Ex-goleiro, Inri Cristo abençoa a Copa na chegada da Seleção ao DF
A Seleção Brasileira
provocará uma peregrinação de torcedores pelas ruas de Brasília na
segunda-feira, quando enfrentará Camarões para ir às oitavas de final da
Copa do Mundo. A aproximadamente 35 km do Estádio Mané Garrincha, um
líder espiritual também não abriu mão de acompanhar a partida. Inri
Cristo, o homem que diz ser a reencarnação de Jesus, irá se posicionar
diante da televisão com o uniforme do dia a dia – coroa na cabeça, manta
vermelha nos ombros e túnica branca sobre o corpo – para assistir a
outra rodada do torneio no Distrito Federal (DF) sob a sua bênção.
Inri vive com os seus seguidores (em maioria, mulheres) em uma chácara de 20 mil m² do bucólico Núcleo Rural Casa Grande, na cidade-satélite de Gama. Para chegar ao local a partir do Mané Garrincha, a reportagem da Gazeta Esportiva contou com um itinerário detalhado oferecido pela assessoria de imprensa da entidade – que trabalha com rapidez, produz um site oficial repleto de informações sobre a trajetória de seu mentor e até um programa de internet, exibido ao vivo aos sábados. Tudo para facilitar o acesso do público ao suposto Jesus Cristo reencarnado.
Diante da sede da Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade (Soust), no entanto, a imagem do Inri Cristo que não se importa com as recorrentes brincadeiras dos programas humorísticos de que participa é momentaneamente desfeita. Os visitantes são recebidos no portão principal por um grupo de discípulos, todos vestidos de túnicas azuis (as mulheres usam ainda um adereço sobre a cabeça), que se encarregam de transmitir a maneira correta de se portar no local. Cada um deles recebeu um novo nome, escolhido por Inri, e não revela o antigo, assim como abomina “roupas civis”. “Podemos falar mais sobre nós, mas apenas se o Inri Cristo autorizar. Você precisa pedir tudo o que quiser diretamente a ele”, avisou Assinoê Olivier.
Leia também: Seleção vive harmonia religiosa sob o Dedo de Deus
Para chegar ao encontro de Inri, é necessário percorrer uma não muito longa trilha de pedras da chácara, passar diante da piscina onde são realizados batizados e entrar na sala principal. Lá dentro, há mais discípulos e novas orientações. Um “Manual de entrevistas na sede do reino de Deus” explica inicialmente que se deve respeitar o horário marcado. “Já está passando um pouco do tempo. Ele não pode tirar essas fotos da parte externa depois? Só não vá mais para lá, hein?”, recomendou um homem barbado, sem tom de reprimenda. As demais instruções do papel impresso indicam que é preciso manter os telefones celulares desligados, respeitar uma dissertação de três minutos de Inri Cristo (que “responde qualquer questão sem dogmas e sem subterfúgios”) e não pedir para ele repetir a sua bênção (“uma vez que não é artista”).
Inri Cristo aprendeu que futebol é imprevisível muito antes de passar a se proclamar a reencarnação de Jesus Cristo. Nascido na pequena Indaial (SC), em 1948, ele frequentou a escola pública Adolfo Konder de Blumenau (SC) até o terceiro ano primário. “Lá, existia um horário em que jogávamos futebol. Mas, sem querer ofender ninguém, nunca gostei de correr atrás da bola. Então, o que fiz? Optei por ser goleiro. Estudei bem as reações dos que queriam penetrar as traves. E não me lembro de ter deixado passar bola alguma. Foram poucos jogos, mas acho que não tomei gols”, contou, orgulhoso, assentindo que a sua estatura (hoje, mede 1,80 m) ajudava na função. “Com a bênção de Deus, sim. Tinha oito para nove anos na época e percebi – olhe a malícia das crianças – que os garotos miravam para um lado e chutavam para o outro. Eu tinha que me esticar todo!”, empolgou-se.
