Quem decide fora de casa costuma levar a melhor em finais de Copa do Brasil
O Palmeiras decidirá em casa a Copa do Brasil contra o Santos, mas o que normalmente é considerado uma vantagem é desmentido pelo retrospecto na história da competição. Das 25 finais em que houve mandante, em 15 os visitantes foram campeões, o que corresponde a 60%. Nas outras 10 definições de título, os mandantes ergueram a taça (40%).
A decisão de 2006 entre Flamengo e Vasco não contabilizamos no levantamento porque os dois jogos foram disputados no Maracanã, considerado campo neutro, e sem critérios de gols fora de casa.
O Grêmio e o Santo André, principalmente, servem de prova de que decidir fora pode não ser o terror que parece, mesmo se a vitória não tiver acontecido como mandante no jogo de ida. O Tricolor Gaúcho tem dois exemplos disso, em 1997 e 2001. No primeiro, tropeçou em casa, em 0 a 0, mas conseguiu arrancar um empate com gols, em 2 a 2, no Maracanã, contra o Flamengo, e sair com sua terceira taça.
A campanha do tetra teve decisão ainda mais bem sucedida. Depois de um 2 a 2 em casa, o Grêmio conseguiu bater o Corinthians no Morumbi por 3 a 1. Já a história do Ramalhão remete a 2004. Na ocasião, o Santo André empatou em casa, por 2 a 2, com o Flamengo, mas conseguiu calar a torcida rubro-negra no Maraca, impondo um 2 a 0.
No século XXI, a superioridade dos times que decidiram fora de casa é ainda maior. Em 13 finais de Copa do Brasil, os visitantes ergueram a taça em nove ocasiões (69,2%). O atual campeão Atlético-MG (foto acima) foi o último a festejar o título longe de seus domínios. No ano passado, o Galo venceu o Cruzeiro pelo placar de 2 a 0, no jogo de ida, no Independência. Depois superou o rival novamente, dessa vez, por 1 a 0, na partida de volta, no Mineirão, que teve 90% dos lugares destinados aos cruzeirenses.
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