O feroz equilíbrio dos grupos da Libertadores 2016
Tudo leva a crer que daqui umas poucas semanas começará uma Libertadores memorável. Além das muitas grifes de vulto envolvidas, o sorteio realizado nesta terça distribuiu as equipes com impressionante equilíbrio. São várias chaves em que é difícil apontar mesmo um dos classificados, e em pelo menos seis dos oito grupos permitem prever memoráveis embates para avançar às oitavas. Aqui a tabela completa.
(Foto: AFP)
Por ironia, talvez o clube brasileiro com maior sorte seja aquele que nem garantido está, por enquanto. O São Paulo, que ainda deve confirmar seu favoritismo com o Cesar Vallejo, do Peru, deve fazer parte do grupo que conta com o River Plate, atual campeão, mas outros dois franco-atiradores: The Strongest e Trujillanos. Mas atenção com os bolivianos do MÁS FUERTE, que tendem a ser o fiel da balança de qualquer grupo, pois costumam ter grande aproveitamento em casa. Geralmente não passam, mas cumprem com perfeição a missão de causar turbulência na tabela.
Também o Atlético-MG deve navegar em águas tranquilas, espécie de recompensa do destino após aquele grupo encarniçado do ano passado. Novamente, o Galo tem a companhia do Colo Colo, mas também caiu junto do Melgar, campeão peruano, e dos paraguaios do Guaraní, que apesar da grande campanha em 2015 estão perdendo nomes importantes, entre eles o técnico Fernando Jubero, que saiu ao fim da temporada.
Uma das composições mais VISTOSAS é o grupo 6, onde o Grêmio tem a companhia do San Lorenzo, em que o jovem Pablo Guede, de passagens exitosas por Nueva Chicago e Palestino, vai ocupar o lugar de Edgardo Bauza. Também argentino é o treinador da LDU: Cláudio Borghi é responsável por fazer os blancos voltarem a reviver seu auge copeiro. O quarto elemento é o Toluca, que vem para sua terceira edição, e como todo mexicano participante da Libertadores, seu desempenho é tão previsível quanto uma garrafa de tequila: a gente nunca sabe o que vai acontecer depois que abre.
Anfitrião mais recorrente na Libertadores, com participações seguidas nas últimas 20 edições, o uruguaio Nacional entra com uma camiseta diametralmente oposta à força de seu time, e justamente em um grupo onde os favoritos são o Palmeiras e o Rosario Central, que teve um grande ano sob o comando de Chacho Coudet e com o faro matador de Marco Ruben. Completa o grupo o River Plate, do Uruguai, que estreia na Libertadores, ou o Universidade de Chile, que está bem longe daquele time que há poucos anos encantou o continente.
No grupo 8, o favorito indiscutível, pela excelência alcançada em campo, é o Corinthians. E, depois dele, a disputa tende a ser uma briga de canivete numa rua sem saída, especialmente entre Cerro Porteño e provavelmente o Santa Fé, atual campeão da Sul-Americana que na primeira fase pega o Oriente Petrolero. Como se não bastasse tanta tensão, é provável que todos estes tenham que se embrenhar centenas de quilômetros pelo deserto chileno para encarar o místico COBRESAL, que manda seus jogos em um cenário digno do Papa Léguas. É a Libertadores em todo seu esplendor GEOGRÁFICO.
Os grupos que não contam com brasileiros terão disputas tão ou mais renhidas. Boca Juniors, Bolívar, Deportivo Cáli e Racing/Puebla estão em uma chave em que ninguém pode dormir tranquilo, mesmo os xeneizes (se sua punição de quatro jogos sem torcida não for revertida). No grupo 4, o cabeça de chave Peñarol precisará suplantar a FIEBRE VERDOLAGA do Atlético Nacional, atual campeão da Colômbia que parece estar reagindo bem à saída de Juan Carlos Osorio, e o Sporting Cristal. Pela última vaga, brigam o sempre sorrateiro Huracán (atual vice-campeão da Sul-Americana, que tem uma base de time montada há tempos) e o Caracas.
