Blatter desconversa sobre boicote e pede “futebol unido” nas Copas
Problemas diferentes questionam a realização de um evento do tamanho da Copa do Mundo na Rússia e no Catar. Enquanto a sede do torneio de 2018 vive conflito geopolítico com a Ucrânia, o calor do país árabe preocupa por colocar em jogo a integridade física dos jogadores. Mas nada disso preocupa Joseph Blatter, presidente da Fifa, que rejeita qualquer possibilidade de boicote aos torneios.
“O futebol deve estar unido, o esporte deve estar unido quando se trata de boicotes. Os boicotes nunca deram resultado”, reclama Blatter em Congresso da Uefa realizado em Viena, nesta terça-feira. “A autonomia do esporte deve estar garantida. Nós deveríamos fazer algo pela paz. Talvez possamos ajudar em certas situações de conflito”, acredita o mandatário, que dirige a Fifa desde 1998.
Ao menos quanto ao contexto político entre Rússia e Ucrânia, a Uefa tem tomado decisões a fim de evitar que o conflito influa no futebol. Em sorteio da Liga Europa, na última sexta-feira, por exemplo, a entidade dirigiu o sorteio para que times dos dois países não se enfrentassem nas quartas de final.
AFP
Por conta do desentendimento, o presidente ucraniano pediu na última semana que países aliados boicotem a Copa de 2018, a ser jogada na Rússia. Há ainda quem questione a realização do Mundial no Catar, quatro anos depois, devido às acusações de corrupção e más condições de trabalho nos canteiros de obras do torneio.
Incólume, Blatter não dá ouvidos às críticas. “O futebol não só traz emoções positivas, mas também a força para ajudar na resolução de conflitos e na construção de pontes entre os lados”, contemporiza o presidente da Fifa, que apesar da rixa com Michel Platini foi aplaudido pelos representantes das 54 federações associadas à Uefa.
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