A faixa contra, a favor

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A faixa exibida pelos jogadores do Botafogo antes do início do clássico com o Flamengo, na reestreia de Luxemburgo na Gávea, cobrando salários atrasados pelo clube, dá o que pensar. Será que foi um gesto justo e espontâneo do elenco alvinegro, ou teve no mínimo, o beneplácito da diretoria?
Explico: dois, três dias antes, o presidente do Botafogo participou, juntamente com mais onze de seus pares, da famosa reunião com a presidente Dilma, pedindo prolongamento de prazo para pagar aquela montanha de dinheiro que os clubes brasileiros devem ao erário público (leia-se nosso pobre dinheirinho).  E até chegou a ameaçar de retirar seu time de campo, por falta de recursos para chegar ao fim do ano.
O argumento dos cartolas é a de que essa dívida tem a idade de Matusalém. Fruto de má gestão de seus antecessores. É verdade, embora os atuais presidentes continuem cometendo os mesmos disparates administrativos de sempre, com as exceções de praxe, claro. (A manifestação dos jogadores do Glorioso, nesse caso, serviria como pressão para Dilma e seus auxiliares justificarem a tal prorrogação pedida pelos clubes).
Mas, então, por que não se cobra dos antigos responsáveis por tantas irresponsabilidades? Basta fazer uma auditoria nos, digamos, vinte últimos anos de vida das entidades esportivas, separando o joio do trigo. E aqueles que cometeram os deslizes sejam devidamente responsabilizados, não apenas pelo governo, mas, sobretudo, pelos próprios clubes que eles levaram à beira da falência?
Pra tanto, não é necessário Lei de Responsabilidade, como a que tramita no Congresso, ou medidas provisórias. Basta a justiça comum, a quem recorrem todos os que se sintam lesados por outrem.
O que essa turma quer mesmo é manter em campo o velho jogo do empurra. E quem paga o pato, no fim das contas, somos nós, os contribuintes.

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