Presidente do Bota adia pagamentos de dívida com ex-jogadores para 2016


Carlos Eduardo Pereira alega falta de recurso e diz que "2015 é ano de sobrevivência"

Por Rio de Janeiro

A notificação do advogado de Loco Abreu, no último dia 10, foi só uma das muitas pendências financeiras que o Botafogo enfrenta na Justiça. Mas assim como o atacante uruguaio - quecobra cerca de R$ 2,2 milhões referentes a direitos de imagem atrasados no período em que defendeu o Alvinegro, entre 2010 e 2012 -, todos os demais ex-jogadores do elenco que têm valores para receber do clube vão ter que esperar pelo menos um ano para ver a cor do dinheiro. Segundo o presidente Carlos Eduardo Pereira, a diretoria está fazendo o possível para quitar dívidas com a União em 2015, classificado como "ano de sobrevivência", e por isso não possui recursos para outros fins por enquanto. O pagamento de débitos trabalhistas está previsto para começar só a partir de 2016.
- A situação do Botafogo ainda é muito grave. O que nós conseguimos foi o desbloqueio das contas através do retorno ao Ato Trabalhista. Não apenas por interesse próprio, mas interesse do esporte. Se o Ato Trabalhista cair pode afetar vários clubes, ele é fundamental porque ordena os credores, dá a Justiça do Trabalho a possibilidade de controlar esses pagamentos e dá também o resgate da credibilidade da instituição Botafogo, que passa a honrar suas responsabilidades. Conseguimos o desbloqueio das receitas, o reordenamento do bloqueio para pagar nossas dívidas... Ainda tenho muitas coisas a negociar. Infelizmente continuamos a receber surpresas de informações e operações que nem constam no clube. Você posicionando o Botafogo de forma a negociar claramente com os seus credores, acho que isso é um grande ganho. O Botafogo está disposto a conversar com os seus credores e dar uma mensagem. Com certeza 2015 é um ano de sobrevivência, 2016 e 2017 começamos a estudar o pagamento de dívidas.
Coletiva Emerson Sheik, Edílson, Bolívar e Julio Cesar (Foto: André Durão)Do quarteto dispensado em outubro, clube acumulou dívida com Edílson, Bolívar e Julio Cesar (Foto: André Durão)
Entre dezembro e janeiro, Gabriel, Daniel e Andrey saíram do Botafogo após conseguirem a rescisão de seus contratos na Justiça, deixando o clube com dívidas por conta dos atrasos de salário e FGTS. Outros casos são os de Edilson, Bolívar e Julio Cesar, dispensados em outubro pela gestão de Maurício Assumpção e que também têm valores a receber - exceto Emerson Sheik, que era remunerado pelo Corinthians. Fora os débitos ainda existentes com jogadores que formaram a barca após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro e que zarpou de General Severiano com nomes como Carlos Alberto, Wallyson, Junior Cesar e Bolatti.

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