Após vitória, Stanislas Wawrinka destaca incredulidade por final inédita

Stanislas Wawrinka falhou em 35 oportunidades. Na 36ª, finalmente conseguiu chegar a uma final de Grand Slam. Segundo tenista que mais disputou torneios deste porte até alcançar a sua primeira decisão – atrás somente de David Ferrer, com 42 -, o suíço bateu o tcheco Tomas Berdych nesta quinta-feira e, agora, espera o vencedor do confronto entre Roger Federer e Rafael Nadal para saber quem será o seu adversário no jogo que valerá o título do Aberto da Austrália de 2014. Depois da semifinal, Wawrinka disse não acreditar no que acabara de conquistar.
“É incrível. Não esperava fazer uma final de Grand Slam na minha carreira. Isso aconteceu hoje e estou muito feliz. Tenho trabalhado muito nos últimos anos, tentando melhorar, jogar grandes partidas nos estádios”, afirmou o suíço. “É difícil colocar como objetivo a final de um Slam quando Novak (Djokovic), Rafa (Nadal), Roger (Federer) e Andy (Murray) estão aqui. Nós sabíamos que tínhamos o jogo para batê-los, mas para ir à final você precisa fazer isso repetidamente”, acrescentou.
Para alcançar a final, Wawrinka, atual número oito do mundo, superou adversários como o espanhol Tommy Robredo nas oitavas de final, o sérvio e líder do ranking da ATP, Novak Djokovic, nas quartas, e o tcheco Tomas Berdych, sétimo posicionado da lista, na semifinal. Até esta quinta-feira, o melhor resultado da carreira do suíço em um Grand Slam havia sido a semifinal do US Open do ano passado, o último da temporada 2013.
AFP
Depois de 35 tentativas, o suíço Stanislas Wawrinka finalmente se classficiou para uma final de Grand Slam

Assim, Wawrinka exaltou a boa fase que vive. “Depois da semifinal do US Open, eu sabia que estava perto de uma final. Encontro-me no topo da minha carreira. Admito que senti que estava jogando melhor desde o ano passado, lidando melhor com a pressão. Sinto-me mais maduro com 28 anos. Estou no circuito há mais de dez anos. Aproveito mais o que estou fazendo, quando eu venço e como lidar com a pressão”, disse.
Sobre o jogo contra Berdych, que terminou com placar de 3 sets a 1, parciais de 6/3, 6/7 (1-7), 7/6 (7-3) e 7/6 (7-4), Wawrinka ressaltou o equilíbrio. No total, foram três tie-breaks em quatro parciais disputadas. Além disto, apenas uma quebra foi conquistada em toda a partida, e os dois tenistas somaram 39 aces.
“Foi bem disputado, com certeza, um jogo estranho. Acho que não jogamos nosso melhor, mas sacamos bem. Fomos agressivos em nossos games de saque. A quadra estava rápida, então não tinha como haver ralis longos. É raro jogar quatro sets com três tiebreaks, mas tentei ir para as bolas. Queria ser mais agressivo que ele”, declarou Wawrinka.
Para finalizar, o suíço brincou ao ser questionado sobre qual adversário prefere encontrar na decisão do próximo domingo. Rafael Nadal e Roger Federer duelam pela segunda semifinal nesta sexta-feira, a partir das 6h30 (de Brasília). “Se eles pudessem desistir do torneio, seria bom (risos). Meu histórico contra Rafa e Roger não é bom. Mas jogar a final contra o suíço seria incrível. Ele é o maior da história. Jogar minha primeira final contra ele seria incrível”, declarou Wawrinka, que foi campeão olímpico nas duplas em 2008 ao lado de Federer.

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