Ovacionada, Duda recebe troféu de melhor do mundo: "Vou voltar aqui"


Eleita a melhor jogadora do mundo em 2014, armadora brasileira é recebida 
pelos dinamarqueses com aplausos no intervalo da final entre Noruega e Holanda

Duda Handebol (Foto: Thierry Gozzer)Duda com o troféu de melhor do mundo
(Foto: Thierry Gozzer)
O Brasil ficou pelo caminho no Mundial de handebol, sendo derrotado pela Romênia logo nas oitavas de final da competição. Mas, neste domingo, o país teve motivos para comemorar. Se coletivamente a seleção funcionou, individualmente a armadora Duda teve a temporada de 2014 consagrada na Jyske Boxen Arena, antes da final entre Holanda e Noruega. Eleita a melhor jogadora do mundo no ano passado, a catarinense voltou ao país e foi ovacionada quando recebeu o troféu pelo feito conquistado. Atleta do Gyori, da Hungria, Duda foi bicampeã da Champions League (2013 e 2014) e já havia sido eleita a jogadora mais valiosa (MVP) do Mundial de 2013, quando o Brasil foi campeão. Além dela, o francês Nikola Karabatic recebeu o troféu de melhor do mundo entre os homens.
Emocionada, Duda agradeceu as companheiras do Brasil e do clube pela premiação. Ela recebeu um cheque de 10 mil euros (R$ 43 mil reais) e também celebrou a volta por cima que teve em 2015. No início do ano, ela lesionou o ligamento cruzado do joelho esquerdo e passou por cirurgia. Ficou quase sete meses fora das quadras e voltou para o Mundial 100% recuperada. 
- É um momento muito especial para mim. Reconhecimento do meu trabalho. E também é bom para o handebol brasileiro, ter uma brasileira aqui recebendo esse troféu. Estou muito feliz por estar aqui, por colocar meu nome na história do handebol, e agradeço a todo mundo que votou e que também me ajudou a chegar aqui, como minhas companheiras de clube e de seleção. Podem ter certeza de que vou voltar aqui. Essa é a minha maior motivação na carreira. Uma medalha olímpica e voltar a ser eleita a melhor jogadora do mundo - disse Duda.
Ainda remoendo a eliminação para a Romênia nas oitavas de final, Duda lamentou pelo Brasil não ter chegado mais longe para defender o título de campeão mundial. Mas, lembrou que o handebol é um dos esportes mais equilibrados do mundo e com o maior número de seleções no mesmo patamar tático e técnico.
- Dói um pouco estar aqui no ginásio, voltar no dia da final. É amargo só assistir. Claro, gostaria de estar lá dentro. Mas a gente sabe da nossa capacidade. Tive meus três dias de depressão e agora já estamos prontas para o próximo desafio, que são as Olimpíadas  - garante Duda.
Duda Handebol (Foto: Thierry Gozzer)Duda foi ovacionada pelo público (Foto: Thierry Gozzer)
Em quadra, a armadora esteve bem para quem voltava de uma séria lesão, mas não pôde ajudar a seleção brasileira a chegar mais longe. Porém, recuperou a confiança necessária para brigar pelo ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, o  grande objetivo de uma geração que deve se despedir da seleção brasileira após os Jogos, já que várias jogadoras passaram dos 30 anos. Duda, contudo, ainda tem lenha para queimar.
- Nossa equipe já e bem motivada, mas uma motivação pessoal dessa, é claro que ajuda. Me dá vontade de voltar e ajudar ainda mais a seleção. Essa medalha olímpica é a que falta. Sabemos que é uma chance única, então vamos atrás - finaliza a jogadora.

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