Um dos pilotos mais carismáticos (e controversos) da Fórmula 1 nos últimos anos, Juan Pablo Montoya é, agora, integrante da Fórmula Indy, principal categoria do automobilismo nos Estados Unidos. Assim, com o anúncio da criação da Haas, nova equipe norte-americana da F-1 a partir do ano que vem, logo se procurou o colombiano para saber da sua opinião sobre o assunto. E ela é pessimista.
De acordo com o piloto sul-americano, a entrada de uma escuderia dos Estados Unidos na Fórmula 1 é uma loucura. “Se ele (Haas) quer construir uma equipe aqui nos EUA, então acho que é totalmente louco”, afirmou Montoya, referindo-se ao empresário Gene Haas, que nomeará a 12ª equipe no grid da principal categoria do automobilismo mundial.
“E você nem pode chamar isso de loucura, na verdade, porque é algo que não faz o menor sentido”, completou o agora piloto da Penske na Indy. “Você não vai conseguir trazer pessoas da Inglaterra para Charlotte. Será que ele pode ter mais sucesso que a USF1?”, questionou, lembrando-se da equipe, também norte-americana, que tentou ingressar na Fórmula 1 em 2010.
AFP
Agora na Indy, o ex-piloto da Fórmula 1 Juan Pablo Montoya não confia no sucesso da equipe Haas
O plano da USF1, entretanto, não deu certo. O grupo até esteve inscrito para participar da Fórmula 1 há quatro temporadas, mas sofreu com gravíssimos problemas financeiros, que o fizeram não conseguir concluir o desenvolvimento do carro e, assim, ser banido da categoria antes mesmo de disputar a sua primeira corrida.
Para Juan Pablo Montoya, que correu pelas equipes Williams e McLaren na F-1 entre 2001 e 2006, a categoria não pode encarar a Europa como um mercado secundário. “Acho que, na F1, é preciso ter cuidado para não descartar muito a Europa”, opinou, antes de explicar.
“Porque os verdadeiros torcedores estão lá, é onde estão os fãs dos carros. Eu sei que outros lugares podem até render mais dinheiro a eles, mas simplesmente eles não vão abrir mão de GPs como o da Inglaterra ou o da Espanha. Imagine isso. Há grandes corridas lá e eles não querem estragar isso”, decretou.
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