Na condição de ex-goleiro, Inri se sentiu com propriedade para comentar as atuações de alguns jogadores da posição na Copa do Mundo. “Recentemente, teve um que parecia um fantasma, porque ninguém o via e, de repente, lá estava ele com a bola na mão!”, elogiou, referindo-se ao mexicano Guillermo Ochoa, que segurou o 0 a 0 com o Brasil na última terça-feira, no Castelão. Já o eliminado Iker Casillas, da Espanha, mereceu compaixão. “Logo um goleiro, um colega meu, ter que pedir perdão publicamente? Foi um gesto de humildade, mas não precisavam achincalhá-lo daquela forma. Toda a minha solidariedade para... Qual é mesmo o nome dele? Casillas, isso mesmo. Quem está no fogo é para se molhar. Ou melhor, para se queimar”, defendeu.
Inri Cristo, contudo, tem uma séria divergência em relação Felipão, um católico fervoroso, que levou à Granja Comary uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Às vezes, a verdade ofende. Sou um filósofo da realidade consciencial, e não um religioso. Na minha ótica, a religião, quando não é um equívoco, é um embuste. Dói ver o povo brasileiro se ajoelhando para pedir proteção a uma estátua, um ser inanimado. Isso é uma ofensa muito grande ao Altíssimo. Como Ele é onipresente, na hora em que tu se ajoelhas, estás O ajoelhando também. É a hora em que tu és desprezado”, criticou, assumindo o papel de reencarnação de Jesus ao falar que foi crucificado por opiniões como essa.
Apesar de se mostrar ressabiado com os efeitos de um título brasileiro na Copa do Mundo, Inri Cristo não deixou de abençoar o torneio. Afirmou que admira a oportunidade de reunião de diferentes culturas no Mundial, antes de rogar ao “Pai” para que ninguém se machuque em campo. Chegou a ser tão enfático nesse ponto que propôs a multiplicação das bolas como um grande milagre esportivo. “Se pudesse, compraria 22 bolas e daria para cada um dos meus filhos jogadores levarem para casa. Assim, não teriam que ficar correndo um atrás do outro, quebrando pernas, machucando-se. Porque, para mim, que tenho consciência universal, todos são meus filhos”, avisou, em uma clara demonstração de que a competitividade do goleiro jamais vazado ficara no passado. “Para ser sincero, o meu jogo predileto é a sinuca. Mas acompanho futebol, sim. Só não gosto daquelas partidas chochas, com os times se defendendo. Convenhamos que é melhor com os jogadores se mexendo, buscando a salutar vitória.”
Inri Cristo se despediu com um sinal com os dedos e com mais uma bênção, agora de pé, que os discípulos acompanharam de joelhos. As cortinas vermelhas do seu altar intocável foram fechadas em seguida. O espetáculo no Distrito Federal passava a ficar a cargo da Seleção Brasileira contra o eliminado time de Camarões. E a Soust queria participar. A entidade separou inúmeros panfletos em inglês para distribuir aos jornalistas e turistas estrangeiros que vierem à capital do País para – tal qual o ex-goleiro que virou líder espiritual – acompanhar os discípulos de Felipão tentarem transformar água em vinho (ou empate em vitória) na Copa do Mundo.
Inri vive com os seus seguidores (em maioria, mulheres) em uma chácara de 20 mil m² do bucólico Núcleo Rural Casa Grande, na cidade-satélite de Gama. Para chegar ao local a partir do Mané Garrincha, a reportagem da Gazeta Esportiva contou com um itinerário detalhado oferecido pela assessoria de imprensa da entidade – que trabalha com rapidez, produz um site oficial repleto de informações sobre a trajetória de seu mentor e até um programa de internet, exibido ao vivo aos sábados. Tudo para facilitar o acesso do público ao suposto Jesus Cristo reencarnado.