Por fim, naquele que talvez seja o grupo mais igual entre tantos equilibrados, o DECANO Olimpia, que terminou o ano na descendente, mas mesmo assim levou o título no Paraguai, precisará fazer valer o peso de sua camisa contra os mexicanos do Pumas e a fúria elétrica do Emelec, que nos últimos anos vem engatilhando um crime maior, com os venezuelanos do Táchira, de olho em qualquer rateada alheia para se candidatar a uma vaga.
(Foto: AFP)
Por ironia, talvez o clube brasileiro com maior sorte seja aquele que nem garantido está, por enquanto. O São Paulo, que ainda deve confirmar seu favoritismo com o Cesar Vallejo, do Peru, deve fazer parte do grupo que conta com o River Plate, atual campeão, mas outros dois franco-atiradores: The Strongest e Trujillanos. Mas atenção com os bolivianos do MÁS FUERTE, que tendem a ser o fiel da balança de qualquer grupo, pois costumam ter grande aproveitamento em casa. Geralmente não passam, mas cumprem com perfeição a missão de causar turbulência na tabela.
Também o Atlético-MG deve navegar em águas tranquilas, espécie de recompensa do destino após aquele grupo encarniçado do ano passado. Novamente, o Galo tem a companhia do Colo Colo, mas também caiu junto do Melgar, campeão peruano, e dos paraguaios do Guaraní, que apesar da grande campanha em 2015 estão perdendo nomes importantes, entre eles o técnico Fernando Jubero, que saiu ao fim da temporada.
Uma das composições mais VISTOSAS é o grupo 6, onde o Grêmio tem a companhia do San Lorenzo, em que o jovem Pablo Guede, de passagens exitosas por Nueva Chicago e Palestino, vai ocupar o lugar de Edgardo Bauza. Também argentino é o treinador da LDU: Cláudio Borghi é responsável por fazer os blancos voltarem a reviver seu auge copeiro. O quarto elemento é o Toluca, que vem para sua terceira edição, e como todo mexicano participante da Libertadores, seu desempenho é tão previsível quanto uma garrafa de tequila: a gente nunca sabe o que vai acontecer depois que abre.
Anfitrião mais recorrente na Libertadores, com participações seguidas nas últimas 20 edições, o uruguaio Nacional entra com uma camiseta diametralmente oposta à força de seu time, e justamente em um grupo onde os favoritos são o Palmeiras e o Rosario Central, que teve um grande ano sob o comando de Chacho Coudet e com o faro matador de Marco Ruben. Completa o grupo o River Plate, do Uruguai, que estreia na Libertadores, ou o Universidade de Chile, que está bem longe daquele time que há poucos anos encantou o continente.
No grupo 8, o favorito indiscutível, pela excelência alcançada em campo, é o Corinthians. E, depois dele, a disputa tende a ser uma briga de canivete numa rua sem saída, especialmente entre Cerro Porteño e provavelmente o Santa Fé, atual campeão da Sul-Americana que na primeira fase pega o Oriente Petrolero. Como se não bastasse tanta tensão, é provável que todos estes tenham que se embrenhar centenas de quilômetros pelo deserto chileno para encarar o místico COBRESAL, que manda seus jogos em um cenário digno do Papa Léguas. É a Libertadores em todo seu esplendor GEOGRÁFICO.
Os grupos que não contam com brasileiros terão disputas tão ou mais renhidas. Boca Juniors, Bolívar, Deportivo Cáli e Racing/Puebla estão em uma chave em que ninguém pode dormir tranquilo, mesmo os xeneizes (se sua punição de quatro jogos sem torcida não for revertida). No grupo 4, o cabeça de chave Peñarol precisará suplantar a FIEBRE VERDOLAGA do Atlético Nacional, atual campeão da Colômbia que parece estar reagindo bem à saída de Juan Carlos Osorio, e o Sporting Cristal. Pela última vaga, brigam o sempre sorrateiro Huracán (atual vice-campeão da Sul-Americana, que tem uma base de time montada há tempos) e o Caracas.
Por fim, naquele que talvez seja o grupo mais igual entre tantos equilibrados, o DECANO Olimpia, que terminou o ano na descendente, mas mesmo assim levou o título no Paraguai, precisará fazer valer o peso de sua camisa contra os mexicanos do Pumas e a fúria elétrica do Emelec, que nos últimos anos vem engatilhando um crime maior, com os venezuelanos do Táchira, de olho em qualquer rateada alheia para se candidatar a uma vaga.
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