A última coletiva de Jefferson, do Botafogo: "Estou muito emocionado esses dias"
Perto da aposentadoria, goleiro confirma que será titular contra o Paraná, na segunda-feira. Ele elege jogo diante do Flamengo, em 2010, como o mais marcante pelo Alvinegro
O adeus de Jefferson dos gramados passa por uma série de pequenas despedidas. Neste sábado, por exemplo, ele concedeu sua última entrevista coletiva como jogador profissional. E não escondeu a emoção com o momento.
- Confesso que a ficha está caindo agora. Venho me preparando faz tempo para a aposentadoria. Estou muito emocionado esses dias. Todos vão passar por isso, mas é muito difícil. Essa coletiva pela última vez. Momento emocionante. Só tenho que agradecer - disse Jefferson.
O goleiro confirmou que será titular contra o Paraná, na segunda-feira, no Nilton Santos. Será sua despedida da torcida alvinegra no Rio de Janeiro. Mas ele admitiu que pensa em continuar ligado ao Botafogo de alguma forma.
- Penso, sim. Nesse momento temos que usar tudo que construímos no futebol. Vou estar ausente dentro de campo, mas presente fora dele. Poder participar dos eventos do marketing do Botafogo - completou.
Confira os tópicos da coletiva de Jefferson:
O jogo mais marcante
- O jogo com a camisa do Botafogo foi contra o Flamengo em 2010. Foi uma final belíssima. Torcedores cobravam que não poderíamos perder quatro vezes para eles. Ali os botafoguenses não esquecem até hoje.
Recado à torcida
- Quero agradecer a todos os botafoguenses. Uma torcida que vou guardar no coração, me abraçaram aqui no Rio, sempre me respeitaram nos momentos bons e ruins. Isso faz a diferença. Cheguei com 20 anos, voltei para ficar e quero estar mais próximo.
Jefferson posa com torcedoras antes da coletiva — Foto: Felippe Costa
Chance de outra despedida
- Tem a possibilidade.. É muito em cima ainda, não teve como programar antes, até pela nossa antiga situação na tabela. Quero reunir amigos e poder fazer um jogo no Nilton Santos para que o torcedor possa comparecer.
Vai chorar?
- Não digo que sou difícil de chorar, todos choram, mas no momento mais íntimo. Confesso que tenho me segurado bastante, até nas palavras, mas é claro que não haverá como segurar uma hora. Por dentro, estou bastante emocionado e ansioso para chegar na segunda.
Jogo contra o Paraná
- Já estou começando sentir a energia, está difícil de dormir. Mas estou preparado e também focado no jogo, que é importante. Depois do jogo, se Deus quiser, vamos comemora os três pontos. Fico feliz. O torcedor tem direito de brincar, fazer festa... Muitos mandando recado. Isso deixo para eles e me concentro no jogo.
Bater pênalti contra o Paraná?
- Acho difícil. Sempre respeitei meus companheiros e talvez poderia estar desrespeitando. Nunca fui batedor de pênaltis e não vai ser agora que mudarei.
Ídolo do Botafogo
- Tenho noção da história, do prestígio, mas também que o Botafogo está acima de mim. A gente só tem esse carinho através do Botafogo. Sei meu lugar, o que sou... A gente vai jogar contra o Paraná, mas o Botafogo tem suas metas.
Dedicação
- Me doei muito. Muitas das vezes chegava em casa tendo que me alimentar bem. No aniversário das minhas filhas nunca pedi para não treinar. Sempre fui focado no futebol.
Família
- Poderia jogar mais uns dois três anos, mas me doei muito. Agora vou aproveitar minha família, meus amigos e os próprios torcedores. Minha cafeteria que amo de paixão e pretendo ficar mais próximo dela.
Relação com Flavio Tenius
- Uma pessoa especial. Tive a honra de subir com ele no Cruzeiro. Queria agradecer também ao professor Felipão que me ajudou a subir também. São pessoas que ficarão na minha história.
Histórias para contar
- Tem muitas histórias boas para contar aos meus netos. A lealdade e mostrar o valor, não só do seu trabalho, mas das pessoas. Vou citar a história de 2015, onde tive propostas e pesou a lealdade para eu ficar. Vou mostrar que foi uma história bonita.
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