STJD só adverte Eurico Miranda e cobra atenção aos sorteios de árbitros
Em julgamento realizado no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu apenas advertir o presidente vascaíno Eurico Miranda por suas recentes declarações.
Incurso nos artigos 243-D e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), Eurico fez a própria defesa no Tribunal. Argumentou quanto à acusação de “desrespeitar membros da arbitragem” e “incitar a violência” e teve sucesso.
“Todos que militam no futebol sabem o que está acontecendo. Não é o Vasco que está sendo prejudicado, tem um problema sério na arbitragem. Nada do que eu disse em relação ao Marco Polo Del Nero e ao Delfim é inverdade”, discursou o presidente vascaíno durante a defesa.
A explanação levou os auditores a pedirem à procuradoria verifique como estão sendo realizados os sorteios de árbitros pela CBF. Eurico julga ser “muita coincidência” o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG) apitar o encontro de Vasco e Chapecoense tanto no turno quanto no returno do Brasileirão.
Delfim advertido – Um dos alvos de Eurico nas últimas semanas, o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e vice-presidente da CBF, Delfim de Pádua Peixoto Filho, também foi julgado. Ele desrespeitou uma circular feita neste ano pela Comissão de Arbitragem, que proíbe a presença de qualquer pessoa estranha no vestiário da arbitragem. Ainda assim, ele foi apenas advertido pelos auditores.
Relembre o caso – Toda a polêmica começou após empate por 1 a 1 entre Vasco e Chapecoense, disputado no último dia 15. Eurico Miranda soltou o verbo sobre um “escândalo” envolvendo Delfim Peixoto e clubes de Santa Catarina.
Segundo o presidente vascaíno, as frequentes visitas do vice-presidente da CBF aos vestiários do árbitro têm objetivo de beneficiar Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville neste Campeonato Brasileiro. Na partida entre Vasco e Chapecoense, por exemplo, a súmula comprova a presença de Delfim Peixoto para “cumprimentar o trio de arbitragem”.
A resposta do presidente da FCF de um lado foi cautelosa, negando qualquer acusação, mas de outro foi explosiva. Julgou as ideias de Eurico “idiotas” e, com estes termos, incendiou a discussão. Então a procuradoria do STJD entrou na parada e indiciou ambos por “ofender alguém em sua honra”.
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