VELHO CARRASCO APARECE NO FIM, E SPORT BATE O PALMEIRAS SOB DILÚVIO

Vinte e dois jogadores, um árbitro, dois auxiliares... e a chuva. A tempestade que castigou o gramado da Ilha do Retiro era a protagonista do jogo entre Sport e Palmeiras, e tudo levava a crer que o placar terminaria inalterado. Até que apareceu Nunes. Aos 47 minutos do segundo tempo, o atacante aproveitou um escanteio (muito contestado pelos palmeirenses) e marcou o gol da vitória do Leão. Os jogadores do Verdão se revoltaram. Reclamaram que o escanteio não ocorreu e que houve um toque de mão do jogador do Sport.
Nunes é um velho conhecido da torcida do Palmeiras, carrasco desde a época em que defendia as categorias de base do Santo André. Ele ficou conhecido por provocar os palmeirenses na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2003. Na ocasião, o Ramalhão ficou com o título, e Nunes comemorou um dos gols imitando o porco, de forma pejorativa, em frente ao setor destinado aos alviverdes, fato que gerou revolta e grande confusão na arquibancada do Pacaembu. Desde então, marcou diversas vezes contra o Palmeiras - principalmente por Santo André e Bragantino. Por isso, comemorou com sorriso irônico o gol da vitória do Sport.
sport x palmeiras (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)Com sorriso irônico, Nunes comemora gol da vitória do Sport  (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
Com a vitória, o Sport chega à terceira colocação e passa o próprio Palmeiras (quarto) na tabela da Série B do Brasileiro. Os dois times têm nove pontos, mas o Leão leva vantagem nos critérios de desempate (nove gols contra seis). Outras duas equipes (Figueirense e América-MG) também têm nove e vêm logo a seguir. Chapecoense (13 pontos) e Joinville (12) lideram com folga.
Substituído no intervalo, Leandro, um dos principais jogadores do esquema tático de Gilson Kleina, recebeu o terceiro cartão amarelo e será desfalque contra o América-RN, terça-feira, às 21h50 (de Brasília), em Natal. No mesmo dia, o Sport recebe o Bragantino, às 19h30, mais uma vez na Ilha do Retiro.
sport x palmeiras (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)Sport e Palmeiras jogaram sob forte chuva no Recife  (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
Pouco futebol
A chuva que caiu sobre o Recife na noite de sexta-feira e também horas antes do jogo castigou o campo da Ilha do Retiro. Quando a tempestade voltou a dar as caras, depois de pouco tempo de partida, os jogadores sentiram. E a qualidade do futebol apresentado também.
As melhores chances nos minutos iniciais foram do Sport. Embalados por sua torcida (21.726 pessoas foram ao estádio e fizeram uma bonita festa), os donos da casa protagonizaram as oportunidades mais claras de gol. Logo no segundo minuto, Felipe Azevedo recebeu cara a cara com Bruno, completamente livre de marcação – falha do lateral Juninho –, mas chutou por cima do travessão.
sport x palmeiras (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)Gramado encharcado atrapalhou Sport e Palmeiras
(Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
O Sport anulou as duas laterais do Palmeiras. Pela esquerda, Marcelo Cordeiro se mostrava um dos melhores em campo, fazendo a transição entre defesa e ataque com agilidade. Pela direita, o palmeirense Juninho deixava brecha para que o Sport criasse jogadas e tocasse a bola. Porém, as poças d’água quebraram o ritmo. Tanto dos donos da casa como dos visitantes. Não havia como conduzir a bola.
Atrapalhado no ataque, o Verdão esbarrava nos erros de Vinícius e Caio. Nas poucas vezes em que foram acionados, os atacantes alviverdes não conseguiram dominar. A eficiência ofensiva apresentada na outra vez em que jogou como visitante – quando marcou três gols em 45 minutos, contra o ASA, em Arapiraca, – não se repetiu.
Sob gritos de Marcelo Martelotte, que não se importou com a forte chuva e permaneceu à beira do gramado tentando corrigir os erros do Sport, o time pernambucano insistiu, e só não abriu o placar porque parou primeiro em Márcio Araújo – que salvou cabeçada de Tobi em cima da linha – e Bruno, que defendeu bom chute de Marcos Aurélio. Gramado igualmente ruim para os dois, placar igualmente inalterado.
Sport pressiona e marca no fim
O primeiro ato do árbitro Wagner Reway ao voltar para o segundo tempo foi conversar com seus auxiliares e com o delegado da partida para decidir se havia condições para mais 45 minutos de futebol. A chuva deu uma trégua, mas as poças permaneceram grandes. Com o aval concedido, Palmeiras e Sport retornaram em busca de um lance para definir a partida.
Cauteloso e aparentemente satisfeito com um ponto no Recife, o técnico Gilson Kleina sacou o atacante Leandro - que havia recebido o cartão amarelo, o terceiro na competição – e escalou o Verdão com três zagueiros: o substituto André Luiz, ao lado de Maurício Ramos e Henrique. Sem mudanças, os pernambucanos partiram para cima. Era tudo ou nada.
O problema era passar pela água. E nos poucos bons contra-ataques criados pelo Palmeiras, Tobi e Gabriel Santos rasgaram para a lateral sem pensar duas vezes. Resguardado, o Verdão ainda trocou Vinícius por Serginho, deixando Caio sozinho e isolado à frente da linha de meio-campo.
Na prática, o Sport foi quem buscou mais a vitória, mesmo em condições tão adversas. Acabou sendo premiado no fim. Num escanteio - muito contestado pelos palmeirenses -, a bola sobrou para Nunes, que, aos 47 minutos do segundo tempo, deu a vitória ao Leão

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