Fifa ‘compra’ clubes triplicando premiação por cessão de atletas à Copa
A política administrativa da Fifa é no mínimo contraditória. Na mesma semana em que confirma a Copa do Mundo do Catar entre novembro e dezembro de 2022, anuncia aumento substancial no pagamento aos clubes que cederem atletas ao torneio. Cerca de 209 milhões de dólares (R$ 693 mi) serão divididos entre as equipes que tiverem jogadores convocados para o Mundial no deserto. A quantia para a Copa da Rússia é idêntica.
O anúncio acontece menos de um mês depois de Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, garantir que não haveria compensação financeira para os atletas que participarem da Copa do Mundo do Catar. A decisão foi tomada em reunião do Comitê Executivo.
“Estamos dando um passo gigante para promover as relações entre Fifa e clubes em um espírito de cooperação mútua e construtiva”, discursa Joseph Blatter, presidente da entidade desde 1998 e candidato para uma quarta reeleição. O pleito acontece no final de maio.
A quantia paga para os próximos Mundiais é três vezes maior do que os R$ 229 milhões divididos entre os clubes para a Copa do Mundo do ano passado. O valor também é maior do que o pago pela Uefa às equipes que cedem atletas à Eurocopa (R$ 523 milhões).
As eleições para a presidência da Fifa acontecem no dia 29 de maio. Joseph Blatter tenta manter seu trono ao ser desafiado por três concorrentes. São eles: o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, um dos atuais vice-presidentes da Fifa; o ex-jogador Luis Figo; e o presidente da federação holandesa, Michael van Praag.
AFP
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