A invasão sul-americana

Julio Buffarini e Bruno Fornaroli - San Lorenzo x Danubio


















Com o fechamento da janela internacional, o blog resolveu dar seus pitacos nas contratações recentes de jogadores sul-americanos (entre os clubes da série A do Brasileirão).

SÃO PAULO

Buffarini não é exatamente uma contratação. É um AFAGO do São Paulo em Patón Bauza. O jogador, que pode atuar como voltante, reúne todas as características que o técnico gosta para armar seu plano defensivo; velocidade e bom poder de marcação. Foi assim que Buffa se destacou jogando a segundona argentina pelo Ferro Carril Oeste antes de ser comprado pelo San Lorenzo. O lateral sempre tem em mente primeiro a própria cozinha antes de sair por aí se aventurando em virtuosas corridas pelo campo de ataque. O apoio fica para depois e só se der tempo. Bauza quer trancar o sistema defensivo e jogar a chave fora. Para isso, precisava de dois laterais com essa mentalidade e agora tem. Finalmente o Patón ganhou o presente que queria. Um MIMO pelo bom trabalho realizado até aqui.

El Comandante Chávez, apelido que ganhou da imprensa argentina, não é precisamente o substituto de Calleri. Os atacantes jogam em posições diferentes. No Boca, nas vezes em que atuou como centroavante foi na base do improviso. Ultimamente era Tevez quem vinha fazendo a função de 9. É rápido, tem um bom preparo físico e corre pelas beiradas como se não houvesse amanhã. Foi muito bem no Banfield e despertou o interesse do Xeneize, que o adquiriu em 2014. Chávez foi um dos principais ARTÍFICES do Boca Juniors engenhando por Arruabarrena, campeão argentino e da copa argentina no ano passado. Depois sofreu com algumas lesões e caiu de rendimento.

INTERNACIONAL

O Inter foi bem e trouxe um BAITA jogador de futebol. Nico EL DIENTE López (apelido que dispensa maiores explicações) era alvo de diversos clubes brasileiros, principalmente depois do que aprontou com Palmeiras e Corinthians na Libertadores. Jogador veloz, de drible fácil, não costuma fugir daquela encarada com o zagueiro adversário no escanteio. No Uruguai, lamentaram a falta que Nico fez ao Nacional no confronto contra o Boca pelas quartas de final que eliminou o Bolso. Saiu lesionado ainda na primeira partida, disputada no Parque Central, e depois entrou sem qualquer condição na partida de volta realizada na Bombonera. El Diente deixou o paisito jurando amor ao Nacional e prometendo que voltaria “lo antes posible”. Na negociação com o Colorado pesou a vontade do atleta que fez força para não voltar à Itália, onde não foi bem.

GRÊMIO

O zagueirão Kannemann fez parte do time armado por Patón que venceu de forma mágica a Libertadores de 2014. Jogador virtuoso, de pura potência física, chega nos lances sempre com a disposição necessária para resolver a questão. Conta com forte poder de marcação, mas não é aquele PRIMOR quando precisa sair jogando com a bola domina. Sua função principal é a de destruição total, sem choro e nem vela.

FLUMINENSE

O Fluminense botou o mochilão nas costas e saiu por aí procurando bons nomes pelo continente. Já está apalavrado com Sornoza, o maestro do meio campo do surpreendente Independiente del Valle, finalista LIBERTADOR. Meia habilidoso, jogou todas as partidas do del Valle nessa Libertadores e já marcou seis gols. Infelizmente só poderá ser utilizado no ano que vem.

Paraguaio tem LASTRO no Fluzão. Por isso Romerito foi receber pessoalmente Alexis Rojas, a revelação do Sportivo Luqueño, time que também PARIU José Luis Chilavert para o mundo. Como toda promessa, é preciso tempo e paciência com o garoto. Ele vai precisar se acostumar ao ritmo do futebol disputado por aqui e terá que aprender a passar a bola com mais rapidez.

Já o argentino Claudio Aquino era pretendido por alguns clubes do país (Boca, por exemplo) até acertar com o Flu. Meia ao estilo mais clássico, foi muito bem no Godoy Cruz e, aos poucos, acabou perdendo protagonismo no Independiente de Avellaneda.

ATLÉTICO-MG

O clube que nos últimos anos melhor vasculha o mercado sul-americanos (conta com sucessos recentes como Pratto e Cazares), dessa vez trouxe o venezuelano Rómulo Otero, do time chileno Huachipato. Otero gosta de jogar centralizado, na posição característica do camisa 10, mas também vai muito bem tanto pela direita quanto pela esquerda. Driblador, às vezes abusa deste recurso, mas no geral sabe explorar a rapidez QUE LHE É PECULIAR. Uma boa alternativa para quando Cazares não puder estar em campo.

SPORT

O rubro-negro foi MEXER NAS GAVETAS do finalista colombiano da Libertadores  e encontrou Luís Carlos Ruíz, talvez o menos badalado dos jogadores de frente do Verdolaga que encanta a SUDACA toda. Trata-se de um camisa nove de corpo, alma e coração. Procura resolver todas as jogadas da forma mais simples possível e evita jogadas individuais. Bom finalizador, trabalha bem fazendo o pivô e atuando centralizado.

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