Kalil nega acordo com Marco Aurélio e vê Juvenal sem força no pleito
O ex-diretor jurídico do São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, deixa claro que já está em campanha para a próxima eleição a presidente do São Paulo. Nesta quarta-feira, o candidato advertiu que não tem um acordo já estabelecido para dar um cargo a Marco Aurélio Cunha e ainda afirmou que vê Juvenal Juvêncio sem força para eleger um sucessor.
“No meu entender, não tem (força). Não sou presunçoso, mas tenho conversado com conselheiros das mais variadas espécies. Sou sócio desde 1971, conheço esse clube como a palma da minha mão e será difícil ele encontrar alguém (para ser eleito)”, afirmou o advogado, à rádio Energia 97.
Kalil deixou a diretoria jurídica do Tricolor na semana passada, depois de 12 anos participando da administração do clube. Assim que pediu demissão, o ex-diretor ganhou o apoio de Marco Aurélio Cunha, que abandonou sua candidatura para se aliar ao novo dissidente. O ex-superintendente é muito cotado para ser vice-presidente de futebol em uma possível vitória do advogado, mas a definição foi negada por Kalil.
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“Eu entreguei o cargo exatamente para não criar melindres. Sou um candidato que não vai negociar cargos com ninguém. Estão falando que o Marco Aurélio será meu vice. Poderá vir a ser, mas não há cargo distribuído antecipadamente para ninguém”, comentou.
O ex-diretor jurídico descarta a troca de funções por alianças políticas. “Não aceito imposições, já deixei isso claro. Eu não procurei esse cargo. É uma honra ser presidente do São Paulo, mas não saí atrás do cargo. É uma satisfação entrar na disputa”.
Desde que deixou a cúpula são-paulina, Kalil Rocha Abdalla não falou mais com Juvenal Juvêncio, que viu nos últimos meses as saídas de vários dirigentes de sua gestão. Apesar de constatar que o atual presidente perdeu a força, o advogado prefere não fazer ataques à administração do clube.
“Não houve grande erro (na gestão atual). O momento é ruim e o futebol é marcante, mas garanto que o time não vai cair, tenho certeza absoluta. Não seremos campeões, mas superaremos esta fase, não tenho dúvidas”, acrescentou.
Mesmo diante de uma briga política cada vez maior, Kalil ainda tem a esperança de ser o único postulante no pleito que está agendado para abril de 2014. “Estou querendo ser o candidato de consenso. Eu era da situação até poucos dias atrás, quando senti a necessidade de me retirar do quadro para disputar a eleição. Tenho amigos tanto de um lado quanto do outro”, completou.
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