Técnico do Verdão de 2014 terá que aceitar salário menor e prêmio maior
Gilson Kleina ficou chateado com a proposta da diretoria de reduzir seu salário e aumentar a bonificação por metas conquistadas, mas essa é a linha que o técnico do Palmeiras de 2014 terá que aceitar, independentemente de quem seja. Os dirigentes optarão no ano do centenário por iniciar uma política que vai na ‘contramão’ do modelo atual, com exigência maior de resultados.
“Vamos adotar esse sistema para o técnico do ano que vem”, avisou à Gazeta Esportiva.net o diretor executivo José Carlos Brunoro. O dirigente, contudo, ainda espera pela definição de Kleina, apontado como prioridade após o clube concluir não ter dinheiro suficiente para contratar o argentino Marcelo Bielsa.
Apesar de parecer um contrato de risco, a medida é encarada pela diretoria como uma cobrança mais clara e documentada por sucesso. Brunoro entende que, atualmente, os clubes pagam caro por treinadores e acabam amarrados pela multa rescisória. A ideia é inverter o sentido do ‘nó’.
“Isso que vou falar é a minha opinião. Se o técnico é campeão, ganha uns dois salários como premiação. Se ganha R$ 500 mil de salário, ganha R$ 500 mil se for campeão, cair, subir, classificar para a Libertadores, não muda. Se for demitido, o clube paga os salários que faltam e mais uma porrada de multa. Ou seja: o técnico acaba tendo mais compromisso com a derrota do que com a vitória”, explicou o dirigente.
Djalma Vassão/Gazeta Press
Por enquanto, o diretor garante ainda esperar por uma resposta de Kleina. De acordo com a Folha de São Paulo, a redução do salário proposta foi de cerca de R$ 300 mil para R$ 150 mil, números que o empresário do técnico, Anderson Suave, não confirma. Mas a diminuição dos vencimentos é a intenção da diretoria.
Brunoro disse que Kleina reagiu “normalmente” à oferta. O treinador, contudo, se decepcionou, embora tente esconder seu sentimento nas entrevistas. Sua ideia era um aumento, já que atingiu os objetivos traçados para 2013 e a diretoria conversou com Bielsa mesmo sabendo que o argentino, em junho, já tinha pedido cerca de R$ 1 milhão mensais ao Santos
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