Pablo Pérez, o capitão do Boca que conduziu o time ao avanço
Nem Carlos Tevez, Fernando Gago, Cristian Pavón, Dario Benedetto, Ramón Abila, Nahitan Nández ou Wilmar Barrios. Boca tem um capitão, Pablo Pérez, que fez todos avançarem.
Pérez, de 33 anos, não monopoliza os flashes na equipe xeneize, mas há vários anos é titular indiscutível e é uma parte fundamental do Boca Juniors, que no sábado vai tentar bater o River Plate no Monumental e sagrar-se campeão da Libertadores após o 2-2 na partida de ida jogada na Bombonera.
Seu temperamento fez com que, desde a sua estreia, receba muitos cartões amarelos, quase um a cada dois jogos. "Sim, eu cometo algumas faltas por querer recuperar a bola, por buscar cada uma como se fosse a última, pela fricção que existe na minha área, no meio do campo. Isso gerou o mito do cartão amarelo, porque eu tenho muitos na minha carreira. É verdade: a estatística me dá contra", disse à imprensa.
É um meio-campista misto, defende ferozmente e tem facilidade para dar saída aos ataques do meio. Sabe posicionar-se no campo, fazer passes, meter bolas filtradas e é chave muitas vezes em partidas importantes.
Pérez debutou no Newell's no final de 2006 e jogou nesse clube até meados de 2009, quando passou ao Emelec. "Meu começo no Newell's foi bom, mas decai lentamente. Quando parecia que tudo estava bem no clube, enfrentamos uma situação difícil: Brigar contra o rebaixamento", disse Pérez.
Somente um ano depois retornou à Argentina para jogar no Unión, onde conseguiu a promoção para a elite do futebol local. Em 2011 ele voltou para o Lepra e dois anos mais tarde foi campeão da Liga e semifinalista na Copa Libertadores.
Seu bom desempenho abriu as portas da Europa e em janeiro de 2014 foi fichado pelo Málaga, mas jogou poucas partidas. No final daquele ano, o clube espanhol o cedeu para o Boca, que logo o comprou. Com o passar do tempo, ele se estabeleceu na equipe até se tornar capitão e referente. "Meu melhor jogo é quando tenho a bola nos pés, quando eu quero fazer o time jogar, quando ataco", disse o meio-campista, que estava na lista preliminar de 35 jogadores da Argentina para a Copa do Mundo Rússia 2018, mas finalmente ficou fora da lista final.
Pérez ganhou com o Boca Juniors a Copa Argentina 2015, a Liga argentina do mesmo ano e as Superligas 2017 e 2018. Em seu palmarés falta um título internacional, uma dívida que vai tentar resolver neste sábado, no Monumental, contra o River Plate.
EFE
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