São Paulo vira e goleia na estreia de Ceni como técnico no Morumbi

Defender o São Paulo no estádio do Morumbi não é novidade para Rogério Ceni. Afinal, foram 594 partidas no Cícero Pompeu de Toledo como jogador. Mas, assim como em 18 de setembro de 1993, neste domingo Rogério Ceni novamente estreou naquela que pode ser considerada a sua segunda casa. A expectativa para o reencontro com o ídolo, agora técnico, foi acompanhada por 50.952 torcedores e brindada com uma goleada do Tricolor Paulista por 5 a 2 em cima da Ponte Preta. Foram os primeiros três pontos do São Paulo depois de duas rodadas no Campeonato Paulista. O bastante para o clube assumir a liderança do Grupo B. Já a Macaca, que também soma três pontos até aqui, fica na terceira posição do Grupo D.
Antes da bola rolar, uma cena curiosa chamou atenção. Rogério Ceni foi recebido com o tradicional cântico de “…É o melhor goleiro do Brasil” vindo das arquibancadas, que preferiram ignorar a aposentadoria do ídolo. Apesar de toda a euforia pré-jogo, o São Paulo não conseguiu impor a pressão sobre seu adversário da forma com seu torcedor imaginava ou gostaria. Apesar de um domínio maior da posse da bola, os comandados de Rogério Ceni tinham muita dificuldade em chegar próximo ao gol defendido por Aranha. Nada que diminuísse a empolgação nas arquibancadas. Até laterais eram comemorados.
O que talvez nenhum são-paulino previa é que a Ponte Preta fosse abrir o placar logo em seu primeiro ataque. Uma bobeada de Thiago Mendes no meio campo e uma falha de Sidão na hora de espalmar a bola culminaram a rede balançando.
O baque no estádio foi assustador. Antes vibrante, o Morumbi se calou. Sentiu o gol junto com o time. Pior que isso. Poucos minutos depois do gol, a Macaca assustou mais uma vez, em novo contra-ataque, mas dessa vez Sidão foi bem ao barrar uma bonita finalização de Lucca. Foi o suficiente para a impaciência dos torcedores com cada erro da equipe aparecer de repente.
Sorte do São Paulo que o gol só fez a Ponte Preta se retrair ainda mais e também de ter um meia que, quando está inspirado, pode carregar o time. O Tricolor não fazia uma boa apresentação, batia cabeça no meio de campo. Foi quando o peruano resolveu mudar a história da partida.
Primeiro, o camisa 10 deixou Gilberto de frente para Aranha, acreditou na jogada, e empatou aproveitando rebote do ex-goleiro de Santos e Palmeiras. Mais que a felicidade pelo gol, a sensação dos tricolores foi de alívio. Dez minutos depois, Cueva se mostrou entrosado com Gilberto e repetiu a assistência. Dessa vez o centroavante não perdoou e virou o duelo.
Era a tranquilidade que o São Paulo precisava para ser fatal na etapa final. O domínio da equipe nos últimos 45 minutos cresceu, mas dessa fez de forma efetiva. A Ponte, por outro lado, voltou apática. E pagou um preço alto por isso.
Thiago Mendes, que falhou no gol da Macaca, iniciou sua recuperação deixando Luiz Araújo na cara do gol. O jovem parou em Aranha. Mas, depois de bela jogada de Bruno pela direita, a bola sobrou para o volante, que foi às redes com um belo chute colocado, de canhota. E ainda haviam torcedores comemorando quando o São Paulo chegou de novo pela direita. Dessa vez Luiz Araújo foi bem, entortou Fábio Ferreira e serviu Gilberto, que fez seu segundo gol no jogo e deu seu recado a Rogério Ceni.
A goleada foi construída com meia hora de partida para ser disputada ainda. Então, deu tempo para o técnico são-paulino fazer a alegria da torcida colocando Lugano na vaga de Cícero, os jogadores puderam sentir o sabor de ouvir o famoso “olé” a cada toque na bola e, para fechar o domingo com chave de ouro, Gilberto marcou mais um gol, seu terceiro, o quinto do São Paulo, em um lance bizarro após cobrança de escanteio, que evidenciou o abatimento da Macaca em campo. Nem mesmo um gol de Lucca no fim da partida ofuscou o massacre tricolor neste domingo.
Embalado pela segunda vitória seguida, a primeira no Paulistão com direito a goleada e estádio cheio, e diante da expectativa das estreia de Jucilei e Lucas Pratto, o Tricolor agora se prepara para encarar o Santos, na Vila Belmiro, quarta-feira, às 21h45. Já a Ponte Preta terá de buscar uma reação jogando novamente fora de casa. No mesmo dia, mas às 19h30, a equipe campineira pega o Botafogo, em Ribeirão Preto, no estádio Santa Cruz.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 5 X 2 PONTE PRETA
Local: Estádio Cícero Pompéu de Toledo, no Morumbi, em São Paulo
Data: 12 de fevereiro de 2017, domingo
Horário: 17h00 horas (de Brasília)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto
Assistentes: Marcelo Van Gasse e Alex Ang Ribeiro
Cartões amarelos: SÃO PAULO: Cícero. PONTE PRETA: Kadu, Nino
Público: 50.952 torcedores
Renda: R$ 1.312.376,00
GOLS: 
SÃO PAULO: Cueva, aos 32 minutos do 1T. Gilberto, aos 43 minutos do 1T e aos 12 e aos 24 minutos do 2T. E Thiago Mendes, aos 11 minutos do 2T.
PONTE PRETA: Matheus Jesus, aos 21 minutos do 1T, e Lucca, aos 38 minutos do 2T.
SÃO PAULO: Sidão, Bruno, Rodrigo Caio, Maicon e Junior; João Schmidt, Thiago Mendes (Araruna), Cícero (Lugano) e Cueva (Shaylon), Luiz Araújo e Gilberto.
Técnico: Rogério Ceni
PONTE PRETA: Aranha, Nino, Kadu, Fábio Ferreira e Jeferson (Artur); Naldo, Jádson e Matheus Jesus (Yago); Pottker, Clayson (Lins) e Lucca.
Técnico: Felipe Moreira

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