Diferente de Osorio, Bauza vê São Paulo honesto sobre crise financeira
A crise financeira no São Paulo é grave: o clube já acumula mais de R$ 270 milhões em dívidas. Consequentemente, nem todo o montante disponível nos cofres do clube será empregado na contratação de reforços para o técnico Edgardo Bauza, que garante ter sido informado sobre a situação econômica da agremiação.
“Nunca me disseram que teriam muito dinheiro para investir, não fui enganado. Estamos buscando jogadores, mas tem que ser dentro da possibilidade e realidade do clube hoje, economicamente falando”, minimizou.
O comentário do argentino vai de encontro ao cenário encontrado por um de seus antecessores, Juan Carlos Osorio. Contratado pelo antigo presidente Carlos Miguel Aidar, o colombiano só foi previamente informado da venda do polivalente Rodrigo Caio. No entanto, a negociação pela saída do garoto não se concretizou, e o treinador acabou perdendo outros oito jogadores em seu lugar: Denilson, Souza, Paulo Miranda, Boschilia, Rafael Toloi, Jonathan Cafu, Dória e Ewandro. “Não me falaram da necessidade de abrir mão de tantos jogadores”, reclamou Osorio em julho.
Sentado ao lado do técnico na coletiva de apresentação, o atual presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não escondeu o jogo, mas também afirmou que pretende trabalhar ao lado de Ataíde Gil Guerreiro (vice de futebol) para reforçar o elenco. Afinal, a equipe terá pela frente a disputa da Copa Libertadores da América, velha conhecida do bicampeão Bauza.
“O fato de nós não termos recursos fartos, com sobras para fazer aquisições e investimentos de alto custo, não significa absolutamente que o São Paulo não vá fazê-lo. Vai sim, buscando no mercado e as possibilidades existem, atrair jogadores que possam somar de forma coesa àquilo que o Bauza espera e precisa. Não tenho nenhuma dúvida de que o São Paulo tem consciência da necessidade de uma boa formação. A razão maior de sua existência estará bem representada”, garantiu o mandatário, em clara referência à torcida são-paulina. “[O Bauza] é um presente de Natal e podemos estender esse período de festas. Se o São Paulo puder, vai trazer mais presentes para os seus torcedores”, prosseguiu.
Ainda sem citar nomes, Edgardo promete se sentar com a diretoria para definir os alvos na próxima janela de transferências, que será aberta em janeiro. Uma coisa é certa: o novo comandante não focará em apenas um setor. “A ideia primária é reforçar as três áreas: defesa, meio-campo e ataque. Mas não falamos de nomes próprios. Na Argentina saíram alguns nomes, mas tem muito mais a ver com o desejo do jornalista do que qualquer coisa. Continuaremos falando com a diretoria para determinar qual é a melhor opção”, disse Bauza.
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