Corrupção faz Uefa se opor a Blatter e declarar apoio ao príncipe Ali
Às vésperas das eleições presidenciais da Fifa, o escândalo de corrupção que culminou na prisão de dirigentes e empresários pode dar uma boa guinada no curso dos fatos. Favorito disparado à reeleição na disputa com o príncipe Ali Bin Al Hussein, Joseph Blatter perdeu apoio importante na manhã desta quinta-feira. O presidente da Uefa, Michel Platini, pediu o fim da corrupção e anunciou que a maioria dos associados da Federação Europeia retirou seu apoio à candidatura do suíço e vai votar a favor do jordaniano.
“Agora basta, acabou. Temos que preservar o futebol e não podemos concordar com as ações ocorridas e que ajustiça agora vai esclarecer e julgar devidamente”, disse o presidente em coletiva. “Nós aproveitamos essa oportunidade e fizemos uma reunião com associados da Uefa. Tivemos uma bela discussão sobre a eleição presidencial de amanhã e a maioria dos associados da Uefa vai votar pelo príncipe Ali", acrescentou.
A Football Association, entidade que administra o futebol na Inglaterra, já havia declarado apoio público ao único candidato de oposição. Desde o início de sua candidatura, o príncipe da Jordânia defende um discurso de renovação na Fifa para “combater a corrupção” e “devolver a ética” à entidade.
Blatter, por sua vez, está no cargo desde 1998 e busca estender seu reinado por mais um mandato. Até a última quarta-feira, quando as investigações vieram a público e sete dirigentes acabaram presos, entre eles José Maria Marin, vice-presidente da CBF, Blatter era o grande favorito e sua reeleição era dada como certa. Agora, o príncipe jordaniano está recebendo maior apoio e se fortalece para concorrer ao posto. Platini reiterou a ideia de que uma renovação no comando da entidade traria a transparência necessária para limpar a imagem da Fifa.
“Estamos votando por uma renovação e transferência para que a Fifa continue forte. A grande maioria vai votar pelo príncipe Ali, essa é nossa conclusão”, finalizou.
AFP
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