Com frangaço de goleiro, Ceará sai na frente do Bahia na final da Copa do Nordeste

Thales lamenta durante o duelo entre Bahia e Ceará
Thales lamenta durante o duelo entre Bahia e Ceará
A festa estava armada: recorde de público, mosaico formado por 40 mil panfletos e hino ao som de Luiz Caldas, uma das lendas do axé. Faltou combinar, claro, com o Ceará, que fez o seu jogo, abusou da cera e, em contra-ataque fulminante, assegurou a vitória de 1 a 0 sobre o Bahia nesta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador, no confronto de ida da final da Copa do Nordeste.
O gol saiu em descida de Samuel Xavier pela direita, cruzamento e chute de primeira de Ricardinho que o goleiro tricolor Jean aceitou por debaixo das pernas, em frangaço aos 26 minutos do segundo tempo.
Fim da invencibilidade de 16 partidas - ou dois meses - dos donos da casa.
O alvinegro cearense tenta o título após ficar com o vice no ano passado, contra o Sport.
Ao todo, foram 40.892 mil torcedores presentes na Fonte Nova, recorde de publico do estádio. A renda ficou em R$ 1.070 milhão.
O Bahia começou melhor, deixando praticamente toda a bola a cargo de Pittoni na saída para o ataque. O volante paraguaio esteve bem, mas sofria com a falta de passagem dos laterais. Tony se mostrava tímido pela direita enquanto Patric, nervoso, não conseguia dar continuidade aos lances.
O time tricolor foi obrigado, então, a centralizar os lances.
GAZETA PRESS
A taça de campeão da Copa do Nordeste esteve em Salvador
A taça de campeão da Copa do Nordeste 
Souza, herói da classificação contra o Sport nas semifinais, apareceu bem.
Foi dele a cobrança de falta aos 15 minutos do primeiro tempo para Léo Gamalho desviar em toque sutil de cabeça e tirar tinta da trave esquerda de Luis Carlos.
A cera do Ceará e a arbitragem tiravam a paciência do torcedor baiano, no entanto.
Ao mesmo tempo, a equipe alvinegra avançava um pouco mais. Numa dessas subidas, aos 26, Marinho, ex-FlumInense e Inter, tentou jogada individual e foi derrubado na entrada da área. Sem perigo para o Bahia na cobrança de falta.
Em grande fase, Kieza flutuava de um lado para o outro com extrema facilidade.
O Ceará, ainda assim, insistia e chegou bem aos 35: Ricardinho cruzou da esquerda e zaga do Bahia afastou. Na sobra, Marinho ficou com a sobra, mandou um petardo, mas Jean encaixou sem oferecer rebote.
Antes do intervalo, Kieza, sempre ele, pôs na frente em velocidade pela direita e lançou na área. A defesa cearense falhou e a bola ficou com Souza. O volante tentou o chute, mas foi bloqueado. Ele ainda teve chance de cabecear na sequência para defesa firme de Luis Carlos. Um sufoco.
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Mosaico da torcida do Bahia
Mosaico da torcida do Bahia
Na volta dos vestiários, a partida ficou morna.
Somente aos 10 minutos Kieza esquentou ao se livrar da marcação pela direita e cruzar para a área. Luis Carlos cortou parcialmente, mas a sobra ficou com Patric, que passou para Souza. O ex-cruzeirense mandou na área e Léo Gamalho quase marcou.
A resposta do Ceará veio aos 18, em lance de Marinho, que chutou cruzado e assustou os donos da casa.
Os visitantes pressionavam mais e abriram o placar, em subida de Samuel Xavier pela direita, cruzamento e chute de Ricardinho. A bola estava nas mãos de Jean, mas o goleiro convocado recentemente para seleção olímpica falhou e engoliu um frangaço.
Balde de água fria.
Em infiltração de Tony, Tiago Real teve a oportunidade de deixar tudo igual em seguida, mas finalizou em cima de Luis Carlos. Maxi também tirou tinta em cabeçada aos 35 e ficou nisso.
Com o resultado, o Ceará carrega a vantagem do empate para casa.
O confronto decisivo pela Copa do Nordeste acontece na próxima quarta-feira, dia 29, na Arena Castelão, em Fortaleza.

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