Seedorf, Loco… Nada disso! Botafogo monta elenco sem gringos após 7 anos
O Botafogo voltou a apostar em gringos a partir de 2008, quando trouxe o zagueiro Ferrero e os atacantes Escalada e Zárate. E virou motivo de chacota. Isso porque os dois atacantes chegaram muito fora de forma e praticamente não entraram em campo. Já o defensor, não conseguiu desempenho satisfatório de foi negociado em seguida.Tradicionalmente o Botafogo tem histórico de contar com gringos na montagem do elenco. Não precisa ir muito longe para constatar que alguns nomes alcançaram lugar de destaque no clube recentemente: Seedorf, Loco Abreu, Herrera… Desde 2008, o Alvinegro mantinha esse padrão, interrompido na atual temporada. Pela primeira vez em sete anos o grupo de atletas será 100% brasileiro.
Em 2009, o Botafogo voltou a apostar no mercado sul-americano. Após sofrer com goleiros não confiáveis, a diretoria resolveu trazer o uruguaio Castillo, que pegou um pênalti em sua estreia. A alta expectativa criada, no entanto, ficou rapidamente no passado após atuações irregulares. Ele perdeu de vez espaço com a volta de Jefferson e deixou o Alvinegro.
Em 2010 a história foi completamente diferente. O Botafogo acertou a mão com o 'ataque Mercosul' e colheu os frutos com o uruguaio Loco Abreu e o argentino Herrera. Com os dois como protagonistas, o Alvinegro quebrou uma sequência de derrotas em finais para o Flamengo e foi campeão carioca em cima do rival, com direito a 'cavadinha' do atacante que vestia a camisa 13.
O sucesso foi tanto que eles permaneceram no Botafogo por dois anos. Em 2012, Herrera recebeu proposta dos Emirados Árabes, onde se encontra até hoje. Loco Abreu, por sua vez, saiu pelas portas dos fundos após ser barrado pelo então técnico Oswaldo de Oliveira. O uruguaio passou por Figueirense, Nacional-URU, Rosário Central-ARG e mostrou arrependimento por ter deixado General General Severiano.
No mesmo ano em que o 'ataque Mercosul' foi desfeito, o Botafogo contratou outros gringos que ficaram marcado na história. O principal deles, claro, foi Seedorf. Nascido no Suriname e naturalizado pela Holanda, o camisa 10, tetracampeão da Liga dos Campeões, defendeu o clube por duas temporadas ao lado do uruguaio Lodeiro.
Seedorf deixou o Botafogo no fim de 2013, quando se aposentou para virar treinador. Já Lodeiro trocou de clube. Foi para o Corinthians, onde fracassou – já está no Boca Juniors-ARG. A dupla passou o legado para outros quatro gringos. Mas o que sobrava de quantidade, faltava na qualidade. O peruano Ramírez, o paraguaio Zeballos e os argentinos Bolatti e Tanque Ferreyra não deixaram saudade após participar da campanha que rebaixou o Alvinegro.
Com a restruturação do Botafogo, que vive grave crise financeira, a diretoria traçou um perfil de jogadores que cheguem com um salário dentro da realidade e com muita disposição. Coincidentemente, nenhum gringo foi contratado, o que vai na contramão do futebol brasileiro, que cada vez mais tem explorado o mercado sul-americano. Loco Abreu até negociou para voltar, mas o gerente de futebol Antônio Lopes vetou o retorno.
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