Brasília surpreende, vence o Goiás fora e vai às oitavas da Sul-Americana 2015
Equipe do Distrito Federal superou o Esmeraldino por 2 a 0 e se classificou na competição. Adversário sai do confronto entre Joinville e Atlético-PR
Como a partida de ida, no Bezerrão, terminou empatada por 0 a 0, os gols de André Oliveira e Bruno Morais, ambos anotados na segunda etapa em Goiânia, foram mais do que suficientes para dar a vaga à equipe colorada. Quando o time da casa já estava em desvantagem, o atacante Érik ainda desperdiçou grande chance de descontar ao bater pênalti na trave.Na noite desta terça-feira, o Brasília Futebol Clube alcançou o posto de grande surpresa desta Copa Sul-Americana. A equipe do Distrito Federal, que não disputa nem a Série D do Campeonato Brasileiro, venceu o Goiás por 2 a 0 no Serra Dourada e conseguiu a classificação às oitavas de final da competição continental, primeiro torneio internacional oficial em seus 40 anos de história.
Assim, nas oitavas de final, o Brasília pega o vencedor de Joinville e Atlético-PR, confronto no qual o Furacão abriu vantagem ao fazer 2 a 0 fora de casa e cuja definição sairá na noite desta quinta-feira, na Arena da Baixada.
A equipe candanga conseguiu a classificação para a Copa Sul-Americana através do título da Copa Verde de 2014, obtido em final contra o Paysandu. Tradicional no DF, o time já disputou sete vezes a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, sendo a última delas em 1985.
Agora o Goiás, que havia escalado time misto na ida e usou seus titulares nesta terça, volta suas atenções para a Série A, pela qual soma duas vitórias seguidas e tenta aumentar a sequência positiva neste domingo, quando enfrenta o Atlético-PR fora de casa.
O jogo – Buscando usar o fator casa para desequilibrar o confronto a seu favor, o Goiás tomou as iniciativas ofensivas no Serra Dourada. Logo aos cinco minutos, Bruno Henrique recebeu passe em profundidade pelo lado direito e cruzou para Érik, que por pouco não alcançou a bola para cabecear.
O Brasília, por sua vez, manteve postura semelhante à da primeira partida. Bem postada na campo de defesa, a equipe do Distrito Federal obrigava o Esmeraldino a fazer lançamentos longos e cruzamentos na área para tentar marcar. Assim, a chance seguinte foi dos visitantes, aos 20 minutos, quando Dedê fez boa jogada pelo meio e bateu firme para a defesa de Renan.
Com presença muito maior no campo de ataque, o Goiás não conseguia ser incisivo, e o Brasília apostava em eventuais contragolpes. O Esmeraldino só conseguiu ameaçar novamente aos 34 minutos, quando, após cruzamento de Gimenez, Bruno Henrique desviou e Érik mergulhou para cabecear, mas parou em Dedê, que apareceu bem para travar.
Para o segundo tempo, o treinador Julinho Camargo trocou Rodrigo por Murilo Henrique no meio de campo da equipe, mas viu os visitantes crescerem no jogo. Assim, aos cinco minutos, a torcida esmeraldina sofreu um golpe duro. Após cobrança de escanteio, a defesa não conseguiu cortar e a bola sobrou no segundo pau para o zagueiro André Oliveira, que bateu bem no canto para superar Renan e abrir o placar para o Brasília.
Incrédulos, os torcedores do Goiás viram a situação ficar ainda mais complicada apenas quatro minutos depois, quando Giba invadiu a área pela esquerda e tocou para Bruno Morais, que completou com categoria para encaminhar a classificação brasiliense. Para suportar a pressão esmeraldina que viria em seguida, o treinador Omar Feitosa mudou o sistema defensivo logo após o segundo gol, trocando Marquinhos por Kleber. Depois, foi a vez de Julinho Camargo modificar novamente o time da casa ao substituir Liniker por outro prata da casa, o atacante Carlos.
Sufocando os visitantes, o Esmeraldino teve pênalti marcado a seu favor aos 20 minutos, quando Érik recebeu dentro da área e, ao fazer o giro, foi derrubado por Índio. O próprio atacante partiu para a cobrança, mas mandou na trave e perdeu grande chance de tornar menos complicada a situação do time da casa. Com dificuldades para pressionar o Brasília, o Goiás viu o modesto adversário comemorar a classificação histórica após o apito final.
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