Isso é Libertadores? São José reclama de falta de comida e luz na Colômbia
Atual campeão do Mundial de Clubes de futebol feminino, time do interior de SP critica Conmebol por falta de estrutura. Águia estreia jogando no escuro e sem transporte
Maior campeão da história da Libertadores de futebol feminino, o São José reclama da falta de estrutura oferecida para competição que é realizada em Medellín, na Colômbia. A diretoria do clube do interior de São Paulo critica a falta de luz no estádio Cincuentenario, onde o time estreou nessa quinta-feira, 29, e também a falta de comida. As jogadoras teriam direito a apenas 300 gramas de comida, por refeição.
– O campo estava cheio de buracos. E no segundo tempo, quando o jogo terminou, ninguém enxergava nada. Não tinha iluminação (...) A comida, o parâmetro deles é 300 gramas. Pra atleta de alto rendimento, isso não existe. A jogadora não pode repetir a refeição. Já participei de três Libertadores de futebol feminino, e nunca teve isso – reclamou a supervisora Fabiana Rossetti, do São José.
Outro problema enfrentado pelo time joseense foi em relação ao transporte. Tanto no desembarque no aeroporto, na Colômbia, quanto no percurso do hotel ao estádio. Após oempate por 1 a 1 contra o Estudiantes de Guárico-VEN, na estreia, o ônibus que deveria buscar a delegação joseense não apareceu. A justificativa foi que ele teria se envolvido em um acidente no caminho. Depois de o time esperar um longo período pela condução, sete táxis foram chamados pelos organizadores para levar as atletas e a comissão técnica para o hotel. Os táxis foram pagos pela organização.
– O jeito foi ir de táxi. O ônibus não apareceu (...) Também tivemos problemas com os vestiários. Não há uma regra para aquecimento, espaço. São só dois vestiários. Você chega e espera meio tempo do jogo em andamento. Quando elas vão para o vestiário, retiram as coisas delas, levam para o campo e entramos. Não tem nem como fazer aquecimento – criticou.
Djenifer Becker, volante do São José, conta as novidades da Libertadores através do Diário das Meninas da Águia, aqui no GloboEsporte.com. Em seu último post, a volante falou sobre a situação enfrentada pelas jogadoras brasileiras na Colômbia.
– Jogamos em um campo ruim. Nosso time é de toque de bola. Isso acaba dificultando um pouco. Mas sabemos que temos que buscar a nossa classificação nessas condições. Se são assim, temos que enfrentá-las. Jogamos às 16h aqui. No fim do jogo, estava completamente escuro. Sem a iluminação adequada para uma partida. Enfim, sabemos que o que é ruim para a gente, é ruim também para nosso adversário. Então, acima de tudo, temos que nos superar – declarou Djenifer.
O São José volta a jogar neste sábado, 31. Às 18h30 (de Brasília), as Meninas da Águia encaram o Cerro Porteño, no estádio Cincuentenario. O Estudiantes joga no mesmo dia, mas às 17h, contra o Real Pasión, no mesmo estádio. O time joseense já faturou três Libertadores. É a primeira vez que a competição é realizada fora do Brasil. O São José é o único clube brasileiro a ter o título do Mundial de Clubes de futebol feminino, após bater o Arsenal, no Japão.
O GloboEsporte.com procurou a Conmebol, responsável pela administração da Libertadores, para comentar o assunto. Mas até o momento da publicação dessa reportagem, não houve resposta.
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