Puma diz ter acordo assinado e pode acionar São Paulo na Justiça
Um dia depois de o presidente do São Paulo admitir publicamente que desistiu de fechar negócio com a Puma porque as condições comerciais não eram as melhores, a empresa emitiu comunicado à imprensa na tarde desta quinta-feira revelando ter assinado um acordo com o clube para substituir a Penalty no fornecimento de material esportivo.
Segundo a nota, as conversas começaram no ano passado, com a ciência de que havia uma concorrente, e terminaram no último dia 28 de agosto com a assinatura do contrato, "que passaria a vigorar assim que terminado, de forma antecipada ou não, o contrato do atual fornecedor de material esportivo".
O texto esclarece ainda que Cinira Maturana (namorada de Carlos Miguel Aidar e que tinha autorização para prospectar patrocinadores, com direito a 20% de comissão) "esteve presente em algumas reuniões tão somente como convidada do presidente do clube" e que "somente depois de assinado o acordo, a pedido do presidente do clube" ela foi indicada como pessoa de contato para a transição entre o fornecedor atual do clube e a PUMA".
Djalma Vassão/Gazeta Press
Trata-se
de resposta à afirmação de Aidar de que não haverá mais negócio e
também a de que foi Cinira quem intermediou as conversas desde o início.
Embora o presidente não confirme publicamente, até porque o contrato
com a Penalty ainda está em vigência, o clube desistiu do acordo porque
recebeu proposta superior da americana Under Armour. A parceria com a
Penalty vence em dezembro de 2015, mas será rescindido no começo do ano.O
comunicado informa que "maiores detalhes serão expostos em fórum
apropriado". Segundo apurou a reportagem, tanto o São Paulo quanto a
Under Armour já foram notificados pela Puma sobre seu descontentamento. A
empresa cogita, inclusive, acionar o clube na Justiça.
Na quarta-feira, Carlos Miguel Aidar confirmou que negócio foi desfeito por conta de condições comerciais
Em resposta, o diretor de marketing do São Paulo, Ruy Barbosa, disse que o que se assinou foi uma carta de intenção, com 30 dias de prazo para que se cumprissem determinadas condições. "Chegando-se lá, você tem um deal, mas não se chegou. As coisas não se encaminharam, não evoluíram", disse o dirigente. Entre as condições, estariam a rescisão com a Penalty e a substituição deste acordo por um contrato formal.
Confira o comunicado na íntegra:
A PUMA vem a público informar que o relacionamento com o SPFC foi iniciado no ano de 2013 através do então vice-presidente geral, Sr. Roberto Natel. No dia 5 de agosto de 2014, a PUMA foi convidada a participar da concorrência para assumir o patrocínio e fornecimento de material esportivo do clube. Representaram o SPFC nas negociações: Sr. Gilberto Ratto, atual diretor de marketing da CBF e ex-gerente de marketing do clube paulista; e Sr. Ruy Barbosa, diretor de marketing do São Paulo. Na mesma data, a PUMA foi informada sobre a existência de mais um concorrente.
Em 28 de agosto de 2014, a marca foi informada pelo SPFC que havia sido a vencedora da concorrência para o patrocínio e fornecimento de material esportivo do clube. No mesmo dia, os representantes do SPFC e da PUMA assinaram o acordo, que passaria a vigorar assim que terminado, de forma antecipada ou não, o contrato do atual fornecedor de material esportivo. A Sra. Cinira Maturana esteve presente em algumas reuniões tão somente como convidada do presidente do clube. Este acordo previa o respeitoso término do contrato do atual fornecedor de material esportivo, uma vez que a PUMA sempre respeita os contratos vigentes dos seus concorrentes.
Somente depois de assinado o acordo, a pedido do presidente do clube, a Sra. Cinira Maturana foi indicada como pessoa de contato para a transição entre o fornecedor atual do clube e a PUMA.
Maiores detalhes serão expostos em fórum apropriado.
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