Cinco fatos no Clássico Bisavô que desafiam roteiro do futebol moderno
Com 111 anos de história, America e Bangu se enfrentaram nesta quinta, em Edson Passos. Vitória do Diabo teve Tia Ruth distribuindo flores e até "secada" de torcedor
Um clássico que desafia gerações. Que desafia transformações. Que desafia o futebol moderno. Que desafia o invencível, o tempo. São 111 anos de história de America x Bangu. Não à toa o duelo recebe o nome de Clássico Bisavô. E como todo grande patriarca, conserva valores pétreos, imutáveis. Nesta quinta-feira, Edson Passos virou palco da nostalgia, de costumes antigos. Dentro de campo, o Mecão reviveu os velhos tempos gloriosos e venceu o jogo do Campeonato Carioca por 3 a 2. Fora dele, um show de irreverência e traços do passado.
ETERNA - E GENTIL - TIA RUTH
Torcedora símbolo do America, Tia Ruth não é de perder jogos. O que dirá de um clássico. É impossível não notá-la. Ela faz questão de acessar o gramado - devidamente trajada com sua tradicional camisa em homenagem a Romário - com o time. Tem até seu jogador preferido, o goleiro Felipe Eduardo. E faz questão de entregar... flores. Quando foi a última vez que você deu ou recebeu flores?
A BOA E VELHA CHARANGA
Em severo processo de extinção, a charanga encontra um habitat natural em Edson Passos. As marchinhas são os gritos desesperados contra um mundo moderno. E o tempo todo. Que beleza!
PLACAR... ANALÓGICO
Uma geração acostumada a levar nas mãos dispositivos que filmam e reproduzem imagens em alta definição. Porém, em Edson Passos, nada de placar de moderno, de led. O aparelho é do antigo Maracanã... e analógico. Cumpre perfeitamente a missão. E com uma dose de nostalgia.
TORCEDOR CRI-CRI
Esqueça os gritos das arquibancadas. Esqueça os sistemas de som modernos. No Clássico Bisavô ainda valem as vozes solitárias. Pior - ou nem tanto - para os jogadores. No fim do jogo, Magnum, do Bangu, foi para uma cobrança de falta e teve que aturar os gritos de um torcedor: "Vai errar, vai errar". Porém, não deu certo. Magnum fez o contrário e colocou a bola na rede.
ENTREVISTA SINCERA
Leandro Aguiar fechou o clássico com chave de ouro. Além de ter marcado um belo gol, o jovem atacante do America deu uma entrevista com brilhos nos olhos. Sincero, revelou até que a família pediu gol ao longo da semana. Cumpriu e ainda dedicou para o amigo que tem o sugestivo apelido de "Pizza".
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