Timão teme que situação de Pato se torne insustentável e obrigue venda
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Evidentemente, o investimento de R$ 40 milhões feito no camisa 7 torna a questão mais complicada. Cada novo dia na desgastada relação do jogador com o clube e, especialmente, com a torcida, diminui o possível retorno desse investimento. E as demonstrações de que haverá qualquer reação não existem.
A possibilidade de que a situação se torne insustentável é um dos grandes temores da diretoria. “Espero que não chegue esse momento. Espero que não chegue. Vamos trabalhar, intensificar a conversa para que não chegue esse momento”, disse Edu, que ainda não vê uma disposição do atacante de sair.
Porém, se não exige uma transferência, o atleta de 24 anos também não parece empenhado em finalmente vingar em preto e branco. Ele já está há mais de um ano na agremiação do Parque São Jorge, mas cada entrevista de um técnico ou dirigente sobre ele invariavelmente cai na questão de que ele precisa compreender o clube. Esse entendimento está distante, o que irrita os torcedores.
“Cabe a ele fazer o possível, independentemente da situação, dar a volta por cima e se mostrar com empenho, que é o que a torcida pede. A torcida do Corinthians não quer nem que o cara vá tão bem tecnicamente. Mas, se mostrar que está comprometido, começa a trazer o torcedor para o seu lado”, comentou Edu.
Segundo ele, não entra nas exigências da Fiel a grana gasta na contratação. “Não sei se pensam em valores. Já vi tantos que vieram com valores não tão expressivos e sofreram como o Pato está sofrendo. A torcida do Corinthians é muito exigente, mas também é muito boa. Ela sabe reconhecer quando o atleta está empenhado. Fomos eliminados da Libertadores, e ela deu aquele espetáculo, reconhecendo que os atletas se empenharam realmente.”
O duro mesmo é fazer o atacante entender tudo isso e não tornar a situação insustentável, como tanto teme a diretoria. “Conversamos em prol de melhorias com todos os atletas. Alguns entendem um pouco mais rápido, outros demoram. Nosso trabalho é arrancar o melhor possível o quanto antes”, concluiu o preocupado Edu.
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