Diante da sede da Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade (Soust), no entanto, a imagem do Inri Cristo que não se importa com as recorrentes brincadeiras dos programas humorísticos de que participa é momentaneamente desfeita. Os visitantes são recebidos no portão principal por um grupo de discípulos, todos vestidos de túnicas azuis (as mulheres usam ainda um adereço sobre a cabeça), que se encarregam de transmitir a maneira correta de se portar no local. Cada um deles recebeu um novo nome, escolhido por Inri, e não revela o antigo, assim como abomina “roupas civis”. “Podemos falar mais sobre nós, mas apenas se o Inri Cristo autorizar. Você precisa pedir tudo o que quiser diretamente a ele”, avisou Assinoê Olivier.
Leia também: Seleção vive harmonia religiosa sob o Dedo de Deus
Para chegar ao encontro de Inri, é necessário percorrer uma não muito longa trilha de pedras da chácara, passar diante da piscina onde são realizados batizados e entrar na sala principal. Lá dentro, há mais discípulos e novas orientações. Um “Manual de entrevistas na sede do reino de Deus” explica inicialmente que se deve respeitar o horário marcado. “Já está passando um pouco do tempo. Ele não pode tirar essas fotos da parte externa depois? Só não vá mais para lá, hein?”, recomendou um homem barbado, sem tom de reprimenda. As demais instruções do papel impresso indicam que é preciso manter os telefones celulares desligados, respeitar uma dissertação de três minutos de Inri Cristo (que “responde qualquer questão sem dogmas e sem subterfúgios”) e não pedir para ele repetir a sua bênção (“uma vez que não é artista”).
Acervo Pessoal
Aceitos
os termos, as discípulas abriram as cortinas vermelhas do recinto e
começou o espetáculo, conforme narraria o falecido locutor esportivo
Fiori Gigliotti. Inri Cristo apareceu sentado em seu altar, com a
inscrição “Rei dos Reis” acima do trono e os pés número 43 descalços
abaixo, e logo discursou com o seu sotaque carregado. “Ó, Pai! Eterno e
inefável! Deus, infalível, criador do universo!”, ele louvou aos céus,
antes de defender a sua identidade. “Eu sou o emissário do Pai.
Reconheço o vosso direito de pensar o que quiser, desde que respeite o
meu direito e dever de esclarecer quem sou. Não escolhi ser Cristo. Não
posso vos obrigar a saber quem sou. Mas isso não altera a minha
realidade. Pensais que é fácil ver os ignorantes zombarem de mim? Sou
Inri Cristo, filho do Homem. Não preciso provar nada para ninguém porque
o óbvio é ululante e não carece de provas”, continuou.Passada
a apresentação, a maior parte das formalidades também se foram. Inri
Cristo abriu um sorriso ao saber que os seus visitantes acabavam de
chegar da cobertura da vitória por 2 a 1 da Colômbia sobre a Costa do
Marfim, no mesmo Mané Garrincha onde a Seleção Brasileira enfrentará
Camarões. “Quer dizer que vocês estavam lá, no campo de futebol? Estava
lotado?”, perguntou, curioso também com o placar de um jogo que
transcorria naquele instante. “Agora, o Uruguai está jogando com a
Inglaterra. Você sabe como está? Eu vi até 1 a 0 para o Uruguai. Já pode
ter mudado. Afinal, futebol é futebol”, ponderou, sobre a partida que
acabaria com um 2 a 1 a favor do time sul-americano.
Quando criança, Inri analisou "as reações dos que queriam penetrar as traves" e tornou-se goleiro
Inri Cristo aprendeu que futebol é imprevisível muito antes de passar a se proclamar a reencarnação de Jesus Cristo. Nascido na pequena Indaial (SC), em 1948, ele frequentou a escola pública Adolfo Konder de Blumenau (SC) até o terceiro ano primário. “Lá, existia um horário em que jogávamos futebol. Mas, sem querer ofender ninguém, nunca gostei de correr atrás da bola. Então, o que fiz? Optei por ser goleiro. Estudei bem as reações dos que queriam penetrar as traves. E não me lembro de ter deixado passar bola alguma. Foram poucos jogos, mas acho que não tomei gols”, contou, orgulhoso, assentindo que a sua estatura (hoje, mede 1,80 m) ajudava na função. “Com a bênção de Deus, sim. Tinha oito para nove anos na época e percebi – olhe a malícia das crianças – que os garotos miravam para um lado e chutavam para o outro. Eu tinha que me esticar todo!”, empolgou-se.
