Ex-Flamengo e Guarani desabafa em rede social: "Preciso trabalhar"
Aos 32 anos, volante Goeber busca novo clube desde que acabou o Campeonato Potiguar, em abril. Jogador espera chance ainda em 2014: "Portas estão fechadas"
Sem clube, Goeber desabafa no Facebook que está sem emprego (Foto: Reprodução)
A última vez em
que o brasiliense entrou em campo este ano foi no dia 9 de abril,
durante o Campeonato Potiguar, quando jogava pelo Alecrim. Já são quase quatro meses sem jogar e a incerteza se terá
mais uma oportunidade como jogador profissional. Mesmo sem clube, Goeber mantém a esperança de voltar a jogar futebol ainda este ano e espera o contato de clubes da região Nordeste. No mês passado, o jogador recebeu uma ligação dos diretores do Central, clube pernambucano que participa da Série D deste ano, mas acabou não assinando com o clube. Segundo o jogador, os clubes preferem investir em jogadores mais novos e menosprezam a qualidade dos mais experientes.
Goeber (dir.) jogou este ano pelo Alecrim e foi o capitão da equipe (Foto: Canindé Pereira/Divulgação)
- Eu quero voltar a
jogar futebol o mais rápido possível. Não quero parar e estou
louco para jogar bola novamente. Acredito que os clubes querem
trabalhar com jogadores mais jovens, por pagarem qualquer valor.
Estou com 32 anos, mas ainda tenho muito o que mostrar em campo. Fiz
vários contatos na carreira, mas, quando mais preciso, as portas
estão fechadas - lamenta o jogador.Goeber iniciou a carreira em 2002 no Aruc. Um ano depois, foi contratado pelo Gama e participou da conquista do Campeonato Brasiliense. Em 2006, o volante acertou com o Guarani e depois foi emprestado ao Flamengo. Mas as críticas da torcida e as más atuações no Rubro-Negro acabaram levando o jogador para a reserva. Sem espaço no clube, Goeber foi emprestado ao América-RN, na sua primeira passagem por Natal. Depois, jogou por Ipatinga e Brasiliense, até, em 2007, ser o dono do próprio passe. Nos três anos seguintes, o jogador disputou o Campeonato Paulista pelo Grêmio Barueri, Sertãozinho e Guaratinguetá. Também jogou pela Cabofriense, onde fez dois gols contra no mesmo jogo. Em 2012, surgiu a chance de jogar na Ucrânia, atuando pelo Volyn Lutsk, time da primeira divisão. As dificuldades com a língua e a baixa temperatura motivaram o jogador a voltar ao Brasil um ano depois. Apesar disso, os problemas persistiram.
- Depois que voltei da Ucrânia, fiquei sete meses sem jogar e nenhum clube queria contar com o meu futebol. Foi um período difícil que passei com a minha família - lembra.
Em 2013, o jogador foi apresentado pelo Rio Branco-SP, clube da Série A2 paulista, mas acabou dispensado com a mudança da comissão técnica. Em seguida, o jogador acertou com a União Barbarense para a disputa da divisão principal do Campeonato Paulista. Com o fim da competição, o jogador ficou sem clube. De volta a Brasília, Goeber ficou treinando no Ceilândia, até vir a oportunidade de se mudar para Natal. A chance de jogar pelo Alecrim, clube da capital potiguar, animou toda a sua família, já que o jogador pretendia se mudar para uma cidade da região Nordeste.
Goeber em ação pelo Alecrim no clássico contra o América-RN (Foto: Canindé Pereira/Divulgação)
- Já tinha vontade de
morar no Nordeste e vir para Natal uniu o útil ao agradável. O
contato com o Alecrim foi por meio do vice-presidente Washington
Fernandes, que recebeu um DVD com algumas imagens minhas e gostou do
meu trabalho. Quando acertei com o clube, tive uma rápida adaptação
e fiz um bom campeonato estadual. Apesar da limitação da equipe e
da estrutura do clube, foi um bom período. Ficaram as boas
lembranças e espero que as portas
tenham ficado abertas - planeja.
Futuro incerto
A escolha por morar na região Nordeste e a ausência de um empresário limitam o acesso do jogador ao cenário Centro-Sul do país. Mesmo aguardando o convite de algum clube para voltar a jogar futebol, Goeber já avalia a possibilidade de abandonar a carreira. Segundo o jogador, a ideia é manter os estudos e procurar uma universidade para cursar Educação Física.
- Se nos próximos meses não conseguir encontrar um clube, estou avaliando a possibilidade de abandonar o futebol e partir para os estudos. Vou cursar uma faculdade de Educação Física para continuar no esporte e passar o que tenho de experiência como jogador para outras pessoas - finalizou.
Para ler mais notícias do GloboEsporte.com Rio Grande do Norte, clique em globoesporte.globo.com/rn. Siga também o GE RN no Twitter e por RSS.
Comentários
Postar um comentário