Engenhão: Prefeitura garante entrega sexta, mas Bota espera em setembro
Obras na cobertura deveriam ser concluídas até 31 de julho, mas local ainda está tomado por máquinas e operários: "Está na cara que não vão terminar", diz presidente
Botafogo e Prefeitura do Rio de Janeiro não falam a mesma língua quando o assunto é o Estádio Nilton Santos. Termina nesta sexta-feira, 31 de julho, o prazo para o Consórcio Engenhão – formado pelas construtoras OAS e Odebrecht – concluir as obras de reparo da cobertura. A RioUrbe (Empresa Municipal de Urbanização) afirma que os trabalhos serão concluídos a tempo. O Botafogo tem a certeza de que isso não será cumprido.
Em comunicado enviado ao GloboEsporte.com, a RioUrbe afirma que, no momento, está sendo realizado o descimbramentos da estrutura com a retirada das 34 torres de escoramento. O órgão ressalta que a cobertura está sendo retensionada e as torres de escoramento estão sendo removidas gradativamente. Ela garante que o prazo de sexta-feira, no entanto, está mantido, apesar de admitir que depois desta data o Engenhão ainda contará com operários que desmontarão a estrutura das obras.
- Não, com certeza não (terminam as obras na sexta). Basta olhar que as escoras (torres de suporte) estão todas lá. As obras da cobertura estão prometidas para terminarem no dia 31 de julho. Está na cara que não vão terminar. Essa posição da Prefeitura do Rio de Janeiro é completamente estranha, já que eles não somente terão de liberar o espaço interior do estádio, como terão de apresentar um laudo de estabilidade da cobertura, da mesma maneira que foi feito quando interditaram o estádio. Isso tudo até sexta? Eu não acredito. As torres de escoramento da cobertura estão todas lá. Estou curioso para ver se eles conseguem tirar isso tudo em dois dias - desafiou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.
Em comunicado enviado ao GloboEsporte.com, a RioUrbe afirma que, no momento, está sendo realizado o descimbramentos da estrutura com a retirada das 34 torres de escoramento. O órgão ressalta que a cobertura está sendo retensionada e as torres de escoramento estão sendo removidas gradativamente. Ela garante que o prazo de sexta-feira, no entanto, está mantido, apesar de admitir que depois desta data o Engenhão ainda contará com operários que desmontarão a estrutura das obras.
- Não, com certeza não (terminam as obras na sexta). Basta olhar que as escoras (torres de suporte) estão todas lá. As obras da cobertura estão prometidas para terminarem no dia 31 de julho. Está na cara que não vão terminar. Essa posição da Prefeitura do Rio de Janeiro é completamente estranha, já que eles não somente terão de liberar o espaço interior do estádio, como terão de apresentar um laudo de estabilidade da cobertura, da mesma maneira que foi feito quando interditaram o estádio. Isso tudo até sexta? Eu não acredito. As torres de escoramento da cobertura estão todas lá. Estou curioso para ver se eles conseguem tirar isso tudo em dois dias - desafiou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.
Obras no Engenhão: estádio passa por reforma na cobertura desde março de 2013 (Foto: Gustavo Rotstein)
De fato, basta circular pelas dependências internas do estádio para constatar o grande número de operários e máquinas. Nas arquibancadas, as torres de escoramento que dão suporte à cobertura ainda estão no local.
Outro ponto de discórdia diz respeito à capacidade atual do estádio. A Prefeitura alega que, desde 30 de abril, 32.347 assentos estão liberados no Engenhão. O Botafogo, no entanto, não trabalha com esse número e afirma que a posição da RioUrbe vai contra os laudos do Corpo de Bombeiros.
- Uma coisa é o que a Prefeitura fala, a outra é o laudo do Corpo de Bombeiros. Hoje temos aprovados aproximadamente 25 mil lugares, mas, por medidas de segurança, estamos liberando cerca de 20 mil, 21 mil lugares por jogo. O que a Prefeitura acha não bate com os laudos do Corpo de Bombeiros - frisou o dirigente alvinegro.
Outro ponto de discórdia diz respeito à capacidade atual do estádio. A Prefeitura alega que, desde 30 de abril, 32.347 assentos estão liberados no Engenhão. O Botafogo, no entanto, não trabalha com esse número e afirma que a posição da RioUrbe vai contra os laudos do Corpo de Bombeiros.
- Uma coisa é o que a Prefeitura fala, a outra é o laudo do Corpo de Bombeiros. Hoje temos aprovados aproximadamente 25 mil lugares, mas, por medidas de segurança, estamos liberando cerca de 20 mil, 21 mil lugares por jogo. O que a Prefeitura acha não bate com os laudos do Corpo de Bombeiros - frisou o dirigente alvinegro.
O Botafogo prefere não falar abertamente sobre quando espera ver o Estádio Nilton Santos totalmente livre de operários, guindastes e estruturas metálicas. Mas segundo uma pessoa que acompanha o dia a dia da movimentação no estádio, o trabalho está longe de acabar.
- A obra está no auge. Nunca vi tantos operários no Engenhão. Acredito que vão entregar em setembro - disse a pessoa, que preferiu não se identificar.
Obras no Engenhão teriam que ser entregues no dia 31 de julho, nesta sexta-feira (Foto: Gustavo Rotstein)
O Engenhão foi interditado em março de 2013. Na ocasião, a Prefeitura do Rio decidiu proibir a realização de jogos no local após um laudo indicar que havia falhas estruturais na cobertura do estádio, que corria o risco de desabar em caso de ventos acima de 63 km/h.
A previsão inicial era que o estádio fosse concluído no ano passado. Em 7 de fevereiro deste ano, em partida entre Botafogo e Bonsucesso, pelo Campeonato Carioca, o Engenhão voltou a receber torcedores, mas menos da capacidade total foi liberada. O novo prazo de conclusão acaba nesta sexta-feira.
O Engenhão foi inaugurado em 2007, para os Jogos Pan-americanos do Rio, e sua construção custou R$ 380 milhões.
A previsão inicial era que o estádio fosse concluído no ano passado. Em 7 de fevereiro deste ano, em partida entre Botafogo e Bonsucesso, pelo Campeonato Carioca, o Engenhão voltou a receber torcedores, mas menos da capacidade total foi liberada. O novo prazo de conclusão acaba nesta sexta-feira.
O Engenhão foi inaugurado em 2007, para os Jogos Pan-americanos do Rio, e sua construção custou R$ 380 milhões.
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