Por suborno, cofundador da CVC diz que pode demitir Ecclestone da F-1

Chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone pode ser demitido da categoria. Cofundador do grupo financeiro CVC, Donald Mackenzie garantiu à corte londrina que o escândalo de corrupção na venda das ações da categoria, em 2005, pode causa a queda do dirigente. Em São Paulo para acompanhar o GP do Brasil, Ecclestone não compareceu à audiência.
“Se for comprovado que Ecclestone estava fazendo algo que seja criminalmente errado, ele será demitido”, disse Mackenzie à agência de notícias Reuters.
Ecclestone admite ter pago cerca de R$ 40 milhões – a justiça de Munique, primeira a processar o dirigente, fala em R$ 90 milhões – ao banqueiro alemão Gerhard Gribkowski, preso em 2012, para evitar problemas na negociação. O dirigente, no entanto, diz que foi chantageado pelo germânico.
AFP
Ecclestone é julgado em dois países pelo escândalo na venda dos direitos da F-1, em 2005
Segundo Mackenzie, Ecclestone o relatou o fato somente em 2011. “Ele me contou que teve um encontro com um colega que o lembrou que ele fizera pagamentos a Gribkowsky e pediu desculpas por ter se esquecido disso. Falou-me que nunca havia mentido para mim, mas devo dizer que tive dificuldades para acreditar que ele pode ter esquecido um pagamento de R$ 90 milhões”, relata.

O caso é investigado simultaneamente pelas justiças de Inglaterra e Alemanha, onde empresa de telecomunicações Constantin Medien alega ter sido prejudicada e perdido bilhões na negociação, já que teria assinado contrato com Ecclestone para a venda de pacotes pay-per-view. O processo no país está prestes de um desfecho. Já as audiências em Londres continuarão apenas em dezembro.

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