Dia do Goleiro: paredões assumem papel de protagonistas na decisão
Após serem decisivos nas semifinais do Carioca, Martín Silva e Renan atraem
os holofotes para si e buscam repetir boas atuações de olho na conquista do título
De vilão a herói em menos de um minuto. Assim se resume a vida de um goleiro de futebol. Com os protagonistas deste domingo não é diferente. Martín Silva, do Vasco, e Renan, do Botafogo, entram em campo hoje, às 16h, no Maracanã, no mesmo dia em que é comemorado o Dia do Goleiro, com a responsabilidade de fechar o gol para conquistar uma vantagem para a finalíssima do próximo domingo.
Depois de falhar diante do Flamengo, ainda pela Taça Guanabara, Martín Silva se redimiu ao fazer pelo menos duas grandes defesas diante do arquirrival no segundo encontro das semifinais. Apesar disso, o goleiro – que desde criança observava o compatriota Fernando Álvez fazer belas defesas e que, mais tarde, buscaria inspiração em Fabián Carini, com quem jogou na seleção sub-20 do Uruguai – prefere não assumir o papel de destaque da equipe. O camisa 1 prega a humildade, mas sabe que em uma final, inevitavelmente, os holofotes também estão voltados para ele.
- Sempre é importante estar nessa posição e ter uma atuação muito boa, sobretudo, em um jogo decisivo. Mas acho que tenho a mesma importância que qualquer outro do time e que os companheiros que ficam na reserva. É importante não falhar – disse.
- Sempre é importante estar nessa posição e ter uma atuação muito boa, sobretudo, em um jogo decisivo. Mas acho que tenho a mesma importância que qualquer outro do time e que os companheiros que ficam na reserva. É importante não falhar – disse.
Martín Silva é considerado um dos principais jogadores do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
O uruguaio, que chegou ao Vasco no ano passado e disputa sua segunda final de Carioca consecutiva - encarou o Fla na última temporada e levou gol polêmico de Márcio Araújo nos minutos finais, perdendo assim o título estadual em partida que terminou 1 a 1 -, é considerado um dos pilares do elenco. Soberano no gol vascaíno, Martín só se ausentou da equipe em duas oportunidades, diante do Boavista e do próprio Botafogo, quando foi convocado para disputar um amistoso contra o Marrocos com a seleção do Uruguai.
Renan, por sua vez, vive um dos melhores momentos de sua carreira. Depois de ver seu espaço no Botafogo diminuir consideravelmente em 2014, a chegada de René Simões este ano trouxe novo brilho à vida do goleiro. Em março, foi escalado como titular diante da Cabofriense após nove meses sem disputar uma partida oficial pelo clube que o revelou. A partir daí, algumas outras oportunidades surgiram, e Renan fez o que sabe de melhor: agarrar bem a chance que o técnico estava lhe dando. Com o apoio de Jefferson, titular absoluto no gol alvinegro, o goleiro foi crescendo e conquistando novamente um lugar especial no coração dos botafoguenses.
Com a ausência do camisa 1, recuperando-se de artroscopia no joelho direito, Renan se consagrou na disputa de pênaltis que definiu a semifinal contra o Fluminense. Pegou um e ainda balançou a rede, com categoria (relembre o longo desempate no vídeo acima). Enquanto Diego Cavalieri isolou a bola, o alvinegro tratou de bater bem e colocar no cantinho do tricolor.
Depois de nove meses sem jogar, Renan voltou a ter chances com René Simões no comando do Bota (Foto: Satiro Sodré)
Em boa fase e depois de afastar a ideia de saída do clube de General Severiano, o arqueiro do Botafogo só tem uma certeza para a partida deste domingo: quer ser novamente tão importante como foi na semana passada.
- Espero que eu volte a ser decisivo e possa ajudar o Botafogo no que for preciso. Quero fazer mais um bom jogo. Assim como o Martin Silva também. Ele é um bom goleiro, de seleção uruguaia. Todos sabem da qualidade dele. Eu estou crescendo aos pouquinhos e muito feliz pelo meu momento – afirmou, ao lembrar que tem como inspiração o companheiro de equipe Jefferson.
Paredão campeão de 97 está confiante e aposta em grande dia de Renan
Wagner trabalhou no Bota como preparador de goleiros (Foto: Globoesporte.com)
Em 1997, última vez em que Vasco e Botafogo se encontraram na final do Campeonato Carioca, quem levou a melhor foi o Alvinegro. Naquela ocasião, Edmundo dançou no primeiro jogo entre as equipes e, na partida final, Dimba marcou o gol que levou o Bota ao título.
Wagner era o goleiro daquela geração vencedora, que marcou época no Glorioso. Afastado do futebol desde 2010, quando atuou como preparador de goleiros em General Severiano, o ex-jogador acredita que Renan pode fazer a diferença.
- Tenho acompanhado a ascensão do Renan. Conheço e acredito no trabalho dele. Acho que ele deve manter a tranquilidade e a serenidade, como já vem fazendo. Essas duas características são pontos de partida para ser um bom goleiro. Claro que sempre tem alguma dificuldade durante o jogo, mas com a serenidade e a qualidade que tem, é difícil batê-lo. Na minha opinião, é tão bom quanto o Jefferson, apesar de o Jefferson ser mais experimentado. A técnica dele, de um modo geral, é bem aprimorada – observou.
Wagner era o goleiro daquela geração vencedora, que marcou época no Glorioso. Afastado do futebol desde 2010, quando atuou como preparador de goleiros em General Severiano, o ex-jogador acredita que Renan pode fazer a diferença.
- Tenho acompanhado a ascensão do Renan. Conheço e acredito no trabalho dele. Acho que ele deve manter a tranquilidade e a serenidade, como já vem fazendo. Essas duas características são pontos de partida para ser um bom goleiro. Claro que sempre tem alguma dificuldade durante o jogo, mas com a serenidade e a qualidade que tem, é difícil batê-lo. Na minha opinião, é tão bom quanto o Jefferson, apesar de o Jefferson ser mais experimentado. A técnica dele, de um modo geral, é bem aprimorada – observou.
Botafoguense de coração, depois de trabalhar como taxista, atualmente Wagner tem um bar em Niterói. Ele não vai ao Maracanã por conta do trabalho, mas nem por isso vai deixar de acompanhar o clássico pela televisão.
- Recebo torcedor de todos os times, porque tenho que ser político, mas por dentro fico torcendo pelo Botafogo. Depois a gente tira onda. Sou político até o resultado final. Espero que a final de 97 se repita, para que a imensa torcida do Botafogo possa comemorar – disse.
- Recebo torcedor de todos os times, porque tenho que ser político, mas por dentro fico torcendo pelo Botafogo. Depois a gente tira onda. Sou político até o resultado final. Espero que a final de 97 se repita, para que a imensa torcida do Botafogo possa comemorar – disse.
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