Neymar estreia, mas time polonês segura o Barcelona em amistoso
Ainda sem destaques da Copa das Confederações, Barça fica no empate por 2 a 2 com o Lechia Gdansk. Craque brasileiro joga cerca de 15 minutos
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Esteve longe de ser a estreia dos sonhos de Neymar. Ela está anunciada para a próxima sexta-feira, contra o seu ex-clube Santos, num Camp Nou lotado pelo tradicional Torneio Joan Gamper. Compromissos do Barcelona com seus patrocinadores, no entanto, levaram o craque brasileiro até a Polônia. Como mero torcedor direto do banco de reservas ou atuando nos cerca de 15 minutos finais, o camisa 11 pouco pôde fazer no empate com Lechia Gdansk, por 2 a 2, nesta terça, na Arena Gdansk, estádio que recebeu jogos da última Eurocopa. Sergi Roberto e Messi - que deixou o gramado pouco antes da entrada de Neymar - marcaram para os visitantes. Bieniuk e Grzelczak fizeram para os donos da casa.
Além de viver um diferente clima para quem custou € 57 milhões aos cofres catalães, Neymarpôde sentir na pele o quão estrela se tornou. Bastou entrar em campo, aos 33 minutos do segundo tempo, para ser caçado por marcadores do time adversário. Na ponta-esquerda, onde deverá atuar com maior frequência no Barça, ele virou alvo dos poloneses ao sofrer quatro faltas - algumas inclusive mais ríspidas para um amistoso. Ainda acertou cinco passes e perdeu duas bolas. O talento que todos conhecem pareceu estar guardado para sexta, uma ocasião muito mais especial.
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Até lá, o time deverá ter novas mudanças. Provavelmente voltarão os destaques da Copa das Confederações, de férias até o último domingo. Estão entre eles os craques Xavi e Iniesta, além do lateral-direito brasileiro Daniel Alves, o goleiro Valdés, o zagueiro Piqué, o lateral Jordi Alba, o volante Busquets, o meia Fàbregas e o atacante Pedro. Outra novidade prometida é a estreia do argentino Tata Martino, ex-Newell's Old Boys, à frente do comando da equipe. Ele não viajou até a Polônia para conhecer melhor justamente aqueles que permaneceram na Espanha.
Barça passa dificuldades
Não era o oitavo colocado do Campeonato Noruguês. Mas era o oitavo colocado da última edição do Campeonato Polonês. Em tese a diferença não é notória, mas o Barcelona desta terça-feira foi outro em relação ao sábado, quando atropelou o Valerenga, de Oslo, por 7 a 0. Em vez de gols e show à parte de Lionel Messi, os campeões espanhóis encontraram resistência em Gdansk.
Sem Neymar, que começou a partida no banco de reservas, o Barça sofreu inclusive o primeiro gol do jogo. Após escanteio, Bieniuk subiu mais alto do que a zaga catalã para abrir o placar e escancarar os problemas do rival na defesa.
Messi estava em campo, mas andava tímido. Sua primeira boa aparição aconteceu aos 18 minutos, quando avançou pelo lado direito da grande área e chutou cruzado para a defesa do goleiro. Aos 26, ele viu de camarote o empate: Montoya cruzou rasteiro da direita e Sergi Roberto apareceu para completar.
Neymar? Só nos minutos finais...
Neymar tampouco voltou do intervalo para o campo. Do banco, fez um sinal de que teria a sua oportunidade depois, no decorrer da etapa final. Àquela altura com o placar novamente modificado. Aos quatro, Montoya - o mesmo que deu a assistência para o gol do Barça - vacilou na marcação e permitiu que Grzelczak ficasse com a bola e chutasse cruzado para desempatar.
Messi, então, despertou. Sánchez recebeu na grande área e viu rapidamente o argentino se deslocar. O passe saiu preciso, açucarado, na medida para que o camisa 10 somente desse um toque de qualidade por cima do goleiro, com a sua assinatura. Ainda não era o suficiente. Aos 16, Adriano cruzou rasteiro da esquerda e o próprio atacante finalizou na trave.
Com dificuldades para criar, o Barça deu chances para outros tantos meninos da base. Entraram sete deles num primeiro momento. Nenhum era Neymar, o responsável por diversas manifestações ansiosas das arquibancadas. O tempo passou, Messi saiu e, finalmente, o brasileiro fez a sua estreia. Aos exatos 33 minutos e 27 segundos, ele substituiu o chileno Alexis Sánchez às ordens de Jordi Roura, novamente o treinador do Barça na ausência de Tata Martino.
Na batalha contra o relógio e um adversário em especial mais determinado em impedí-lo de jogar, Neymar sofreu mais faltas do que jogou. Foram quatro nos primeiros dez minutos, quase todas quando habitava a ponta-esquerda.
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