Tabu no Monumental e apoio dos fãs da La U: o "sabor a mais" de Montillo
Ídolo no Chile, meia revela que nunca venceu na casa do Colo-Colo, mas espera final diferente e ter torcedores de seu ex-clube: "Acho que muitos vão torcer pelo Botafogo"
A segunda-feira foi especial para Montillo. Sete anos depois, o meia voltou ao centro de treinamento da Universidad de Chile, clube onde virou ídolo no país, para treinar com o Botafogo às vésperas da decisão contra o rival Colo-Colo. Tempos de rever velhos conhecidos e contar com seus apoios. O CT da La U não fica aberto para a torcida, mas até os jogadores de base da equipe gritaram quando o viram em campo: "Vamos, Montillo"! O camisa 7 alvinegro sabe que, além dos botafoguenses, muitos "azulgranas" estarão na torcida por eles e admite sabor extra.
– Acho que muitos torcedores da La U vão torcer pelo Botafogo, mas vai ter muito flamenguista torcendo pelo Colo-Colo também, então isso é o futebol. Eu gosto porque tem um sabor a mais saber que quando entra no campo tem, além da torcida do Botafogo, torcedores da La U dando força também. É bom porque a gente sabe que vai encontrar um estádio lotado, eles começaram o torneio muito bem (Campeonato Chileno), então está todo mundo empolgado. São esses jogos que gostamos, com estádio cheio, torcida contra... Tomara que possamos fazer uma grande partida. Temos jogadores com muita fome para classificar. Tomara que dê tudo certo.
Montillo cercado pela imprensa durante a coletiva: Botafogo atraiu vários repórteres do Chile (Foto: Thiago Lima)
Outra motivação é tentar quebrar um tabu de nunca ter vencido jogando no Monumental, palco da partida desta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), valendo vaga no último mata-mata da Pré-Libertadores antes da fase de grupos. Após várias oportunidades com a La U, Montillo agora espera encerrar o jejum no estádio com o Botafogo.
– La U faz uns 10 anos acho que não ganha no Monumental. Então a gente foi lá e nunca conseguiu ganhar. Mas o futebol vai mudando, agora estou com outra camisa e tomara que seja bem diferente. Vamos estar com estádio lotado pela torcida deles, mas temos muita família por trás, muito torcedor que está querendo o melhor para a gente, vamos lutar por eles também.
Confira outros trechos da entrevista:
VOLTA À LA U COM O BOTAFOGO
É incrível, às vezes parece que o Senhor lá em cima vai encaminhando as coisas. Estou feliz de voltar aqui, tive uma passagem muito boa na La U, sou muito agradecido, mas agora o presente é outra coisa. Estou muito feliz no Botafogo também e com muita vontade para que o time possa passar de fase. Sabemos que será um jogo muito difícil, mas estamos confiantes.
É incrível, às vezes parece que o Senhor lá em cima vai encaminhando as coisas. Estou feliz de voltar aqui, tive uma passagem muito boa na La U, sou muito agradecido, mas agora o presente é outra coisa. Estou muito feliz no Botafogo também e com muita vontade para que o time possa passar de fase. Sabemos que será um jogo muito difícil, mas estamos confiantes.
REENCONTROU CONHECIDOS NO CT?
Encontrei alguns funcionários, tive muita amizade com um cara que trabalha aqui. Faziam seis, sete anos que não nos encontrávamos. Sempre bom ter o carinho do funcionário, é muito legal.
Encontrei alguns funcionários, tive muita amizade com um cara que trabalha aqui. Faziam seis, sete anos que não nos encontrávamos. Sempre bom ter o carinho do funcionário, é muito legal.
RIVALIDADE COM COLO-COLO
Meio a meio, né? Em uma cidade onde tem duas torcidas muito grandes é dividido. Sempre sou agradecido à La U e tenho muito respeito pelo torcedor do Colo-Colo. Às vezes o torcedor leva muito a sério o que é um carinho por uma camisa, mas sempre respeito. Se eles vêm falar com respeito, zoando um pouco não tem problema. Mas às vezes eu fico bravo quando não têm respeito, já passa do futebol. Sou um cara que gosto de respeitar todas as torcidas, o futebol é assim. Vou tentar fazer o melhor pelo Botafogo, se o torcedor da La U ficar contente com a gente passando, melhor ainda.
Meio a meio, né? Em uma cidade onde tem duas torcidas muito grandes é dividido. Sempre sou agradecido à La U e tenho muito respeito pelo torcedor do Colo-Colo. Às vezes o torcedor leva muito a sério o que é um carinho por uma camisa, mas sempre respeito. Se eles vêm falar com respeito, zoando um pouco não tem problema. Mas às vezes eu fico bravo quando não têm respeito, já passa do futebol. Sou um cara que gosto de respeitar todas as torcidas, o futebol é assim. Vou tentar fazer o melhor pelo Botafogo, se o torcedor da La U ficar contente com a gente passando, melhor ainda.
Montillo conversa com funcionário da La U: meia voltou ao CT do seu ex-clube sete anos depois (Foto: Thiago Lima)
POR QUÊ É DIFÍCIL GANHAR NO MONUMENTAL?
Às vezes acontece, chega lá e não consegue ganhar com um time. Agora é o Botafogo que vai jogar lá, é uma situação diferente, sabemos que vamos encontrar um estádio complicado, a torcida vai tentar empurrar o time. Mas se ficarmos tranquilos, com uma boa posse de bola, agredindo, o jogo pode ficar melhor.
POSTURA NO JOGO
Tentar aguentar às vezes é bom, mas outras é ruim. Não pode ficar só aguentando, a gente sabe que temos um resultado mínimo a favor, mas temos que procurar um gol. Se acontecer o pior, de tomar um ou dois gols, continua do mesmo jeito, temos que fazer um. Porque no 1 a 1 a gente passa, no 2 a 1 vai nos pênaltis. Vai ser muito equilibrado, tem que ser um jogo pensado, não pode sair na loucura e descuidar tudo lá atrás. Tem que ser equilibrado, compacto na defesa, mas quando tiver a bola agredir, não podemos ficar 90 minutos aguentando o 0 a 0. Se toma um gol no minuto 80 não tem mais tempo para fazer o gol. Então tem que ser inteligente.
Às vezes acontece, chega lá e não consegue ganhar com um time. Agora é o Botafogo que vai jogar lá, é uma situação diferente, sabemos que vamos encontrar um estádio complicado, a torcida vai tentar empurrar o time. Mas se ficarmos tranquilos, com uma boa posse de bola, agredindo, o jogo pode ficar melhor.
POSTURA NO JOGO
Tentar aguentar às vezes é bom, mas outras é ruim. Não pode ficar só aguentando, a gente sabe que temos um resultado mínimo a favor, mas temos que procurar um gol. Se acontecer o pior, de tomar um ou dois gols, continua do mesmo jeito, temos que fazer um. Porque no 1 a 1 a gente passa, no 2 a 1 vai nos pênaltis. Vai ser muito equilibrado, tem que ser um jogo pensado, não pode sair na loucura e descuidar tudo lá atrás. Tem que ser equilibrado, compacto na defesa, mas quando tiver a bola agredir, não podemos ficar 90 minutos aguentando o 0 a 0. Se toma um gol no minuto 80 não tem mais tempo para fazer o gol. Então tem que ser inteligente.
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