Ex-presidente da Conmebol tem extradição pedida pela Justiça dos EUA
Em prisão domiciliar há mais de um mês, quando o FBI e a polícia suíça comandaram a prisão de sete dirigentes ligados a Fifa, o ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leóz, foi alvo de um pedido formal de extradição nesta sexta-feira. Os promotores norte-americanos oficializaram o pedido à Justiça paraguaia por seu envolvimento nos escândalos de corrupção deflagrados desde 27 de maio.
Aos 86 anos, Leóz presidiu a Conmebol por quase três décadas e é um dos principais acusados nos esquemas de corrupção que tangem a Fifa. O ex-dirigente só não teve a prisão pedida à época por conta de seu estado de saúde, que exigia cuidados médicos na capital Assunção. Na última quinta, Ricardo Preda, advogado de Leóz, confirmou o pedido de extradição, que foi registrado pelo Ministério de Relações Exteriores e transmitido à Corte Suprema de Justiça.
À frente da Conmebol entre maio de 1986 e abril de 2013, Leóz renunciou ao cargo após ser questionado pela Fifa quanto a recepção de 120 mil dólares (cerca de R$ 360 mil) em 1999, em nome de uma empresa que administrava a publicidade dos Mundiais organizados pela entidade. A promotoria de Nova York acusa o ex-dirigente de envolvimento em lavagem de dinheiro, pagamento de suborno e fraude, dentre outras práticas criminosas.
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O pedido de extradição de Leóz vem um dia após o de Jack Warner, ex-mandatário da Concacaf. Na última quinta, a Justiça norte-americana solicitou ao governo de Trinidad e Tobago. Líder do Partido Liberal Independente, Warner faz oposição ao atual governo da ilha e o acusou de conspirar a favor da extradição aos Estados Unidos. O ex-dirigente foi preso em maio e pagou fiança equivalente a R$ 1,3 pelas acusações feitas.
As leis do Paraguai garantem que uma pessoa com mais de 70 anos, que sofra de doenças graves, não pode ser encarcerada. No entanto, o ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, que ocupou a vaga de Leóz na Conmebol, segue preso com outros cinco dirigentes na Suíça, já que Jeffrey Webb já foi extraditado aos Estados Unidos.
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