naquela ocasião teve um pouco a ver com o que ocorreu naquele jogo do Maracanã, sim. Havia um receio - disse Montenegro.
Capitão do Universidad Católica que enfrentou o Botafogo em 1996, Mario Lepe garantiu que o time chileno não criou qualquer confusão por causa do gol marcado por Túlio. Segundo ele, o lance faz parte do futebol.
- Não teve problema algum, somente especulações. Foi um gol bonito, mas não demos muita importância para isso - afirmou o ex-jogador do time que na época era comandado por Manuel Pellegrini, hoje treinador do Manchester City.
Confira a ficha do jogo Botafogo 4 x 1 Universidad Católica, dia 26 de março de 1996, no Maracanã:
- O fato de ele não ter viajado para o Chile naquela ocasião teve um pouco a ver com o que ocorreu naquele jogo do Maracanã, sim. Havia um receio - disse Montenegro.
Capitão do Universidad Católica que enfrentou o Botafogo em 1996, Mario Lepe garantiu que o time chileno não criou qualquer confusão por causa do gol marcado por Túlio. Segundo ele, o lance faz parte do futebol.
- Não teve problema algum, somente especulações. Foi um gol bonito, mas não demos muita importância para isso - afirmou o ex-jogador do time que na época era comandado por Manuel Pellegrini, hoje treinador do Manchester City.
Confira a ficha do jogo Botafogo 4 x 1 Universidad Católica, dia 26 de março de 1996, no Maracanã:
BOTAFOGO: Wagner, Perivaldo (Moisés) (Silas), Gottardo, Gonçalves e Paulo Roberto; Jamir, Uidemar, Beto e Dauri (Mauricinho); Bentinho e Túlio. Técnico Marinho Peres.
U. CATÓLICA: Tapia, Rodrigo Gomez, Vasquez, Ardinam e Lepe; Lizama, Salinas, McNiven, Jorge Gomes e Ceballos (Caro); Catê e Rozental. Técnico Manuel Pellegrini.
Gols: Dauri (35min/1ºT), Caro (8min/2ºT), Túlio (13min/2ºT), Bentinho (21min/2ºT) e Túlio (45min/2ºT)
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