Na condição de ex-goleiro, Inri se sentiu com propriedade para comentar as atuações de alguns jogadores da posição na Copa do Mundo. “Recentemente, teve um que parecia um fantasma, porque ninguém o via e, de repente, lá estava ele com a bola na mão!”, elogiou, referindo-se ao mexicano Guillermo Ochoa, que segurou o 0 a 0 com o Brasil na última terça-feira, no Castelão. Já o eliminado Iker Casillas, da Espanha, mereceu compaixão. “Logo um goleiro, um colega meu, ter que pedir perdão publicamente? Foi um gesto de humildade, mas não precisavam achincalhá-lo daquela forma. Toda a minha solidariedade para... Qual é mesmo o nome dele? Casillas, isso mesmo. Quem está no fogo é para se molhar. Ou melhor, para se queimar”, defendeu.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Inri
Cristo diz que já antevia a derrocada dos atuais campeões do mundo na
Copa de 2014. O fator determinante para a eliminação precoce, segundo
ele, foi o fato de o rei Juan Carlos I ter abdicado do trono no
princípio do mês. “Conheço a história e constatei que esses jogadores
não perderam a Copa aqui, no Brasil. Eles já vieram derrotados da
Espanha. Sofreram uma grande influência ideológica, política. Justo no
dia em que vieram para cá, tiveram essa notícia sobre o líder deles.
Quem quiser meditar sobre isso, medite. Mas não é hora de debochar
deles. Não tenho gosto de assistir ao que houve e falar: ‘Ah, bem
feito’. Prefiro ser solidário”, comentou, com a mente aberta de quem
defende temas polêmicos para a Igreja Católica, como aborto, camisinha,
legalização das drogas e relações homossexuais.Ao menos em
relação ao poder das interferências externas em uma campanha de Copa do
Mundo, o técnico Luiz Felipe Scolari concorda com Inri Cristo. Para
deixar os seus jogadores confiantes, o gaúcho adotou a estratégia de
assegurar publicamente que a Seleção conquistará o hexacampeonato e
rebate todas as críticas a más atuações. “O técnico fala em vitória, e
isso é importante. Lembro o João Saldanha, que, apesar de ser ateu e
comunista – o que não vem ao caso –, conseguiu abduzir as almas dos
atletas”, comparou o criador da Soust.
Antes escondido atrás da cortina vermelha, Inri Cristo estava sentado no seu trono de "Rei dos Reis"
Inri Cristo, contudo, tem uma séria divergência em relação Felipão, um católico fervoroso, que levou à Granja Comary uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Às vezes, a verdade ofende. Sou um filósofo da realidade consciencial, e não um religioso. Na minha ótica, a religião, quando não é um equívoco, é um embuste. Dói ver o povo brasileiro se ajoelhando para pedir proteção a uma estátua, um ser inanimado. Isso é uma ofensa muito grande ao Altíssimo. Como Ele é onipresente, na hora em que tu se ajoelhas, estás O ajoelhando também. É a hora em que tu és desprezado”, criticou, assumindo o papel de reencarnação de Jesus ao falar que foi crucificado por opiniões como essa.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Inri
também está preocupado com o principal jogador da Seleção Brasileira, o
atacante Neymar, que movimentou quase R$ 300 milhões em sua
transferência do Santos para o Barcelona. “Só porque um filho meu
conseguiu um lugar ao sol é tratado como um cavalo de raça, vendido de
um país a outro. Até agora, não entendi se o atleta está gostando. Sei o
que o dinheiro faz às pessoas...”, comentou. Em seguida, voltou a se
posicionar como Jesus Cristo, traído por Judas Iscariotes. “Eu mesmo fui
vendido por 30 moedas, então compreendo”, sorriu.Ainda
falando sobre dinheiro, Inri definiu como “algo chocante” os gastos do
Brasil para a realização da Copa do Mundo. Avisou que voltou a ter
título de eleitor depois de ganhar judicialmente o direito de se chamar
Inri Cristo em 2000 – ele respondia a um processo de falsidade
ideológica e estava na condição de apátrida – e fica atento aos
noticiários. Agora, “com toda a turma” vestida a caráter, gosta de ir às
urnas para vencer fora dos campos de futebol. “Mas voto é secreto! Na
minha condição de possuidor de consciência universal, vibro muito
positivamente pelo bem do Brasil em todas as áreas. E o que é o bem do
Brasil? Isso fica a juízo das pessoas. Se a vitória no esporte for o bem
do Brasil, ficarei muito feliz”, declarou.
