Time misto vence Palmeiras e transforma Santos no melhor da 1ª fase
Arte GE.Net
O jogo – Embora sem Cicinho, Jubal, Arouca, Cícero e Leandro Damião, o Santos fez valer a sua principal força, a movimentação ofensiva, para transformar o Palmeiras em telespectador durante 15 minutos. Sem um centroavante definido, o rápido quarteto da frente forçava e conseguia os erros de Lúcio, Tiago Alves e Marcelo Oliveira. Substituto de Fernando Prass, o goleiro Brunpo era quem mais trabalhava.
O Verdão mal ficava com a bola e só conseguiu entrar na área adversária pela primeira vez aos nove minutos. Extremamente acuado, Gilson Kleina reforçou os pedidos de marcação ao seu quarteto ofensivo, exigindo o bloqueio das subidas de Bruno Peres e Mena e revezando Leandro e Valdivia como referência na frente.
Para diminuir os espaços do Peixe, Eguren virou terceiro zagueiro e o jogo, enfim, ficou equilibrado. O Palmeiras percebeu que tinha Juninho e a velocidade de Leandro como uma alternativa de explorar a defesa santista, tão pesada quanto a do Verdão. Até que um vacilo tirou a igualdade do clássico.
Bruno César errou passe na frente o contra-ataque se transformou em escanteio que Bruno não conseguiu evitar. Aos 24 minutos, então, nenhum jogador do Palmeiras saiu do chão e Neto subiu sozinho para testar firme. Como seus zagueiros, o goleiro Bruno também não se mexeu e viu a bola passar perto de seu corpo antes de balançar as redes.
Diante da fraca atuação de Valdivia e Bruno César, o Palmeiras se adiantou e, na pressão, quase fez um golaço quando Alan Kardec dominou e, sem deixar a bola cair, bateu em direção ao ângulo direito de Aranha, que se esticou para praticar grande defesa e espalmar a bola em seu travessão, aos 32 minutos.
Djalma Vassão/Gazeta Press
Na velocidade, o Peixe só não ampliou com Rildo, aos 38, porque Bruninho, que estreava no Palmeiras sendo escalado na lateral direita, pareceu ser o único a entender que não se pode deixar os santistas dominarem a bola e se esticou para cortar o lançamento ao atacante. Gilson Kleina tinha muito a arrumar no intervalo, enquanto Oswaldo de Oliveira via seu esquema funcionar mesmo com a troca de jogadores.
O técnico do Santos não tinha no que mexer e posicionou seu time para manter a posse de bola, à espera de espaços que certamente apareceriam para matar o clássico. Para anular isso, Kleina colocou Bruninho no meio-campo, deslocou Marcelo Oliveira para a zaga e jogou Tiago Alves na lateral direita, além de posicionar Eguren para cobrir as subidas de Juninho. Pelos lados, ao menos, o Peixe estava bloqueado.
O problema, contudo, era na frente. Valdivia e Bruno César erravam até cobranças de latera. Bruno César estava tão mal que, embora tenha levado perigo batendo falta, chutou em cima de Aranha quando Alan Kardec o deixou na frente do goleiro, aos 13 minutos do segundo tempo. O chileno, por sua vez, passou vergonha ao levar chapéu de Rildo, comemorado como gol na Vila Belmiro.
Djalma Vassão/Gazeta Press
Mas, se faltava inspiração, não faltava empenho dos dois meias, que se mexiam e, com a colaboração de Alan Kardec, verdadeiro armador do time, o Palmeiras foi criando chances mesmo abrindo mão da marcação atrás. O problema estava em Aranha, goleiro que salvou na linha do gol uma finalização de Alan Kardec, aos 22 minutos.
Na tentativa de dar vida ofensiva ao time, Kleina trocou Bruno César, Eguren e Leandro por Patrick Vieira, Felipe Menezes e Vinicius, mas não conseguiu nem dar mais trabalho a Aranha. Tranquilo, Oswaldo de Oliveira só mexeu no time para manter o meio-campo preenchido.
Quando a torcida na Vila Belmiro já gritava "olé", Juninho cruzou para Alan Kardec finalizar nas redes, aos 43 minutos do segundo tempo. Mas não havia mais tempo para o Palmeiras buscar o ponto que garantiria para ele a melhor campanha da primeira fase.
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