Erramos: Brasil não passará Argentina no ranking da Fifa de fevereiro

Simulação no site oficial mostra que seleção de Messi continuará como líder da lista que será divulgada no próximo dia 9, mesmo após vitória brasileira sobre Colômbia

O GloboEsporte.com errou ao afirmar na última terça-feira que a seleção brasileira assumiria a liderança do ranking de fevereiro da Fifa com uma vitória ou empate no "Jogo da Amizade". Na simulação no site oficial da entidade, mesmo com o 1 a 0 sobre a Colômbia no Engenhão, quarta, o time de Tite não somou pontos suficientes para passar a Argentina na lista mensal.
O novo ranking será divulgado pela Fifa no próximo dia 9. Em seu site, a entidade disponibiliza uma ferramenta para simular quantos pontos cada seleção ganhará de acordo com os jogos do mês. A Argentina não tem nenhuma partida marcada em janeiro e, de acordo com a simulação, mesmo assim ganharia um ponto e chegaria a 1.635. Já o Brasil, após a vitória no Engenhão, cairia de 1.544 para 1.529 no ranking de fevereiro e continuaria na segunda posição. A Alemanha também seguiria com seus 1.433, em terceiro lugar. Confira abaixo a simulação da Fifa:
Simulação ranking Fifa Brasil x Argentina (Foto: Reprodução)

A fórmula para chegar à pontuação é complicada e leva em consideração os jogos das seleções nos últimos quatro anos. Os últimos 12 meses valem 100%, enquanto a cada ano o peso cai para 50%, 30% e 20%, respectivamente. É a soma das médias de pontos de cada 12 meses que resulta nos pontos atuais de cada país no ranking. Daí a confusão: o Brasil não receberá mais 582 pontos agora.
Para cada jogo, a Fifa usa a seguinte fórmula para definir quantos pontos o time ganhou:
P= R x I x S x C
As letras significam:
P = pontuação no ranking
R = pontos pelo resultado do jogo
I = importância da partida (eliminatórias, amistoso...)
S = força da seleção adversária
C = força da confederação continental;
Os critérios da Fifa são:
R = vitórias (3 pontos); empate (1 ponto) e derrota (zero)
I = Copa do Mundo (4 pontos); Copa das Confederações ou principal torneio de cada confederação (3 pontos); eliminatórias para Copa do Mundo ou para principal torneio de cada confederação (2,5 pontos); e amistosos (1 ponto);
S = o valor 200 é atribuído a todas as seleções. O líder do ranking vale 200. Para achar o coeficiente (S) de outras equipes, o valor é subtraído da colocação do time naquele momento. Equipes abaixo da 150ª posição valem sempre 50 pontos;
C = cada confederação tem um coeficiente: Conmebol (1); Uefa (0,99), Concacaf, AFC, CAF e OFC (0,85);
Agora, vejamos o exemplo de Brasil x Colômbia. A fórmula ficaria assim: 3 x 1 x 194 x 1 = 582 pontos para a seleção brasileira. Porém, a Fifa não soma os 582 diretamente com a pontuação anterior (1.544) para determinar a nova posição de uma seleção. Ela leva em consideração a média de pontos do Brasil dos últimos períodos de 12 meses, sempre lembrando que os pontos valem menos de acordo com as temporadas.
Ou seja, a entidade soma os pontos de todos os jogos nos últimos 12 meses e divide pela quantidade de partidas, chegando assim à média daquele ano. Se for a temporada atual, essa média é considerada na íntegra (100%). Nos anos anteriores, a média é dividida de acordo com o peso da temporada (50%, 30% e 20%). A soma desses valores finais é que dá a pontuação de uma seleção no ranking. O GloboEsporte.com errou ao somar diretamente os 582 pontos para a seleção brasileira, em vez de incluí-lo na lista de jogos dos últimos 12 meses para fazer a respectiva média de pontos.
Confira o exemplo da Argentina na última lista divulgada, em 12 de janeiro:
Pontos: 1.634
2017 = 903,24 (100%)
2016 = 331,33 (50% de 662,66)
2015 = 281,28 (30% de 937,59)
2014 = 118,18 (20% de 590,90)
Ranking Fifa janeiro (Foto: Reprodução)

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