As discípulas de Inri preferem jogar vôlei, mas não resistirão à tentação de torcer pelo Brasil na Copa
Apesar de se mostrar ressabiado com os efeitos de um título brasileiro na Copa do Mundo, Inri Cristo não deixou de abençoar o torneio. Afirmou que admira a oportunidade de reunião de diferentes culturas no Mundial, antes de rogar ao “Pai” para que ninguém se machuque em campo. Chegou a ser tão enfático nesse ponto que propôs a multiplicação das bolas como um grande milagre esportivo. “Se pudesse, compraria 22 bolas e daria para cada um dos meus filhos jogadores levarem para casa. Assim, não teriam que ficar correndo um atrás do outro, quebrando pernas, machucando-se. Porque, para mim, que tenho consciência universal, todos são meus filhos”, avisou, em uma clara demonstração de que a competitividade do goleiro jamais vazado ficara no passado. “Para ser sincero, o meu jogo predileto é a sinuca. Mas acompanho futebol, sim. Só não gosto daquelas partidas chochas, com os times se defendendo. Convenhamos que é melhor com os jogadores se mexendo, buscando a salutar vitória.”
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Os
jogadores da Seleção Brasileira têm se mexido bastante, de Teresópolis a
Brasília, em busca do hexacampeonato mundial. Mesmo assim, alguns
gostariam de contar também com uma intervenção divina. “Esse negócio de
dizer que Deus é brasileiro não passa de uma brincadeira. Deus é
universal, o supremo criador do universo, sem fronteiras, sem pedir
licença para ir de um país a outro. É onipresente”, avisou Inri Cristo –
ele, sim, de corpo (e não de alma) brasileiro. “Mas o meu amor também é
universal. De qualquer forma, se disserem que o servo do Pai, que o seu
filho reencarnou no Brasil, estarão mais perto de falar a verdade.”Falando
as suas verdades durante mais de uma hora, Inri Cristo não pareceu se
cansar com o assunto. “O que mais você quer saber? Ande, pergunte”,
insistiu, enquanto bebia uma garrafa de água envolvida por um tecido
vermelho. Já anoitecia. Àquela altura, algumas de suas discípulas (o
número total de seguidores é um mistério) haviam se recolhido, enquanto
outras não tinham mais receio de falar sobre os seus clipes
bem-humorados que as popularizaram “na net”, como diz o conectado
fundador da entidade.
O líder da Soust conseguiu convencer as suas discípulas de que é a reencarnação de Jesus Cristo
Inri Cristo se despediu com um sinal com os dedos e com mais uma bênção, agora de pé, que os discípulos acompanharam de joelhos. As cortinas vermelhas do seu altar intocável foram fechadas em seguida. O espetáculo no Distrito Federal passava a ficar a cargo da Seleção Brasileira contra o eliminado time de Camarões. E a Soust queria participar. A entidade separou inúmeros panfletos em inglês para distribuir aos jornalistas e turistas estrangeiros que vierem à capital do País para – tal qual o ex-goleiro que virou líder espiritual – acompanhar os discípulos de Felipão tentarem transformar água em vinho (ou empate em vitória) na Copa do Mundo.
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