"Pelo futebol", Figo divulga projeto de candidatura e quer ampliar Copa


Após surpreender a todos no cenário futebolístico ao lançar sua candidatura à presidência da Fifa, o português Luís Figo divulgou, nesta quinta, a proposta oficial de sua campanha, impulsionada pela frase “Pelo futebol”. Em cerimônia no estádio de Wembley, em Londres, o ex-jogador português apresentou suas ideias e propôs mudanças, como um maior investimento no futebol de base, a ampliação da Copa do Mundo em termos de seleções participantes e o uso da tecnologia.
Concorrendo pelo posto com o então presidente Joseph Blatter, Michael Van Praag, presidente da Federação Holandesa de Futebol, e o príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia, Luís Figo apresentou suas propostas permeadas pelo discurso de renovar a confiança da Fifa. “Quero renovar a confiança da Fifa. Cresci em um bairro pobre, e graças ao futebol sou independente. Não devo nada a ninguém, e por isso posso ser um presidente que busque o bem do futebol. Quero que a Fifa mude e gere uma nova era”, falou o português em coletiva.
Fora a formalidade do discurso, seu principal desejo é aumentar o investimento nos centros de formação das categorias de base. A ideia de Figo é destinar pelo menos metade da receita da Fifa (2,5 bilhões de dólares ou R$ 7 bilhões) diretamente às federações, para que elas invistam nos clubes, e não apostar em projetos com duração de quatro anos. Sobre a Copa do Mundo, Figo apresentou três projetos – um que mantém os moldes atuais de disputa.
AFP
Categoria de base, tecnologia e mudanças na Copa foram aspectos abordados por Figo em sua proposta
Quanto aos demais, um sugere um torneio com 40 seleções dividas em oito grupos de cinco times, e outro, ainda mais complexo, planeja a disputa de dois torneios simultâneos com 24 seleções em continentes diferentes, tendo a fase final disputada em um país. “Acredito que devemos considerar a proposta de expandir a competição para 40 ou 48 times na Copa do Mundo. Ambas as opções são possíveis com três ou quatro dias a mais de torneio. Se a alteração acontecer, acredito que os times adicionais devem vir de nações não-europeias”, comentou Figo, que participou de dois Mundiais, além de duas Eurocopas.
Ao comentar a presença da tecnologia no futebol, o candidato português se mostrou favorável quanto ao uso do sistema na linha do gol, que foi usado pela primeira vez em Copas do Mundo no Brasil, no jogo entre França e Honduras. Luís Figo sugeriu, também, a adaptação do penalty box (que implica na exclusão do jogo por um determinado tempo), utilizado no rúgbi e no hóquei para o futebol, como forma de punir de maneira mais efetiva atletas que tenham problemas disciplinares com a arbitragem.

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