À caça de centroavante, Botafogo tem resistência interna por mais um gringo
Canales volta à pauta após eliminação da La U na Libertadores, mas rendimento nos jogos preocupa. Dirigentes divergem sobre usar quinta e última vaga de estrangeiros
Canales esteve apagado nos dois jogos da La U contra o River Plate-URU (Foto: EFE / Sebastian Silva)
O Botafogo definiu o mercado sul-americano como foco para 2016, e dos países vizinhos já desembarcaram quatro reforços em General Severiano: os argentinos Joel Carli e Gervasio "Yaca" Núñez, o boliviano Damián Lizio e o uruguaio Juan Salgueiro. O clube, que também chegou a acertar com o equatoriano Pedro Larrea e acabou desistindo por questões judiciais, ficou empolgado com o mercado Mercosul, menos inflacionado do que o brasileiro. Tanto que até solicitou à Ferj que aumentasse o limite de jogadores estrangeiros de quatro para cinco nos campeonatos que a entidade organiza, seguindo o número já adotado pela CBF. A federação aceitou, mas agora esta quinta e última vaga para gringos no elenco alvinegro pode não mais ser usada.
Amparado pelo desempenho irregular de Yaca e Lizio nos primeiros jogos, internamente na diretoria há quem defenda a tese de que os melhores valores sul-americanos já estão no futebol europeu. E que, para encontrar alguma peça que vingue, precisaria apostar em jogadores do mesmo nível dos brasileiros que jogam no país. O grande chamariz do mercado Mercosul é a questão financeira. O Alvinegro consegue alcançar atletas com pedidas dentro de um teto salarial estipulado. As ofertas levadas por empresários continuam surgindo em larga escala, só que a maioria não agrada a comissão técnica.
Um nome que voltou mais uma vez à pauta é o do centroavante chileno Gustavo Canales. Com contratado até metade de 2017 na Universidad de Chile, ele não foi liberado pelo clube durante consulta do Botafogo. Mas com a eliminação da La U na Pré-Libertadores - perdeu por 2 a 0 para o River Plate no Uruguai e empatou sem gols em casa - fez a possibilidade de negócio ser reaberta. Porém, o desempenho ruim do atacante nos dois jogos eliminatórios preocupou alguns dirigentes: ele atuou os 180 minutos e deu apenas três finalizações ao todo. Outros, no entanto, defendem que o rendimento dessas partidas não afeta o seu histórico de goleador.
Outro nome que também ainda não foi descartado é o de Rafael Moura, que não definiu seu acerto com o Atlético-MG e segue com futuro em aberto. O He-Man tem chances remotas de ser contratado, porém, há na diretoria do Botafogo quem já o considere carta fora do baralho. Fato é que o clube quer só mais um centroavante para dividir a responsabilidade com Luís Henrique, a dúvida é se ele será brasileiro ou gringo.
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