Deco é pego no exame antidoping
Exame do dia 30 de março flagra substância Furosemida no corpo do meia
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Deco foi pego no exame antidoping na tarde desta terça-feira. Na urina do jogador foi flagrada a substância Furosemida, diurético presente em vitaminas vendidas em farmácia de manipulação. O exame foi feito após a vitória por 2 a 0 sobre o Boavista, pela 4ª rodada da Taça Rio. A assessoria do meia confirmou a informação, e ele sequer viajou com a delegação do Fluminense para o Equador, onde o time enfrenta o Emelec na quinta-feira, pelas oitavas de final da Libertadores. Um caso recente de doping no Brasil com a mesma substância foi com Cesar Cielo, em 2011. O nadador, na época, escapou de uma suspensão e foi apenas advertido.
Deco corre o risco de ser suspenso preventivamente pel Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), que adotou a mesma medida no doping envolvendo o meia Carlos Alberto, do Vasco. O jogador do Fluminense está reunido com advogados para tomar providências contra o laboratório. Ele faz uso da vitamina há muito tempo e acredita que o último frasco estaria contaminado. Nesta quarta-feira, o meia deve se pronunciar oficialmente sobre o caso.
Em curta nota oficial divulgada na noite desta terça, o Fluminense avisa que só vai se pronunciar sobre o assunto na próxima sexta, quando sairá o resultado da contraprova.
Questionado sobre o assunto, o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, disse que vai esperar pelo resultado da contraprova para um pronunciamento oficial.
- Não temos conhecimento oficial desses dados, pois a federação não se manifesta sem resultado oficial, mas vamos encaminhar para os órgãos competentes quando tivermos oficialmente o resultado da contraprova. É um diurético comercialmente conhecido como lazix. É um diurético usado por milhões de pessoas, pelos hipertensos. E tem sua indicação médica, como qualquer remédio. E como bem indicado, o princípio básico é de preservação da saúde. São questões que precisam ser analisadas antes de rotularmos o atleta como dopado. Nós não estamos aqui na época de caça às bruxas. Numa situação em que o indivíduo comete homicídio, até que prove o contrário é inocente. No antidoping é tido como culpado até que prove o contrário - contou, em entrevista à Rádio Tupi.
O Fluminense está em meio à viagem para Guayaquil, no Equador, onde tem desembarque previsto para 20h (de Brasília).
Cielo e Dodô: casos semelhantes com fins diferentes
Em outros casos de doping no esporte brasileiro, os nadadores Cesar Cielo, Henrique Barbosa e Nicholas dos Santos foram apenas advertidos em 2011 pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, pelo uso da mesma substância Furosemida. O tribunal atribuiu o doping dos atletas à contaminação de um suplemento alimentar manipulado pela farmácia Anna Terra, da cidade paulista de Santa Bárbara D'Oeste. Na ocasião, o estabelecimento assumiu a culpa, enviando um relatório no qual avisava sobre a suposta contaminação das cápsulas por falta de limpeza no balcão onde as pílulas são produzidas.
Já o caso de Dodô, em 2007, foi bem diferente. Quando o jogador foi flagrado com a substância femproporex, o Botafogo inicialmente culpou cápsulas de cafeína produzidas por uma farmácia de manipulação. O atacante chegou a ser absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, mas o caso foi parar no CAS, que suspendeu o atleta por dois anos.
No atual Campeonato Carioca, o meia Carlos Alberto, do Vasco, também foi pego no exame antidoping pelo uso de substâncias hidroclorotiazida e carboxi-tamoxifeno. O jogador foi suspenso preventivamente pelo TJD-RJ por 30 dias e aguarda seu julgamento.
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