“Carregarei esse gosto amargo pro resto da vida”, diz Galvão sobre 7 a 1
Nenhuma situação afagará até o fim de sua carreira ter presenciado e narrado ao vivo a maior tragédia da história do futebol brasileiro. Assim, Galvão Bueno entende que estão os 7 a 1 da Alemanha em sua história, sem qualquer tipo de “revanche'' para apagá-los.
O narrador estará na tela da TV Globo pelo menos até a Copa do Mundo de 2018, pelo contrato que tem com a emissora carioca até o fim de 2019. E diz que a decisão de participar de mais um Mundial, quanto terá 68 anos, não foi motivada pela intenção de fazer dos 7 a 1 o penúltimo, e não último, capítulo de sua carreira.
“Acho que isso não vai acontecer (narrar em 2018 como chance de o Brasil se redimir dos 7 a 1), a não ser que Brasil e Alemanha joguem de novo em uma semifinal, e que Brasil ganha de 7 a 1. E ainda assim não vai ser completo porque não será na Alemanha. Essa passou. Engoli e vou carregar esse gosto amargo pelo resto da vida, como todos os brasileiros”, disse Galvão em entrevista à Rádio Globo.
Galvão chegou a dizer na Copa da África do Sul, em 2010, que aquela deveria ser a última fora do país como narrador. Mas explicou que voltou atrás em função do desejo da emissora e dos bons resultados.
“Eu não me imaginava narrando na Copa da Rússia. Talvez algo como âncora ou apresentando programas, mas não me imaginava narrando. Na África, as pessoas confundiram quando eu dizia que seria minha última Copa e que estava me despedindo. Eu dizia que deveria ser minha última Copa fora do Brasil. Eu não me via narrando a Copa da Rússia, mas as coisas mudaram, as coisas mudam”, explicou.
“Enquanto os índices de audiência permanecerem onde permanecem, enquanto a Globo entender que faço bem o que faço e querer que continue fazendo, vou continuar fazendo. A Copa da Rússia está nos planos. Depois já vou estar mais velhinho'', finalizou.
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