Concacaf bate recorde e ajuda América a repetir supremacia sobre Europa
A última edição da Copa
do Mundo foi decidida por duas seleções europeias, mas, apesar do bom
desempenho de Espanha e Holanda, a competição disputada na África do Sul
indicou que o Velho Continente havia perdido sua supremacia no futebol
mundial. Na ocasião, dos 13 times federados à Uefa que chegaram ao
Mundial, apenas seis avançaram às oitavas de final. Pela primeira vez,
desde que este sistema de disputa foi implantado, as Américas tiveram
mais representantes após a fase de grupos. Em 2014, a história se
repete.
Para manter esta supremacia sobre os europeus, a América contou com um ótimo desempenho dos times da Concacaf. Enquanto a Conmebol seguiu com cinco representantes nas oitavas de final (Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia), esta será a primeira vez que América do Norte e Central terão três seleções classificadas na fase de grupos. México e Estados Unidos, que já figuravam em partidas decisivas nas Copas anteriores, fizeram a lição de casa. A grande surpresa foi a Costa Rica, que dominou o temido “grupo da morte”.
Por concentrar um grande número de países e cinco campeões mundiais, a Europa tem direito a 13 vagas em cada Copa do Mundo. Desta forma, quando a competição é disputada no Velho Continente, a Uefa passa a ter 14 representantes. Desde 1990, a Fifa passou a implantar as oitavas de final em sua competição mais importante, o que serviu para confirmar a supremacia dos europeus até 2010. O que foi observado nas últimas duas edições, no entanto, é uma transformação deste cenário.
Nas Copas realizadas na Itália (90), na França (98) e na Alemanha (06), 14 seleções europeias começaram a disputa, e dez delas passaram da primeira fase. O desempenho significa 71% de aproveitamento. Em edições fora do continente, a história não era diferente. Nos Estados Unidos (94), 77% das seleções associadas à Uefa chegaram às oitavas de final. O número só caiu alterado no torneio disputado no Oriente, em 2002, quando 69% dos europeus participantes passaram da primeira fase. Na última edição, a queda foi abrupta: apenas seis das 13 equipes se classificaram em seus grupos.
A novidade foi fruto do bom desempenho dos americanos. Cinco equipes da América do Sul avançaram às oitavas de final, enquanto outras duas da Concacaf também conquistaram o feito. A vitória, por 7 a 6, fez reacender a discussão sobre o número de representantes de cada confederação na Copa do Mundo. Para alguns, sem o mesmo sucesso de edições anteriores, a Europa talvez não merecesse as 13 vagas destinadas. A primeira fase do Mundial no Brasil reforça esse discurso.“Longe de casa”, a Uefa viu suas seleções mais uma vez apresentarem desempenho muito abaixo do esperado. A distribuição dos grupos, o desgaste por causa do clima e as longas viagens entre um jogo e outro foram apontados como possíveis fatores para que a Copa do Mundo no Brasil se transformasse na “Copa das Américas”. Se em 2010 a derrota nas oitavas foi apenas por uma seleção, quatro anos mais tarde o revés é ainda pior. Oito times americanos passaram da primeira fase, enquanto apenas seis europeus não ficaram pelo caminho.
No Grupo A, apontada como uma das favoritas ao lado do Brasil, a Croácia deixou a desejar, perdendo o primeiro “confronto direto” para o México na última e decisiva rodada. No grupo vizinho, a atual campeã Espanha foi uma das maiores provas de que a supremacia europeia no futebol mundial ficou para trás, e viu o Chile se classificar em seu lugar. Como consolo para a Uefa, a Holanda ao menos não decepcionou e segue firme para representar o continente.
Na última chave, a Bélgica manteve 100% de aproveitamento, mas a Rússia decepcionou. Somado ao empate com a Coreia do Sul, a derrota para os belgas colocou os comandados de Fabio Capello em xeque. Eles fizeram decisão contra a Argélia por uma vaga e até saíram na frente, mas cederam empate no segundo tempo. O fracasso engrossa a lista de europeus que assistirão ao mata-mata da Copa do Mundo do sofá de casa.
Para manter esta supremacia sobre os europeus, a América contou com um ótimo desempenho dos times da Concacaf. Enquanto a Conmebol seguiu com cinco representantes nas oitavas de final (Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia), esta será a primeira vez que América do Norte e Central terão três seleções classificadas na fase de grupos. México e Estados Unidos, que já figuravam em partidas decisivas nas Copas anteriores, fizeram a lição de casa. A grande surpresa foi a Costa Rica, que dominou o temido “grupo da morte”.
