Bola rola, mas Portuguesa deixa gramado devido a ordem judicial
Questionado sobre o ocorrido, o delegado do jogo foi claro: “A liminar não foi cassada. A Portuguesa quer que pare o jogo. O filho do presidente (Ilídio Lico) trouxe aqui (a liminar) e quer que pare o jogo”. O discurso foi endossado pelo treinador rubro-verde: “Mandaram parar o jogo. Estou cumprindo a determinação”, completou o treinador da Lusa.
Sem aceitar a ordem, o time do Joinville permaneceu no gramado e foi surpreendido com mais uma determinação, desta vez por parte da CBF. O presidente do clube catarinense, Nereu Martinelli, entrou no gramado e comunicou ao delegado da partida que, por telefone, um comunicado da entidade responsável pelo futebol brasileiro indicava a continuidade do duelo.
Apesar da segunda ordem, o time da Portuguesa permaneceu nos vestiários, indicando que não voltaria para o confronto. O Joinville, por sua vez, seguiu no campo de jogo, evitando assim com que a partida fosse cancelada. Para o advogado do clube catarinense, no entanto, o clube do Canindé pode ser prejudicado com esta ação, perdendo os pontos do duelo.
“Eles querem se beneficiar disso. A Lusa tirou os jogadores de campo e só quem tem a perder é o futebol brasileiro. Ela não pode abandonar a partida. O Joinville continua. Se não tiver adversário, nós ganhamos a partida. Não deveria ter entrado em campo. Se entrou, não pode sair, tem que esperar a resolução na Justiça”, explicou Roberto Pugliese, advogado do Joinville.
Sem mudar sua postura, a Portuguesa seguiu nos vestiários até que a arbitragem também deixou o gramado, indicando que a partida estava encerrada. De acordo com o treinador Argel Fucks, o time rubro-verde apenas cumpriu uma ordem de seus superiores. “Eu sou funcionário do clube, foi uma decisão do presidente e do departamento de futebol e eu apenas tenho que acatar”.
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