Em jogaço, Santos vence por 4 a 2, mas Flamengo avança na Copa do Brasil 2017.

Gols e polêmica
Como uma boa final deve ser, o duelo começou eletrizante na Vila. Precisando reverter a vantagem de 2 a 0 do Flamengo, o Santos se lançou ao ataque desde os primeiros minutos, mas esbarrou na defesa bem postada do Rubro-Negro, que aproveitou um contragolpe e jogou um balde de água gelada na torcida santista.
Logo aos nove minutos, Diego, ex-Menino da Vila, deu lindo passe para Berrío. O colombiano ganhou da zaga na corrida e bateu por cima de Vanderlei para abrir o placar e aumentar a vantagem do Mengão.
Com tento sofrido, o alvinegro passou a precisar vencer por 4 a 1 para avançar na Copa do Brasil. Mesmo com a missão ingrata, os santistas não se abateram e quase chegaram ao empate no lance seguinte, quando Victor Ferraz cruzou na área e Copete cabeceou muito perto da trave direita e Muralha.
Após a chance perdida, porém, o Peixe começou a sentir o nervosismo da desvantagem e não conseguiu chegar com qualidade ao ataque. Já o Flamengo, satisfeito com o resultado, passou a ‘cozinhar’ o Santos no meio de campo, além de fazer a famosa ‘cera’ em cada falta marcada pelo árbitro Leandro Vuaden.
Sem conseguir penetrar na zaga do Mengão, o alvinegro começou a arriscar chutes de longa distância. De tanto tentar, a equipe comandada por Levir Culpi alcançou o empate. E foi em grande estilo. Aos 33 minutos, Bruno Henrique avançou pela esquerda e soltou uma bomba de fora da área. A bola entrou na gaveta, sem chances para Muralha.
A igualdade deu um novo ânimo ao Peixe, que passou a pressionar o Flamengo. Porém, uma polêmica aos 40 minutos acabou roubando a cena no jogo. Bruno Henrique recebeu passe no meio, avançou para dentro da área e foi derrubado por Réver. Pênalti marcado para o Peixe.
Mas após assinalar a infração, Leandro Vuaden foi bastante pressionado pelos flamenguistas, conversou com o quarto árbitro e acabou anulando a penalidade, alegando que o zagueiro tocou na bola e cometeu falta no lance. Os santistas se revoltaram com a arbitragem e gritos de ‘vergonha’ foram ouvidos na Vila. Porém, o primeiro tempo acabou mesmo no 1 a 1.
Virada santista, mas Rubro-Negro classificado
Precisando marcar mais três vezes para avançar, o Santos viu o Flamengo jogar um novo balde de água congelada logo no primeiro minuto de jogo. Everton passou como quis pela zaga do Peixe e rolou para Guerrero. Matador, o peruano bateu firme para fazer 2 a 1 na Vila.
Porém, quem achou que o Rubro-Negro ‘matou’ o duelo e foi dormir, perdeu um jogaço em Urbano Caldeira. Sete minutos depois, Copete subiu mais que todo mundo em cobrança de escanteio e empatou novamente.
Na jogada seguinte, Bruno Henrique ajeitou para Victor Ferraz, que chutou forte e virou a partida para o Peixe.
Após a virada, a torcida enlouqueceu na Vila Belmiro. Porém, o Flamengo conseguiu segurar a pressão do alvinegro e voltou a ‘esfriar’ o jogo, abafando a pressão dos santistas. No último minuto, Copete ainda conseguiu marcar o quarto. Mas não havia tempo para mais nada. Faltou um gol para o Santos e o Rubro-Negro saiu de Urbano Caldeira com a classificação.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 4 X 2 FLAMENGO
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 26 de julho de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Rafael da Silva Alves (RS)
Público: 12.507
Renda: R$ 525.080,00
Cartões amarelos: SANTOS: Victor Ferraz, Vecchio, David Braz e Lucas Veríssimo. FLAMENGO: Berrío, Alex Muralha, Guerrero e Márcio Araújo.
GOLS:
SANTOS: Bruno Henrique, aos 33 do 1T; Copete, aos 8 e aos 48 do 2T; Victor Ferraz, aos 10 do 2T;
FLAMENGO: Berrío, aos 9 do 1T; Guerrero, 1 do 2T;
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Yuri (Rafael Longuine, 24’/2ºT), Vecchio (Léo Cittadini, 41’/2ºT) e Lucas Lima; Copete, Bruno Henrique e Ricardo Oliveira (Vladimir Hernández, 30’/2ºT).
Técnico: Levir Culpi
FLAMENGO: Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Trauco; Márcio Araújo, Cuéllar (Willian Arão, 45’/2ºT) e Diego; Berrío (Rodinei, 15’/2ºT), Everton (Gabriel, 34’/ 2ºT) e Guerrero.
Técnico: Zé Ricardo

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