Caso Arão: meia tem vitória na Justiça, e Botafogo vai recorrer em Brasília

Em decisão de2ª instância, Justiça nega provimento a recurso do Alvinegro. Clube vai recorrer da decisão em Brasília: "O julgamento ainda não acabou", diz dirigente

Willian Arão Seleção (Foto: André Durão)Willian Arão teve nova vitória na ação do Botafogo (Foto: André Durão)
William Arão teve mais uma vitória sobre o Botafogo na Justiça. Na manhã terça-feira, em julgamento no TRT-RJ, o Tribunal negou, em decisão unanime, provimento ao recurso do clube carioca e confirmou a sentença de primeiro grau. O jogador, que treina no Ninho do Urubu, não compareceu à audiência. O Alvinegro promete recorrer ao Superior Tribunal do Trabalho, em Brasília. 
- O julgamento ainda não acabou. Vamos recorrer ao TST onde esperamos que nossa argumentação seja apreciada devidamente, o que  não ocorreu até agora - disse o vice-jurídico do Botafogo, Domingos Fleury. 
Não há prazo para que o recurso seja julgado em Brasília. A tendência é que o caso se arraste. O Botafogo se mostrou surpreso com a decisão, uma vez que o relato do caso havia sugerido, no ano passado, um acordo entre as partes. Anteriormente, Arão havia obtido duas vitórias na Justiça: em dezembro de 2015, recebeu tutela antecipada que o permitiu se desligar do Alvinegro até o julgamento e deixou o caminho livre para se transferir para o Rubro-Negro. E em março do ano passado, viu a juíza da 27ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro considerar nula a cláusula de renovação automática que havia em seu contrato em General Severiano.
- Vamos a Brasília. A discussão do caso não termina no Tribunal do Rio de Janeiro e, sim, no TST - disse Wagner Barroso, um dos advogados que representa o Botafogo no caso
O contrato de Arão com o Botafogo previa renovação automática por mais um ano, em caso de depósito de R$ 400 mil. Nesse caso, a multa do jogador passaria a valer R$ 20 milhões. Em novembro de 2015, o clube chegou a depositar duas vezes o valor para acionar o dispositivo de renovação automática, mas ambos foram devolvidos por Arão, que já desejava se transferir para o Flamengo. A Justiça tornou sem efeito a cláusula por entender que o contrato fere a nova resolução da Fifa que proíbe investidores de ter direitos econômicos de atletas. 
Na visão da juíza da 27ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, o próprio volante foi considerado seu "investidor" e dono de parte do montante econômico na renovação. O Botafogo discorda da interpretação e por isso leva o caso adiante, mas o departamento jurídico acredita que o processo pode durar meses ou anos para uma definição devido ao ineditismo da matéria.
Em agosto do ano passado, após audiência de conciliação, o Flamengo sinalizou com uma oferta informal para tentar encerrar o caso. Além do empréstimo gratuito de Adryan, o Rubro-Negro acenou com R$ 3 milhões pelo aluguel de dez jogos no Estádio Nilton Santos. O Botafogo não topou. O Flamengo nega ter feito a oferta.

O "caso Arão" azedou o clima entre os clubes, pois a diretoria do Botafogo acusou o Flamengo de ter assediado o jogador. Por isso, o Alvinegro se recusa a conversar sobre outros assuntos com o rival enquanto não receber uma indenização que julga ter direito. O presidente Carlos Eduardo Pereira, por exemplo, já falou publicamento que o Flamengo não pode mandar jogos no Estádio Nilton Santos. 

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