Por concentrar um grande número de países e cinco campeões mundiais, a Europa tem direito a 13 vagas em cada Copa do Mundo. Desta forma, quando a competição é disputada no Velho Continente, a Uefa passa a ter 14 representantes. Desde 1990, a Fifa passou a implantar as oitavas de final em sua competição mais importante, o que serviu para confirmar a supremacia dos europeus até 2010. O que foi observado nas últimas duas edições, no entanto, é uma transformação deste cenário.
Nas Copas realizadas na Itália (90), na França (98) e na Alemanha (06), 14 seleções europeias começaram a disputa, e dez delas passaram da primeira fase. O desempenho significa 71% de aproveitamento. Em edições fora do continente, a história não era diferente. Nos Estados Unidos (94), 77% das seleções associadas à Uefa chegaram às oitavas de final. O número só caiu alterado no torneio disputado no Oriente, em 2002, quando 69% dos europeus participantes passaram da primeira fase. Na última edição, a queda foi abrupta: apenas seis das 13 equipes se classificaram em seus grupos.
A novidade foi fruto do bom desempenho dos americanos. Cinco equipes da América do Sul avançaram às oitavas de final, enquanto outras duas da Concacaf também conquistaram o feito. A vitória, por 7 a 6, fez reacender a discussão sobre o número de representantes de cada confederação na Copa do Mundo. Para alguns, sem o mesmo sucesso de edições anteriores, a Europa talvez não merecesse as 13 vagas destinadas. A primeira fase do Mundial no Brasil reforça esse discurso.“Longe de casa”, a Uefa viu suas seleções mais uma vez apresentarem desempenho muito abaixo do esperado. A distribuição dos grupos, o desgaste por causa do clima e as longas viagens entre um jogo e outro foram apontados como possíveis fatores para que a Copa do Mundo no Brasil se transformasse na “Copa das Américas”. Se em 2010 a derrota nas oitavas foi apenas por uma seleção, quatro anos mais tarde o revés é ainda pior. Oito times americanos passaram da primeira fase, enquanto apenas seis europeus não ficaram pelo caminho.
No Grupo A, apontada como uma das favoritas ao lado do Brasil, a Croácia deixou a desejar, perdendo o primeiro “confronto direto” para o México na última e decisiva rodada. No grupo vizinho, a atual campeã Espanha foi uma das maiores provas de que a supremacia europeia no futebol mundial ficou para trás, e viu o Chile se classificar em seu lugar. Como consolo para a Uefa, a Holanda ao menos não decepcionou e segue firme para representar o continente.
AFP
Pelo
Grupo C, a Colômbia confirmou o seu favoritismo e colocou mais um
americano nas oitavas, mas ao menos o representante europeu da chave
também se classificou. Em um jogo emocionante, a Grécia garantiu a vaga
depois de um pênalti marcado no último minuto da partida contra a Costa
do Marfim. Na chave D, no entanto, a derrota dos times da Uefa foi
cruel. As campeãs mundiais Inglaterra e Itália chegaram ao Brasil como
candidatas ao título, mas foram surpreendidas já na primeira fase, sendo
desbancadas pelos americanos Uruguai e Costa Rica.Para
evitar uma “catástrofe europeia” e manter pelo menos seis
representantes nas oitavas de final, França e Suíça cumpriram seus
objetivos e avançaram no Grupo E. Já na chave F, liderada pela
Argentina, a Bósnia e Herzegovina decepcionou, perdendo vaga para
Nigéria. No Grupo G, Portugal chegou ao Brasil com o melhor jogador do
mundo em sua delegação, mas também deixou a desejar: após ser goleado na
estreia e empatar com os Estados Unidos, viu os rivais americanos
passarem de fase.
Espanha é a primeira campeã mundial a cair após apenas dois jogos da Copa (foto: Yasuyoshi Chiba)
Na última chave, a Bélgica manteve 100% de aproveitamento, mas a Rússia decepcionou. Somado ao empate com a Coreia do Sul, a derrota para os belgas colocou os comandados de Fabio Capello em xeque. Eles fizeram decisão contra a Argélia por uma vaga e até saíram na frente, mas cederam empate no segundo tempo. O fracasso engrossa a lista de europeus que assistirão ao mata-mata da Copa do Mundo do sofá de casa.
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