Invicto no Goiás, Claudinei celebra fase e projeta “bom” Brasileiro

Responsável por coordenar reformulação no elenco do Santos no segundo semestre do último ano, o treinador Claudinei Oliveira acertou saída do clube alvinegro no final de 2013 e, logo na sequência, foi contratado pelo Goiás. Desde que assumiu o comando do time alviverde, o técnico acumula série invicta de 15 jogos (dez vitórias e cinco empates), sendo a única equipe da elite do futebol nacional que não sofreu nenhuma derrota em 2014.
Em entrevista exclusiva a Gazetaesportiva.net, o técnico comentou sobre sua fase atual e os resultados obtidos pela equipe do Centro-Oeste. Assim como no Santos, Claudinei precisou liderar reformulação no elenco, que perdeu jogadores importantes para este ano, como o centroavante Walter (Fluminense), os zagueiros Rodrigo (Vasco) e Ernando (Internacional), e o lateral esquerdo William Matheus (Palmeiras).
Divulgação/Goiás E.C.
No Santos, Claudinei obteve marca de 14 vitórias, 12 empates e 12 derrotas
Em 2013, o Goiás encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro na sexta colocação, uma posição à frente do Santos, até então comandado por Claudinei. Nesta temporada, por sua vez, detém a melhor campanha do Goiano e disputa com o Goianésia uma vaga na decisão da competição estadual. No primeiro embate da semifinal, empate por 1 a 1, fora de casa.

"Assumi um time que quase conquistou vaga na Copa Libertadores da América. Não estou surpreso por nossos resultados, pois vi a qualidade dos jogadores e a estrutura do clube, mas não esperava isso pelas mudanças que tivemos, saindo oito ou nove atletas importantes, inclusive o Walter. Esperava ter mais dificuldade com resultados, mas as coisas estão caminhando bem pelo comprometimento de todos. O êxito está acontecendo um pouco antes do esperado”, afirmou o técnico de 44 anos.
Confira entrevista de Claudinei Oliveira ao siteGazetaesportiva.net:
GE.net: Após a boa campanha no último Campeonato Brasileiro, o clube perdeu atletas importantes, como Walter, Rodrigo, Ernando e William Matheus. Como foi o trabalho de reestruturação?
Claudinei Oliveira: Quando chegamos aqui, tínhamos a informação de que o Araújo não foi bem em 2013. Além disso, pedi pelo retorno do Rychely, um jogador que eu já conhecia e que estava emprestado ao Ceará. Uma das minhas primeiras intenções era botar esses caras para jogar e ver o quanto eles poderiam me ajudar. A resposta foi muito boa.
Na defesa, a comissão que já estava aqui falou muito bem do Valmir Lucas e do Pedrão. Antes de pedirmos contratações, resolvemos dar uma olhada nesses atletas. Ainda trouxemos o Jackson (ex-Internacional) e o Alex (ex-Paraná). O que fizemos foi dar confiança ao grupo. Não adianta não dar consistência e nem sequência de jogos.
GE.net: Acha que dá pra repetir o bom desempenho no Brasileiro?
Claudinei Oliveira:É difícil dimensionar sobre Brasileiro. É uma competição com grandes surpresas, assim como foi com Atlético-PR e Goiás em 2013, equipes que vinham da Série B. Não temos grandes nomes individuais no cenário nacional, mas temos uma grande equipe e comprometida. Com duas ou três contratações pontuais, podemos ter uma boa participação.
Divulgação/Goiás E.C.
Após Goiás perder peças importantes, Claudinei Oliveira comandou trabalho de reformulação
GE.net: Você trabalhou no Santos, que tem reconhecidamente uma das melhores estruturas do País. Como é a do Goiás?
Claudinei Oliveira: É fantástica. Se vocês de São Paulo um dia puderem trazer o pessoal para dar uma olhada, verão que é de primeiro mundo. Temos um grande estádio, recém-reformado, e um Centro de Treinamento muito qualificado. A parte de fisiologia e fisioterapia está no mesmo nível da que encontrei Santos, e coisas ainda estão sendo feitas para melhorar a estrutura. Aqui as coisas são boas não só na estrutura física, mas também nos profissionais.
GE.net: Acha que esse trabalho no Goiás pode te recolocar em um dos maiores times do Brasil?
Claudinei Oliveira: Tento fazer o melhor possível em todos os locais que trabalho, desde quando iniciei nas categorias de base do Santos. Acho que o trabalho aqui está sendo bem realizado. No Santos, realmente oscilamos, mas chegamos em sétimo lugar em um torneio que muitos previam que brigaríamos para não cair. Além disso, deixei uma base no Santos, diferentemente do que encontrei no Goiás.

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